sexta-feira, dezembro 29, 2000

Por favor, por favor, gastem alguns kbs de conexão e vejam o MediaAttack!. É impagável.
O Miguel tá aqui no Rio e deu pra falar mal da cidade agora. Fala sério Mimi, "not so marvelous city"? Pelassaco, o Rio ainda é sim a cidade maravilhosa e carioca é tudo CB. Pra quem não sabe, Çangue Bom.

Se bem que eu não posso reclamar muito dele por que o cara é maior que eu e como está por perto pode vir aqui me dar uns cascudos.

quinta-feira, dezembro 28, 2000

Terry Gillian fala sobre seu novo filme.
Ok, filmes da última semana:

American Psycho
"Oh, como os yuppies eram maus." é o que o filme grita o tempo inteiro. Maus, misógenos, vazios. Veje, o personagem principal é tão vazio, mas tão vazio que só se sente bem quando comete seus assassinatos. Não sem antes dar a eles uma lição de cultura pop. Até aí tudo bem, é uma crítica meio sem propósito já que estamos nos anos 90 e os yuppies estão mortos, mas nada de mais nisso. O grande problema é que o roteiro do filme é sem graça, sem conflito, te enche de sono nos primeiros vinte minutos. Você já sabe mais ou menos tudo que vai acontecer, a "espiral descendente" do protagonista, os corpos que vão se empilhando, etc, etc, etc. E isso é uma constante no trabalho dessa diretora até aonde eu sei (Alguém se lembra de "Um Tiro Para Andy Warhol?") O psicopatão é até engraçado nos momentos mais caricatos do filme, mas se depender de mim esse aí pode ir praquela pratileira dos filmes que tentam criticar o american way of life e só ficam aí, na tentativa.
Nota 3

Pacto Sinistro, de Alfred Hichtcock
Presente de Natal da Juju, esse. Filmão, Tio Alfred na melhor forma! E o dvd ainda traz as duas versões do filme (americana e inglesa). A imagem está boa, dentro do possível (considerando que o copião tem uns 50 anos), o som está ok, tudo nos conformes. Algumas cenas clássicas: A perseguição no parque de diversões no início, a platéia do jogo de tennis aonde somente bruno permanece imóvel e o grand finale no carrosel. Uhu! Apesar de tudo é um filme relativamente pouco comentado dentro da obra do diretor. Eu como fã besta do tio Alfred e do tio Chandler que deu uns pitacos no roteiro, continuo achando genial.
Nota 10

A Fuga das Galinhas
A animação é genial, sem duvida. A caracterização visual das galinhas é ótima, a fotografia e a direção de arte funcionam direitinho. O filme é divertido e tem algumas piadas boas, mas o que me irritou um pouco foi a quantidade de clichês. Vários diálogos podem ser completados mentalmente, algumas cenas podem ser encontradas em qualquer desenho animado e alguns personagens parecem ter sido tirados de um manual utilizado por quase todos roteiristas americanos. E outra coisa, se a proposta do filme é fazer longa de animação fora do circuito Disney, deviam pensar um pouco menos em técnica e um pouco mais em roteiro, porque esse aí segue o mesmo modelo. Mas de qualquer maneira, é um filme divertido. Como um desenho da Disney.
Nota 7
O Telecine Classic está preparando para janeiro uma exibição de vários filmes noir, incluindo algumas raridades por aqui como o "the glass key", que aqui no Brasil inexplicavelmente foi chamado de "Capitulou Sorrindo".
sincronicidade do dia:
1. Depois de vários minutos atrás de um carro com a luz de freio esquerda queimada ele finalmente muda de faixa. A sua frente está um carro com a luz de freio direita queimada.
2. Alguns minutos mais tarde, fico atrás de outro carro com a luz de freio esquerda queimada. Um sinal fecha, outro carro na faixa da direita para ao lado do primeiro, e ele tem a luz de freio direita queimada.

quarta-feira, dezembro 27, 2000

Aloísio Magalhães deve estar se revirando na tumba. Apresentamos a nova marca da Petrobrás.

terça-feira, dezembro 26, 2000

É, feliz aquilo tudo pra vocês.

quinta-feira, dezembro 21, 2000

Como eu não descobri isso antes? Grant Morrison.com.

quarta-feira, dezembro 20, 2000

Sobre a introdução do Comic Book de Rogério de Campos. A mini história do quadrinho underground que ele traça é interessante, mas o resto é meio esquisito. Tem uma boa dose de recalque no texto aonde ele acusa todos os quadrinhos de super-heróis de serem um lixo sem criatividade, acusa as revistas mainstreams de "terem vendido a alma em troca de um bilhete pra Hollywood" e o pior, diz que quadrinhos bons são literatura.

