sábado, dezembro 28, 2002

Gatinhos para adoção



Amigos, ajudem a encontrar um lar para essas duas belezinhas da foto. Eles têm dois meses, aproximadamente, e estão vermifugados. São brincalhões e muito doces. A pretinha é fêmea e o tigrado, macho. Aqui quem fala é Juliana, a esposa do Tiago. Nós moramos no Rio, e quem quiser entrar em contato, por favor envie um email para ju@tiagoteixeira.com.br

sexta-feira, dezembro 27, 2002

O mais nerd

Ao que parece a contratação de Ian McKellen para substituir o finado Richard Harris na 3a. parte de Harry Potter é iminente. Pelo menos é o que dizem os sites de fofoca. Se isso acontecer, esse blog eleje o senhor McKellen como o ator mais nerd de toda a história do cinema. O cara interpretou, nos ultimos anos: Magneto, em X-men; Gandalf, no Senhor dos Anéis e agora Dumbledore no Harry Potter. Pra coroar só falta descolarem um papelzinho no episódio 3.
Tong, Jimmy Tong



Filme do Jackie Chan, como apontou Juju, é que nem pizza. Mesmo quando é ruim, é bom. Taxista é contratado como motorista de um agente secreto inglês, que abatido em combate deixa instruções para que o fiel escudeiro use seu bem mais precioso: Um smoking biônico que dá a seus usuários super reflexos, velocidade e a habilidade de realizar proezas como acender o isqueiro de qualquer dama que ponha um cigarro na boca.

Algumas piadas são bem boas (a melhor, sem dúvida é a que conta com James Brown e só aparece nos créditos finais - Hit me!) mas a maior parte do tempo quem segura a barra é Jackie Chan, cansado de guerra, que ainda pula, cai e se move como se tivesse 20 anos. O Renato Aragão das artes marciais continua o mesmo. Mas o grande problema não é nem esse e sim a maneira como Chan é filmado, suas proezas físicas são editadas e montadas de uma maneira que a impressão que se tem é de que ele não realizou as cenas. Vício do cinema americano, que depois de anos filmando seus atores dessa maneira, tentando enganar o público mostrando figuras empedernidas de Hollywod fazendo estripulias com efeitos especiais de última geração, ainda não consegue filmar de maneira honesta, para mostrar um ator que dispensa o uso de computação gráfica para surpreender o público.

Gostando mesmo de Chan, corra atrás de seus filmes antigos, da fase chinesa (Vi o Police Story ontem, dirigido por ele próprio e fiquei impressionado) ou mesmo do americano "Bater ou Correr" com o Owen Wilson, que já tem uma continuação pintando em breve por aí.

quinta-feira, dezembro 26, 2002

O Transportador da Carga Explosiva



O Luc Besson todo mundo conhece. Francês, fazia filmes e agora só produz (alguns poderiam dizer ´graças a Deus!´, mas de qualquer maneira...). Corey Yuen é um cara menos conhecido. Contribui com a arte milenar da produção de filmes de ação chineses, mesmo porque é chinês e dirige filmes de ação. Pro cinema ocidental, dirigiu as cenas de ação de filmes como X-men, O confronto e O Beijo do Dragão e fez um belo trabalho. Jason Staham é um inglês canastrão e carismático que também atuou no O Confronto, alem de protagonizar o Snatch e faz um suporting role no faroeste Fantasmas de Marte, do John Carpenter. Eu sempre achei que o sujeito merecia um longa. Então.

Besson produz e escreve, Yuen dirige e Statham protagoniza. `The Transporter´ é o nome do filme, `Carga Explosiva´ em português. Ele conta a história de um ex-militar que ganha a vida transportando cargas, pessoas ou qualquer outra coisa para criminosos, vivendo pelo seu código de ética pessoal, sem se importar com mais nada. Até que um dia ele quebra suas regras e se envolve com uma gatchenha chinesa, um malandrão traiçoeiro e um esquema de contrabando de chineses. Mas o roteiro é o que menos importa no filme, mesmo porque poderia ter sido escrito por uma criança de 9 anos. 8 talvez.

Deve ser uma bomba não é? Não, não é. Mas você vai achar isso se for daquele tipo de pessoa que liga para furos no roteiro, que se sente pessoalmente ofendido com mentiras absurdas ou com claras abominações as mais básicas leis da física. A minha dica é relaxar, peregrino. Vêje, você está assistindo um filme de ação dirigido por um diretor chinês, do mesmo pais que já gerou experts no assunto como Jackie Chan, John Woo ou Tsui Hark, o roteiro ou o realismo são as coisas que menos importam agora. O que realmente importa é o balé das coreografias, os stunts elaboradíssimos e as soluções para criar cenas de ação originais e instigantes. Aprecie a vista, peregrino, não precisa ter vergonha.

A única coisa que eu tenho pra reclamar do filme é a falta de uma cena presente no trailer que desapareceu. Consistia em uma sequência aonde o Staham desviava um míssel com uma bandeja de cozinha. Aguardo ansiosamente as cenas deletadas do dvd.

quarta-feira, dezembro 25, 2002

Ho Ho Ho

segunda-feira, dezembro 23, 2002

Minha caixa de mensagens esteve congestionada nos últimos dias, e alguns e-mails foram retornados a seus remetentes. Depois de uma rigorosa aplicação de Vic Vaporub e 3 dias de descanso ela está de pé de novo. Quem tiver paciência pra mandar os mails de novo, por favor tenha a bondade.

quinta-feira, dezembro 19, 2002

O último jogo de videogame americano, hit no Afeganistão.

quarta-feira, dezembro 18, 2002

Versão Condensada.

Atentendo a pedidos, uma versão condensada dos últimos 3 posts:

Vistem o Portal Literal, tem Rubem Fonseca que é muito maneiro. E tem link pra cá também!
...e o nome dessa joça. (3)

O que finalmente me leva ao último assunto do dia. O blog está linkado como "Tiago Teixeira". Lá em cima se lê "O Pensamento Vivo de Tiago Teixeira". Mas nunca, salvo uns 3 gatos pingados, ninguem usa esse nome pra falar do site. É porque é muito grande, bobo e feio ou é porque o meu nome é sonoro e fantásticamente atraente e isso deixa o resto do título invisível?

Reconheço que minha graça é boa de lembrar pelo menos. Mesmo porque usando meu primeiro e último nome (pra desespero da minha mãe) consigo uma nomeclatura que lembra a de vários personagens conhecidos como Peter Parker, Clark Kent ou Roger Rabbit, é uma beleza não é? Mesmo que não seja original, porque procurando por Tiago Teixeira no icq você encontra uns 1340 xarás.

Na verdade isso tudo é falta de assunto não acho meu nome genial. Foi só uma digressão na minha reflexão sobre o nome do blog. Porque ninguém me linka com o dito cujo completo, preferindo somente o meu nome? Responda a essa mais nova enquete usando o box a esquerda, ou a direita, já esqueci.

Pra quem não sabe, a coleção `O pensamento vivo` é uma série de livros curtos, com citações e um texto explicativo sobre uma personalidade famosa. Existem volumes como Einstein, Isaac Newton e Borges, mas o supra sumo é o dedicado a grande pensadora Marilyn Monroe.
...e o portal literal... (2)

Eis que... Eis que é muito bom hein? EIS QUE a conspira.com lança aí o Portal Literal, que tem entre seus colabores o recluso e misterioso

Rubem Fonseca, com direito a fragmentos de contos, uns poucos textos inéditos, bibliografia e mais umas coisinhas. O link é esse, a dica está dada. Os livros do Rubem são ótimos (pelo menos os dois que eu li), e eu estou empolgadíssimo com o cara. Principalmente com os contos e romances policiais, vocês sabem que tenho um apreço todo especial pelo gênero.

Então, fuçando as outras áreas do site fui visitar a seção de links para blogs e não é que me deparo com um link pra essa perda de tempo aqui? Muito legal, uma loucura. Mais um argumento pra você visitar o site, qualquer um que me indica não pode ser de todo ruim.
Rubão no coletivo... (1)

23 anos de vida em um bairro que fica a no mínimo uma hora de qualquer um dos lugares aonde já trabalhei na vida me fizeram acostumar a ler dentro de ônibus sem problema algum. Descolamento de retina é lenda. Quando me mudei para um lugar mais central os tempos das viagens diminuiram e minhas leituras ficaram reduzidas a hqs de segunda (as de primeira eu preferia ler em casa), contos e a romances de capítulos curtos. Ao menor sinal de umla viagem tediosa pela frente, eu sempre agarrava o livro ou revista mais próximo e me enfiava no coletivo sem problemas.

Esse hábito talvez tenha sido agravante pra ligeira (ou não) síndrome da desordem de atenção que eu tenho, presente dos anos trabalhando em um PC. Mais especificamente, com Internet. Mais especificamente, fazendo várias coisas ao mesmo tempo. Eu estou tentando reverter isso, aos poucos. O lado bom disso é que na sanha pra arranjar uma leitura pro ônibus eu acabei descobrindo algumas coisas bem legais que talvez não encontraria procurando com mais calma.

O último achado foi o Rubem Fonseca. Afanei da biblioteca da minha mãe uma coletânea não muito comum dele, chamada ´O Homem de Fevereiro ou Março´, que é composta de uma seleção de contos feita pelo próprio autor nos anos 60, o que dava uma boa noção da obra do homem. Foi batata.

A coletânea era relativamente grande, e quando finalmente terminei o livro engatei em um romance do mesmo, A Grande Arte. Nunca vi o filme do Waltinho, e prefiro assim. É um belo livro, que ainda não terminei, mas está me divertindo horrores. Filme eu só vi o Bufo e Spalanzani, que tem um roteiro bom do Rubem, mas uma direção meia-boca e dois dos maiores canastrões do cinema brasileiro no elenco, a saber, Gracindo Junior e José Mayer.

terça-feira, dezembro 17, 2002

Expresso 2222

Apesar da minha torcida contra, não deu outra. Gilberto Gil é o próximo ministro da cultura.

E os próximos 4 anos? Shows nas praias do Rio toda semana, muito mais verbas para a cultura baiana (administradas pelo Toninho Malvadeza), incentivo fiscal para a Conspiração Filmes e discursos abstratos, auto-referentes e conceituais.

Deviam ter aprendido com o Pelé.
Não tenho uma poupança que me permita passar quatro anos ganhando R$ 8 mil por mês.