Veje bem, todos quadrinhos de super-heróis são ruins? Não, não mesmo. A maioria é ruim sim, mas e daí? Tem muita coisa boa! E Tom Strong do Alan Moore? E o Batman, a Elektra e o Demolidor do Frank Miller? E a Liga da Justiça do Grant Morrison? E os X-men da saudosa época do Chris Claremont (antes dele ficar maluco)? Hein hein hein? Mesma coisa se eu dissesse que todo filme de ação é ruim. Não são, existem uns ruins, outros bons (tipo os do tio woo).

É muita hipocrisia dizer que as hqs venderam a alma pra Hollywood. Fala sério. Não que eu ache as adaptações pro cinema boas, mais qualé? Todo mundo tem que comer e pagar aluguel. E quero ver o que ele me diz agora que o Ghost World do Dan Clowes está sendo adaptado pras telonas. Provavelmente deve estar gritando "A indústria de quadrinhos alternativos se vendeu a Hollywood!". Putz.

Quadrinhos bons são literatura? Não, nunca vão ser. Nenhum quadrinho vai ser literatura, quer saber por que? POR QUE QUADRINHOS SÃO QUADRINHOS, PORRA. É por isso que volta e meia esses quadrinistas alternativos, com toda a liberdade que eles tem, fazem um trabalho ruim. A primeira regra pra fazer um quadrinho bom, na minha opinião, é entender o meio. Quadrinho não é cinema, quadrinho não é literatura. É outra coisa, outra mídia, e deveria ficar feliz com isso. Ninguém deveria lutar pros quadrinhos serem reconhecidos como gênero literário, deveriam é brigar pros quadrinhos serem reconhecidos como quadrinhos.

Agora uma outra coisa sobre os undergrounds americanos. Parece que boa parte desse pessoal tem uma síndrome de Crumb. Como o próprio Rogério nota, a maioria das histórias é autobiografica e usa o próprio artista como personagem. E fica meio nisso, traumas infantis, desilusões amorosas, casos estranhos que aconteceram com o cara. Tudo bem pronto pra daqui a pouco alguém grudar um selo bem bonito na testa das hqs undergrounds como uma coisa "autobiográfica e instrospectiva". Cadê a variedade de gêneros, cadê?

terça-feira, dezembro 19, 2000

Litorótulos, uma pequena exibição de rótulos litográficos (duh) de minas gerais. Bem intencionado e com um design bom, mas a navegação e a mecânica geral da coisa poderia ser melhor.
Eu não sei por que, mas hoje deu uma sanha de ficar ouvindo todos meus mp3s da Suzanne Vega o dia inteiro. É, são vários. E eu nem gosto muito, acho legal, se bem que tem umas músicas meio pelinhas... Mas tem umas bem boas também.
"Computer games don't affect kids. I mean, if Pac Man affected us as kids, we'd all sit around in a darkened room, munching magic pills and listening to repetitive music.", Dave.

sexta-feira, dezembro 15, 2000

Aprenda a falar como um filme Hollywoodiano.
Proponho mudar o slogan do Rock in Rio de "Por um mundo melhor" para "Por um mundo melhor para o Medina".

quarta-feira, dezembro 13, 2000

Novamente, gostaria de pedir encarecidamente a todas as pessoas que passam os dias escovando todas as frases aqui a procura de erros de português que fossem, sem nenhum respeito dessa vez, praticar o autocoito.
Ah, a entrevista com Alan Moore da Salon, agora em português.
Olha, que legal! Uma reportagem sobre o lixo da minha faculdade! Deprimente.

terça-feira, dezembro 12, 2000

Os impostores, de Stanley Tucci
Taê, gosto bastante desse filme. Simples, despretensioso e honesto. E engraçado, se você entender a piada. Uma grande homenagem de baixo orçamento as comédias clássicas dos anos 20 e 30, com várias referências aos melhores filmes dos Irmãos Marx, Os Três Patetas e outros. Bons atores nos papéis principais, sem contar os que dão uma passadinha pra dizer alô, como Woody Allen, Steve Buscemi e Isabela Rosellini. Desce redondo.
Nota 7
Atenção: Texto meloso a frente.

Ontem cheguei na praia de Ipanema aonde pego o ônibus para o aconchego do meu lar no exato momento em que o sol se punha no horizonte, transformando a praia inteira em um imenso clichê de um fim de tarde típico no Rio de Janeiro. Foi um clichê lindo, o céu, a areia, o mar e os prédios em volta na luz abóbora do sol que já se ia bem devagar, dando um show pros turistas que assistiam ao espetáculo. Aliás, os turistas aplaudiram quando ele finalmente se enterrou no horizonte, acreditam que aplaudam todo dia, não sei. Nunca fui um grande conhecedor de Ipanema, estou me iniciando nesses rituais do bairro a poucos meses. Mas foi legal. Faz você lembrar que apesar de todos a miséria, toda a violência e todo o desleixo, essa cidade continua sendo linda. Chuif.
Ao que parece, acharam um mamute no meu bairro. Lá se vai a vizinhança.
Gostaria de pedir encarecidamente a todas as pessoas que passam os dias escovando todas as frases aqui a procura de erros de português que fossem, com todo o respeito, praticar o autocoito.