Gilberto Gil, sobre o convite (ridículo, diga-se de passagem) para assumir o ministério da cultura. Eu queria muito ter esse tipo de problema.

segunda-feira, dezembro 16, 2002

Saiu o primeiro trailer de X-men 2, e o bichinho parece bem maneiro. Até mesmo o Noturno ficou beeem interessante. Vai ver que o Brian Synger realmente engrenou agora.

sexta-feira, dezembro 13, 2002

Anônimos Famosos



O livro Anônimos Famosos é um inventário das figuras conhecidas mais desconhecidas do Rio de Janeiro. Pessoas que você sempre vê ou ouve falar, mas não sabe realmente nada a respeito. Cada uma delas ganha um pequeno ensaio fotográfico de alto nível e um parágrafo introdutório, tudo embalado do design excelente do meu camaradinha Christiano Menezes. Lendo o livro você pode conhecer pelo menos duas das figuras habitam meu bairro de origem, a Ilha do Governador, como o conhecido como "SIM!" que é um sujeito que desenha motivos religiosos assustadores com giz no chão e grita seu nome com toda a força dos pulmões. Me lembro de uma das diversões do meu grupo de amigos da escola era responder com firmeza "NÂO!" toda vez que ele passava. Por algum motivo eu tinha medo da figura esquálida que andava gritando e praguejando por aí, até que um dia ele se aproximou de mim calmamente e me perguntou com toda a educação que horas eram. Respondi, mesmo sem saber o que ele iria fazer com a informação (talvez o estilo dos desenhos ou o timbre dos gritos fosse influênciados pela hora do dia) e ele aradeceu mui cordialmente e continuou andando e gritando. Como ter medo de um cara tão preocupado com seu schedule?

Tem também a Mama, que é uma senhora que vende rosas e é a cara da personagem dos Goonies. Faltaram alguns outros, como o vendedor de suco de laranja chamado "Biscoito" que a menor menção de seu nome saia correndo atrás do perpretrador do crime armado com a peixeira que usava para descascar as frutas. Ou como o baleiro mais caro do Rio que é a cara do seu Madruga. Se eu fosse enumerar todos os tipos esquisitos da Ilha eu ia precisar de um volume inteiro, uma segunda edição... Anônimos Famosos 2 - Além da linha vermelha ou coisa assim.

E claro que não podiam faltar os anônimos do centro do Rio, como o chato do maluco prateado que fica fingindo de estátua ou o saxofonista da estação carioca. E os dois velhinhos que tocam sanfona (atualmente na sete de setembro). E tem muito mais, o livro é bom e o preço é justo, comprem aí.

Alias, a foto que enfeita o post não é de nenhum desses, mas sim do garçon mais famoso do Bar Lagoa, que teve a petulância de dizer no livro que o mau humor que é atribuído aos solicitos trabalhadores do bar é lenda urbana. Calúnia, calúnia! Os garçons são todos felizes, atenciosos e cheios de boa vontade, como você pode conferir na foto acima.
Karacol, o shopping brasilero de design. Bonito e funcional, só precisava de mais uns produtos. Mas já da pra você ir enchendo a sua casa da objetos inúteis zuuuper lesgais

quarta-feira, dezembro 11, 2002

A tecladista e segunda vocalista do Stereolab, Mary Hansen, morreu atropelada em Londres essa noite.



Era a segunda a esquerda. Eu e Ju conhecemos ela nos bastidores do Show que eles deram na Loud, aqui no Rio a algum tempo atrás, gente finíssima.

Trevas, bicho.
Juro que nem toquei no Photoshop.

quarta-feira, dezembro 04, 2002

"Capa pra celular, capa pra celular! Baratinha, bonitinha! Compra antes que o guarda passe e leve tudo!"

Camelô no centro do Rio.
O Edifício e a espectativa do Freak Show

Eduardo Coutinho, pra quem não conheçe, é o maior documentarista brasileiro. No currúculo dele estão "Cabra marcado para morrer", "Santo Forte", "Babilônia 2000" e agora "Edifício Master". Esse último, em cartaz nos cinemas agora, é um belo filme sobre os moradores de um imenso prédio em Copacabana. O diretor e sua equipe se mudaram para o lugar por uma semana e colheram depoimentos de vários dos habitantes, em conversas francas que mostram um pouco das pessoas que moram ali.

Voce vê, o grande diferencial do Coutinho é a proximidade que ele tem dos personagens de seu documentário. Não existe ali um approach de experimento antropológico ou uma tentativa de analisar tipos esquisitos ou engraçadinhos sob a lente da câmera. Longe disso. Todos são apresentados como seres humanos, pura e simplesmente. O próprio Coutinho já disse certa vez: "Não encontro o povo, encontro pessoas.".

O problema é que o público não espera isso. As pessoas que estão enchendo as sessões do filme correm as salas a procura de uma coisa muito menos digna do que os filmes do diretor, todos eles querem um Freak Show que mostre como os outros são engraçados ou patéticos. Então qualquer coisa se torna engraçadíssima a seus olhos. O depoimento de uma pessoa que afirma ter medo de sair na rua e evita entrar no elevador com mais alguém, que não olha para o entrevistador porque não se sente confortável é hilário. A história de uma senhora que foi vítima de um assalto e relata o acontecido com os olhos cheios de lágrimas é divertidíssimo. Um homem que canta uma música de Frank Sinatra que ele venera, que considera a música de sua vida é aplaudido, cada desafino ou engasgo seu saudado com uma boa gargalhada.

É como cada espectador fosse o anti-Coutinho, fosse tudo que o filme mais abomina. Era uma idéia boa pra um documentário, uma conversa verdadeira com o público da sessão, pra saber o que eles acham tão engraçado, tão divertido e como conseguem se sentir tão longe ou superiores das pessoas que estão sendo mostradas na tela. Eles, os outros.

segunda-feira, dezembro 02, 2002

Momento Cora Ronái II



Aprovação do cliente.

As fotos são da Juju, responsável pelos publicity shots da Lenora.
E tem um segundo round de fotos da gata no blog da Chinchila, olhem .
Momento Cora Ronái

Tá bom, vocês venceram. Taí uma foto de gatinho. No caso, a minha gata Lenora.



Só pra provar que minha gata tem bom gosto pra escolher uma cama.

quarta-feira, novembro 27, 2002

A Madame e o mecanismo de defesa do homem brasileiro



Mais do que uma revelação no quase sempre apático repertório dos lançamentos de filmes nacionais, o filme de Karim Aïnouz é uma obra forte e refrescante na forma e no conteúdo. Agora, fazendo uma retrospectiva, acho que pode ser um sério candidato ao melhor lançamento nacional do ano. Pros leitores designers, companheiros de tendinite, fiquem atentos a identidade visual do filme. Extremamente consistente e bem cuidada, é uma coisa muito difícil de se ver por aqui e até mesmo nos esteites (pelo menos a consistência).

E agora, em uma consideração sobre o público da sessão (que estava lotada, grata surpresa), explicarei a vocês um dos principais mecanismos de defesa da masculinidade judaico-cristã tupiniquim durante cenas de temática homosexual. Homosexualismo masculino claro, durante o homosexualismo feminino o comportamento é outro. Pois bem. Durante a presença eminente de uma cena de homosexualismo na tela, adote algum dos procedimentos abaixo (podem ser adotados vários ao mesmo tempo, dadas as limitações físicas):

- Produzir em alto e bom som um AN-HAN, tossir ou limpar a garganta.
- Se ajeitar na cadeira, verificar se todos os botões da camisa estão fechados, cruzar as pernas, deixar claro a todos que você está se sentindo realmente incomodado pela cena.
- Desviar o olhar do filme, verificando os detalhes da decoração do teto ou o posicionamento dos extintores de incêndio, de maneira a mostrar que você não deseja olhar para dois homens nús se agarrando.
- Começar a conversar alto com seu companheiro na cadeira do lado, questionando sobre o tempo lá fora, a temperatura do arcondicionado ou assunto semelhante.
- Gritar "BICHA!".
- Produzir um "Tsc, tsc, tsc" em desaprovação.
- Esconder os olhos com a mão, fazendo expressão envergonhada.

Se você não seguir nenhum desses procedimentos, provavelmente a platéia vai considerar que você possui tendências homosexuais ou que aprova esse tipo de comportamento. Pederastas enrustidos podem lhe acusar de ser inseguro da sua própria sexualidade, mas não se abale! Você sabe muito bem que você gosta é de mulher. Ou não?

Sarcasmo à parte, tem uma entrevista ótima com o diretor na contracampo.

terça-feira, novembro 26, 2002

Que cuti-cuti

Esse é um blog sem fotos de gatinhos fofinhos, por questões ideolõgicas. Já o da Chinchila não aderiu ao movimento, e você pode conferir umas fotos da Eleonora, minha gata sociopata.

segunda-feira, novembro 25, 2002

Evite o Rush

What about the voice of Geddy Lee? How did it get so high? I wonder if he speaks like an ordinary guy.

I know him, and he does.

Pavement.

sexta-feira, novembro 22, 2002


quinta-feira, novembro 21, 2002

As Incríveis aventuras de Madonna na Inglaterra, parte 2

Madonna pediu dinheiro em um restaurante em Londres para pagar por um pedaço de bolo para seu filho Rocco, depois de esquecer a carteira em casa. A cantora, que também estava acompanhada por seu marido Guy Ritchie e sua filha Lourdes, pediu a duas irmãs, Mimi e Titi Negussie, que lhe emprestassem 1,25 libra (cerca de R$ 7).

terça-feira, novembro 19, 2002

As Incríveis aventuras de Madonna na Inglaterra, parte 1

Não é fácil deixar Madonna sem jeito, mas, nesta segunda, durante a première de “Die Another Day” em Londres, a popstar perdeu a pose. Ela não conseguiu segurar o nervosismo quando foi apresentada à rainha Elizabeth – e literalmente tremeu nas bases. Testemunhas garantem que Madonna, quando soube que a chefe da família real britânica estava no evento, ficou treinando com o ator inglês John Cleese o que falar e como agir quando encontrasse com ela. Na hora "H", mal conseguiu falar.

John Cleese, esse aí de dois posts abaixo. Só a Madonna pra treinar com esse tipo de pessoa o que falar e dizer pra rainha da Inglaterra.
Pesquisas já comprovaram que pessoas bem-humorados apresentam mais disposição e otimismo na hora de encarar desafios.
Super Silly Walk

John Cleese, um dos cabeças do Monty Python vai escrever uma hq para o homem de aço ano que vem, aonde vai responder o que aconteceria se o Super Homem tivesse caído na Inglaterra.

Pra quem não possui minha fantástica habilidade de reconhecer cada Python em qualquer filme eu esclareço pra vocês. O John Cleese é o alto e mais assustador, especializado em figuras autoritárias enlouquecidas, como ele mesmo diz. Fez Lancelot no cálice sagrado, o centurião que captura Brian no filme que conta sua vida e quase sempre aparecia de terno nos episódios televisivos. Fora dos Pythons ele fez O Nick Quase-sem-cabeça do Harry Potter (segundo me dizem o único elemento de humor negro inglês que sobrou na adaptação do livro) e encarna o novo Q nos novos James Bond. Um dia eu ainda ganho dinheiro com isso.
James Coburn



Abomino nostalgia, mas abro uma exceção pra fazer um comentário sobre a morte de James Coburn, nessa noite: É impressão minha ou os atores de algumas gerações atrás tinham mais carisma na unha do pé esquerdo do que um ônibus cheio de starlets da Hollywood atual?

segunda-feira, novembro 18, 2002

São loucos esses Gauleses

O segundo filme do Asterix é um exemplo do que pode acontecer quando você dá muito dinheiro e liberdade na mão de um sujeito só. O diretor contratado para produzir o longa fez um amontoado de cenas sem ligação narrativa, estilistica ou temática, que parece uma seleção de sketches irregulares sobre o personagem principal, sobre temas que variam entre metáforas políticas, piadas com a cultura francesa que só um francês pode entender, sátiras de filmes conhecidos, comédia pastelão e até uma ou duas reproduções fiéis de cenas da hq original. Você também tem alguns decotes audaciosos da Monica Belluci, (provalmente por obrigação contratual, uma vez que a atriz aparece nua ou semi em 90% dos filmes em que atua.). Aliás a Belluci está claramente deslocada no filme, junto com o novo Panoramix, que parece estar sob efeito de um certo tipo de entorpecente apreciado pela família Marley durante todo o tempo. O melhor fica sendo o Gerárd Depardieu como o Obelix, engraçadíssimo.