Get a life.

Além disso, esse site tem tanto erro que deve dar um trabalhão procurar tudo.

segunda-feira, dezembro 11, 2000

Cradle Will Rock, de Tim Robbins
Depois do úmido mas também engajado "Os Últimos Passos de Um Homem", o Tim Robbins acertou a mão no seu último filme ainda sem título no Brasil. Bem divertido, uma delícia de assistir. A fotografia está ótima, os atores também, a direção está boa, nenhuma reclamação mesmo. A trilha sonora também é fantástica e a caracterização dos anos 30 não deixa nada a desejar. Além disso tudo o filme não poderia ser lançado em momento melhor, logo quando Hollywood se vê novamente ameaçada pelos sindicatos e pela volta da censura.
Nota 8
O Dadá tá reclamando no motocontínuo que a campanha do site O Site é besta, o que é engraçado, por que eu havia visto o mesmo comercial esse fim de semana e também pensava em escrever sobre isso aqui. Concordo que ele é besta, agora o lance das cenas censuradas não ideia deles, foi algum juiz que mandou censurar, não sei os detalhes. Deve ser parte da mesma medida que proibiu os personagens homosexuais na tv brasileira. Podiam proibir também os judeus, árabes e negros não? E os personagens orientais? Melhor ainda! Juntem todos eles e coloquem em campos de concentração, por que não? Fala sério...

sexta-feira, dezembro 08, 2000

De acordo com o Alan Moore Fan Site, o Terry Gillian disse que tem interesse em dirigir a adaptação de Watchmen para o cinema, mas que não vai dirigir se não deixarem ele produzir um filme de 12 horas. Em compensação, outra notícia diz que o script para o filme da League of extraordinary gentleman está um lixo.
Alta Fidelidade, de Stephen Frears
Eu já andava com raiva desse filme por causa do hype maldito que tinha se formado em volta de sua figura. Já não aguentava mais todo mundo falando em "top fives" ou em como esse filme retratava uma geração ou como a trilha sonora era ótima. Bom, o lance dos top fives enche um pouco o saco depois de algum tempo. Retrata uma geração? Sei lá, acho que retrava algumas pessoas de uma geração. E a trilha sonora tem coisas boas (duas do velvet) e umas outras que eu não gostei, mas isso é pessoal. É divertido, pra ver sem esperar muita cousa eu acho. Mas pra um filme aonde as músicas tem um significado tão importante eles poderiam ter tido um pouquinho mais de cuidado...
Nota 6

quarta-feira, dezembro 06, 2000

O que aconteceria se você cruzasse um lutador de sumô com a Sailor Moon? Tenha medo.
Esse site aqui, o Bublesoap prova o que o flash pode fazer em matéria de animação quando se poe um ilustrador competende segurando o mouse.

terça-feira, dezembro 05, 2000

Outro mal não catalogado causa indivíduos aparentemente normais a achar que um filme é ruim por que não segue rigorosamente um livro ou similar em que haveria baseado sua premissa básica. O estado não permite ao indivíduo perceber que um filme baseado em um livro não é simplesmente uma transposição do livro para o cinema/tv, mas sim a criação de outra obra a partir de um original, uma obra independente deste e que o processo de criação de um é distinto do processo de criação de outro.
Existe um mal ainda não batizado pela medicina moderna que faz com que algumas pessoas achem que um filme é bom por causa de uma ou duas cenas bonitas (estéticamente falando). Esse mal é mais comumente encontrado entre designers e similares. O que acontece no cérebro e no processo cognitivo do indivíduo ainda não foi precisado, mas o sintoma principal é o esquecimento do simples fato de que um filme é feito de vários elementos, como por exemplo: Roteiro, Direções (cena, arte), Edição, Atuações e mais uma série de outras coisinhas. Um filme não é um comercial de tv. Um filme não é um videoclip da MTV (ainda que alguns tentem). Um filme é outra coisa, um pouquinho mais complexa.

segunda-feira, dezembro 04, 2000

O último cd do Tom Zé, "Faça você mesmo", além de ser um dos melhores da carreira do músico na minha opinião, ainda vem com um detalhezinho simplesmente genial: um cd auxiliar com todos os loops e samplers usados em cada faixa, separados individualmente um a um pronto para serem utilizados de qualquer outra maneira.