E puxa, como o papel do Idéiafix cresceu. Provavelmente o cachorro arranjou um empresário novo.

quinta-feira, novembro 14, 2002

Semana ruim, voltem na próxima. Desculpa aí.

terça-feira, novembro 12, 2002

Sugestão para a imprensa brasileira: Porque não tentar passar uma semana inteira sem usar o adjetivo ´Polêmico´ em qualquer meio de comunicação? Só ver se passa a preguiça de tentar interpretar informações de uma maneira diferente e não jogar tudo dentro do mesmo rótulo insosso. Se não conseguirem, pelo menos usem sinônimos ou quase sinônimos, como controverso, instigante ou provocador.

quinta-feira, novembro 07, 2002

Desembucha



Se o Almodovar consegue se superar a cada filme, o que ele vai estar produzindo daqui a 20 anos? Só me desagrada a primeira cena de tourada, mesmo sendo linda, não consigo achar poético um bicho sendo morto com requintes de crueldade. Tourada só é maneiro mesmo quando o Touro vence.

A, é mesmo, tem o Caetano também. Mas podem ficar calmos que ele se limita a cantar quietinho lá no canto dele. Cucuruuuucu...

quarta-feira, novembro 06, 2002

Cidade Lagoa

Vou citar de memória meu mantra desde ontem:

Essa cidade que ainda é maravilhosa,
tão cantada em verso e prosa,
desde o tempo da vovó

Tem um problema crônico renitente
qualquer chuva vira enchente
não precisa ser toró

Basta que chova pelo menos meia hora
é batata, não demora
enche tudo por aí

Toda cidade é uma enorme cachoeira
que da praça da bandeira
vou remando ao Catumbi

Por conta disso vou comprar uma canoa
pra andar nessa lagoa
cada vez que a chuva cai.

E se uma boa me pedir uma carona,
com certeza eu levo a dona,
na garupa do papai.

Kid Morangueira.

sexta-feira, novembro 01, 2002

Códigos de Guerra



"Quem sabe daqui a 50 anos nós estaremos tomando saquê com os japoneses,jogando conversa fora,enquanto procuramos outro povo para dominar".

Deve ser o melhor filme da fase americana de John Woo junto com ´A Outra Face´. Impressionante que ainda exista gente que acha o John Woo apenas mais um diretor de filmes de ação pasteurizados.

quarta-feira, outubro 30, 2002

Designer pra que?



O camaradinha Guilherme indica a linda marca feita pelo mesmo homem que foi ao programa do Jô dizer que designer não servia pra nada e que os prórpios publicitários mesmo podiam criar logotipos. Coisa bonita do papai.

terça-feira, outubro 29, 2002



Prezado Tonho,

Por favor, me explique uma coisa! Você que é um profissional premiadíssimo e com 37 leões de outo na estante do quartinho de empregada me conte porque o novo comercial televisivo da TIM usa uma cena idêntica a uma sequência do filme X-men aonde o professor Xavier está procurando mutantes no seu computador telepático?

Ricardo Anquilho




PUUUUUT**** QUE PARI*****!!!! Essa comercial eh muito bom!!! Anquilho, meu filho, para compreender em toda a totalidade o fantástico mundo da publicidade você tem que conhecer o que nós publicitários premiados chamamos de "Referência". No nosso ramo, o processo se dá da seguinte forma: Você assiste um filme e vê uma cena, piada ou efeito legal. Aí na hora de produzir a sua peça publicitária, você copia exatamente o que viu na fita. E pronto! Terminado! Mas lembre-se. Você não deve mudar nada, nem um pouquinho. Nenhuma alteração, a coisa tem que sair idêntica ao original. Pegar uma referência e usar só alguns elementos que você gostou para criar alguma coisa completamente nova é mania dessa negada frustrada que gostaria de estar fazendo cinema. De preferência na Europa, fazendo biquinho.

segunda-feira, outubro 28, 2002

Daniel Sansão, amigo e vizinho há quase 20 anos viu o post sobre o muro e me presenteou com uma prova fotográfica do momento nostalgia aí em baixo:



Pra vocês verem que eu não inventei a história. O bairro aonde eu cresci era praticamente uma célula comunista, né não?
Desde muito cendo que eu me lembro da frase pichada na esquina da casa dos meus pais que dizia "Patrão você vai ver um operário no poder.". Pensei que ela tinha sido apagada pelo tempo, mas ontem fui conferir a inscrição e ela estava lá, firme e forte depois desses anos todos. Sinal dos tempos.
Ahan...

Só uma coisinha que eu estou querendo dizer há uns 13 anos:



Feliz aniversário, lula.

quarta-feira, outubro 23, 2002

Bon Jovi é Lula!
Essa aí é até agora a melhor coluna do Jabor nesse ano. É um texto grande mesmo, mas como é impossível linkar alguma coisa antiga dentro do site do globo, fica aí o registro.

O dia em que o Rio de Janeiro se suicidou
Arnaldo Jabor

Agora, o mal já está feito. O Estado do Rio elegeu Rosinha para o governo, Sérgio Cabral e Mário Crivelllo para o Senado e na Assembléia Estadual pulularão os mesmos micróbios populistas e corruptos de sempre. Não adianta chorar pelo chopinho derramado, como fazem sempre os cariocas. Seremos governados por um casal "peronista" tardio, misturado a um Jesus político, enquanto em Brasília o neochaguismo nos representará no Senado. Assistiremos agora, reclamando do destino, à destruição do Rio. Por que esse tradicional "dedo podre" dos cariocas para o voto? Lembrem da lista de nossos governadores dos últimos 30 anos. Como explicar isso, se somos os "malandros", os bons de cintura, os "bambas do samba"? Por que, em São Paulo, o Maluf foi expelido, Quércia também, por que Íris Resende, Collor, Newtão, Gilberto Mestrinho, Augusto Farias e tantos outros foram jogados para correr e o Rio ficou com o atraso? Por que a elite pensante do Rio, os cientistas políticos que vivem com o olho grudado no Bobbio ou no Bourdieu não viram nada? Ninguém acionou o alarme? Acho que o Rio é uma "cidade partida" sim, também na consciência política.

No mundo da periferia, o carioca vive mergulhado na ignorância e na pobreza.

Coitados - como vão entender os demagogos que lhes dão esperanças, como vão saber dos fariseus? Como? Mas, a outra parte é a dos "inocentes do Leblon", dos garotos de Ipanema. Esses é que permitiram a "resistível ascensão de Rosinha", somados ao grande rebanho de uma classe média de gravata que vive clamando por um vago udenismo, trêmula de medo e de insegurança, com ideologias ralas que não vão além de "o governo é culpado" ou "tudo isso aí é uma vergonha..." Ninguém sabe nada de política que se resume aqui, no "sal céu sul", num vago Fla x Flu de botequim.

Deve ser a velha tradição cartorial, de funcionários públicos da velha capital da República, onde a política se traçava nos balcões mercantilistas, nos interesses dos negreiros e cafeicultores, na simbiose patrimonialista dos donos do poder, criando esse desalento, esse desinteresse pela luta política, porque o clientelismo a tornava inglória.

Ficou esse cacoete da República Velha, uma estirpe de burocratas oportunistas enrolando os cidadãos, ficou a visão de que política é atividade "deles", dos poderosos do "café com leite". Foi-se a capital da República e só ficou a pose de um antigo poder que se esvaiu, sem base concreta. A política como oposição de interesses em luta, como defesa social, não atrai a população. Os grandes gestos abstratos sim, as bandeiras utópicas, passeatas heróicas, tudo bem, isso fazemos, mas sempre a posteriori, depois das causas perdidas.

No Rio, também, o capitalismo é ralo; não tem a seriedade produtiva e voraz de São Paulo, que gerou inclusive o PT, no seio das fábricas do ABC. Onde o nosso ABC? A resistência a Rosinha surgiu num botequim, o Bracarense (com bom chope e empadinhas, sem dúvida), num movimento tardio. Aí, não adiantava mais. Fazemos política de botequim, o que me lembra a frase de Oswald, que parafraseio por ser apropriada para nós: "No Rio, o contrário da burguesia é a boemia; em São Paulo, é o proletariado." Fomos a pátria da esquerda festiva, do intelectual de bar, dos assinantes de manifestos inúteis.

Estamos sempre prontos para marchas pela paz, todos de branco, gritando "Viva Rio!", apelando para quem? Para Deus? Para Iemanjá? Quem? Para a cordialidade dos criminiosos?

Assim como temos uma visão idílica da cidade, temos uma visão pejorativa da política - "coisa do povo". Os homens espertos como Garotinho e, antes dele, como Chagas Freitas, vão se banhar nesse piscinão de votos desesperados das periferias.

A desatenção do carioca com a política real é tanta que somos pegos de surpresa em golpes como fomos em 64, comemorando a "vitória" do socialismo meia hora antes da chegada dos tanques de direita de Minas. Aí, choramos. A facilidade com que a Rosinha foi eleita é igual à facilidade com que um boato fechou a cidade. De repente, nos descobrimos desamparados, medrosos, desunidos por um boato. O fato político surge como um acidente, um susto na paisagem. E, agora, estamos diante de um projeto de desconstrução da cidade, com a porta aberta para a entrada de um neopopulismo sórdido, que pode desestabilizar o resto do País no futuro.

É inacreditável que os intelectuais, acadêmicos, artistas e formadores de opinião, preocupados apenas em manter limpas suas consciências ideológicas, tenham se esquecido de combater essa terceira via terrível do populismo carioca, essa grave anormalidade sociológica que nos acometeu. Esqueceram-se de ajudar a Benedita, essa mulher corajosa que fez as únicas ações eficazes contra o tráfico. A desconhecida Solange (que o PSDB apoiou de afogadilho para o Serra ter palanque) e o pálido Jorge Roberto se ocuparam em atacá-la, deixando o cabelo chapinha de Rosinha intocado.

Agora, chegou a hora do lamento, dos porres pessimistas: "O Rio não tem mais jeito... Ahhh... Vamos beber!" Sempre vemos as tragédias "depois" , como só agora descobrimos as favelas, que eram "líricas" e esquecidas no passado, ao som do samba, sem armas. Agora, elas têm emprego: a cocaína. Tarde demais, doces malandros otários. A paisagem nos aliena, a praia nos aliena, a beleza cultural nos aliena. Nós nos achamos "acima" do País, donos de uma ginga superior. Só pensamos em polícia, nunca em política. E o tráfico é um caso de política. Beira-Mar sabe bem disso.

Quem precisa de educação política não são os populares pobres que elegeram o neopopulismo; são os privilegiados da zona sul que nada fizeram para impedi-lo. Os alienados somos nós, gente boa...
´Pensem nos seus filhos antes de votar no Lula´. Ora, fala sério. Eu quero mesmo que meus filhos vivam em um País que deu uma chance a única proposta real de mudança. Se vai dar certo ou não, quem pode dizer? Melhor errar do que nunca ter tentado. E sinceramente, eu não acredito que vamos errar. Porque pra ficar pior do que isso aí, peregrino, o Lula vai ter que se esforçar MUITO.
O problema, meus filhos, não é o diabo da Regina Duarte ter falado no programa do Serra. O problema é a a tática do terrorismo. Isso sim é deplorável e vergonhoso. Todo mundo tem o direito de apoiar seus candidatos, como já vem sendo feito desde sempre. Ninguém chiou quando a Elba ramalho apareceu na campanha do Serra. Ninguém esperneou quando Raul Cortez ofereceu um jantar pro candidato do governo. Prestem atenção antes de falarem baboseiras, crianças.

terça-feira, outubro 22, 2002

O Selo do Jornalista moderno e antenado

Quem se lembra da época em que a Veja tentava disfarçar a sua preferência pelos candidatos do governo?
Quem te viu, quem te vê.



Garotinho e sua esposa, o Zacarias.

segunda-feira, outubro 21, 2002

Só agora a Folha descobriu que a história do modelo que disse ter sido escolhido como protagonista do novo filme imaginário do Davi Lins é um delírio do mocinho. Só pra constar, eu dei essa notícia aqui no dia 30 DE SETEMBRO. Tá aqui o link. E aguardem a nova campanha.
Até tu, Odete?

Novo selo comemorativo.



Participe.

sexta-feira, outubro 18, 2002

Ajude o bom velhinho

quinta-feira, outubro 17, 2002

Hoje no José Simão, via Folha:

Socorro! Todos para o abrigo! Regina Duarte em "Poltergeist 2", a missão! E a aparição da Regina na Hora do Vampiro dizendo que tá com medo do Lula? Tá dando o maior babado. E eu vou lançar um site "Eu Tenho Medo da Regina Duarte". Aliás, sempre tive! Rarará!

Fiz primeiro, biduzão.

quarta-feira, outubro 16, 2002

Minha mãe, meu sogro e o Rafael, habituê da casa mandam: A Namoradinha Apanha.
Pra quem não está entendendo a piada da Regina... ops, Sally Field, eu explico. O primeiro programa do segundo turno da campanha de José Serra se iniciou com um discurso emocionante da ex namoradinha do Brasil que com ar de choro, vomitava o seguinte:

"Estou com medo, faz tempo que eu não tinha este sentimento. Porque sinto que o Brasil, nesta eleição, corre o risco de perder toda a estabilidade que já foi conquistada. Eu sei que tem muita coisa que ainda precisa ser feita, mas também tem muita coisa boa que já foi realizada.

Não dá para ir tudo para a lata do lixo. Nós temos dois candidatos à presidência. Um eu conheço, é o Serra. É o homem dos genéricos, do combate à Aids. O outro, eu achava que conhecia, mas hoje eu não reconheço mais. Tudo que ele dizia mudou muito, isso dá medo na gente. Outra coisa que dá medo é a volta da inflação desenfreada, lembra? 80% ao mês. O futuro presidente vai ter que enfrentar a pressão da política nacional e internacional. E vem muita pressão por ai.

É por isso que eu vou votar no Serra. Ele me dá segurança, porque dele, eu sei o que esperar. Por isso eu voto 45, voto Serra, e voto sem medo."


Tá explicado? Pior que o Al-Quaeda.
Eu sou do tempo em que se falava "videojogo" e não "game".
Eu sou do tempo em que se falava "bicicleta" e não "bike".
Eu sou do tempo em que se falava "filipeta" e não "flyer".
Eu não



Tu é feia mas não é dois. Participe também.
And the Oscar goes to...



Sally Fields!

terça-feira, outubro 15, 2002

Mais um



O leitor Marcos Fortes (Sim! Eu tenho leitores!) manda essa pérola, de autores anônimos.

sexta-feira, outubro 11, 2002

- As propostas de Serra têm mais compatibilidade com as nossas que as do Lula, do PT. Insistimos e Serra concordou em não apoiar o casamento civil entre homossexuais. Queremos acabar, ainda, com as restrições à instalação de novos templos nos centros urbanos - anunciou o bispo Manoel Ferreira.

Isso é que é ser uma pessoa antenada com o seu tempo. Ou templo.

As próximas propostas vão incluir o fim do divórcio, a suspensão do voto feminino e a volta da educação religiosa obrigatória nas escolas.
(...)Só Roberto Jefferson, que conversara na véspera com o presidente Fernando Henrique, reclamou:

— Tenho horror ao PT. Se apoiarmos Lula, eu vomito. Se apoiarmos o Serra, eu vomito. Vou sair daqui vomitando — avisou, com seu estilo hiperbólico.


São os efeitos colaterais da cirurgia de redução do estômago.

terça-feira, outubro 08, 2002

Get your war on



Essa tira é de um sujeitinho esperto com uma produção impressionante que pode ser encontrada aqui. Existem outras séries alem dessa, fuçem o site bando de preguiçosos.

E como eu acabei de tomar um copo de plástico cancerigeno cheio de café agora eu vou traduzir a tira pra quem não é versado no dialeto ianque:

- Eu estou te dizendo, Ariel Sharon é um homem de paz! Ele é um fucking pacifista!
- Verdade, as coisas vão ficar damn pacíficas depois que ele passar pela cidade. Peraí, elas vão ficar em paz porque tudo vai estar fucking destruído!
- Uhh... Bicho... Você é anti-semita ou algo assim?

segunda-feira, outubro 07, 2002

Levando em conta o preço dos ingressos, o transporte e as refeições necessárias para a sobrevivência no Festival do Rio BR 2002 (e mais tarde as sessões de acumpultura nas suas costas calejadas pelas salas 2 e 3 do espaço unibanco) você poderia dizer que Cinema é a maior diversão, mas o Festival do Rio é o maior prejuízo.
Tiago Teixeira no maravilhoso mundo do festival do rio BR 2002, parte 4.

Sexta à noite, (Vendredi Soir), de Claire Denis



É um filme pequeno, suave e simpático da veterana Claire Denis. Nada genial ou impressionante, mas altamente agradável e bonitinho. Vendo esse filme você vai poder descobrir que os franceses inventaram um aparelho genial para colar fita adesiva. É muito bom mesmo, se alguém souber aonde encontrar um daquele me avisem. Minha vida vai ser muito melhor com ele.

O Pianista, (Le Pianiste), de Roman Polanski



Eu tenho uma tese que diz que a esposa do Polansky está estragando o sujeito. Voce vê, sem o personagem dela e aquele final ridículo, "O Último Portal" teria sido um filme legal. Mas não, ela fica lá enchendo o seu saco de dez em dez minutos, lembrando que o maridão arrumou um papel de destaque pra ela e praticando aquela coisa assustadora que ela chama de atuação.

O Pianista chega pra mostrar que com a esposa fora de cena o Polanski ainda bate um bolão. É mais um filme sobre o holocausto, só que dessa vez sem o maniqueísmo à la lista de Schindler. Em O Pianista os judeus não são santos, os alemães não são absolutamente perversos e fica claro que ao invès de lutar contra o pogrom o meio milhão de judeus residentes em Varsóvia em sua grande maioria não fez nada contra a segregação (e mais tarde o extermínio) imposta pelos alemães. Isso por causa da crença que os judeus um povo destinado a sofrer, as vítimas eternas.

A conclusão é lógica: Matem a esposa do Polanski. De novo. Ele não vai ligar, já passou por isso. Chamem o Charles Manson pra um repeteco, juro que ele vai se amarrar. Desse jeito o diretor vai continuar fazendo filmes bons como esse.

A Virgem Da Luxúria, (La Virgem da Lujuria), de Arturo Ripstein



O Ripstein é um cara maneiro, mas esse filme é só legalzinho. De qualquer maneira a iluminação e a fotografia são de cair o queixo, e os designers vão encontrar uns letreiros muito legais. Também tem uns lutadores mascarados mexicanos que são o maior style. Mais Kistch impossível. Alias o cartaz do filme é plágio de um desenho daquele quadrinista espanhol que estilisticamente nunca conseguiu sair dos anos 80, o Serpieri.
- Não deu. Faltaram votos - disse ela, ao iniciar a entrevista coletiva. Nós fizemos nossa parte. Eram dois projetos: um que era Lula e Benedita, outro, Garotinho e Rosinha. A população do estado do Rio optou pelo segundo deles. Penso que o estado perdeu uma oportunidade de desenvolver um projeto diferente, de desenvolvimento e inclusão social. Mas, o resultado está aí. Não quero contestar. Vamos agora tocar a nossa vida.

Eu desejo para todos que votaram na Rosinha um governo de 4 anos da família Garotinho.
E lá vamos nós de novo...



Idéia do meu Sogro.

sexta-feira, outubro 04, 2002

Caquinha



Outdoor da campanha de Garotinho, em avenida de SP. O Brasil precisa de mais gente assim. O Quércia e o Maluf também foram vítimas, longa vida ao terrorismo poético.
A piada mais engraçada do mundo, provada pela ciência.
Policiais apreenderam há pouco uma bengala transformada em uma arma por traficantes da favela. Segundo a polícia, a bengala tem calibre 12 e foi apreendida ao lado de duas granadas e 200 trouxinhas de maconha, no alto do Morro do Turano.

E quem disse que aquelas reprises dos filmes do 007 não serviram de nada?

quinta-feira, outubro 03, 2002

Direto ao assunto

Taha Yassim Ramadan, vice-presidente do Iraque, disse hoje que a única maneira de salvar o povo iraquiano e o americano é com um duelo entre os líderes destes países.

- Bush quer atacar o Iraque, seu exército e sua infra-estrutura. Porque o presidente americano não seleciona o seu grupo de guerreiros e nós fazemos o mesmo? Assim, escolheríamos o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, para ser o supervisor e teríamos território neutro para realizarmos o nosso duelo. O grupo de Bush e o nosso usaria as mesmas armas e seria presidente contra presidente, vice-presidente contra a vice-presidente. Se eles levarem a sério, poderíamos assim salvar o povo iraquiano e o americano - disse Ramadan.


E aí Bush? Tu não é do Texas? Não é cowboy? Vai encarar???


Cara do Davi Lins ao ouvir a histórinha do Pedro Andrade que eu mencionei uns posts atrás.
Tiago Teixeira no maravilhoso mundo do festival do rio BR 2002, parte 3.

Para Sempre Lilia, (Lilja 4-ever), de Lukas Moodysson

Oh, como o mundo é cruel e como os russos são maus. E os suecos também, aqueles pervertidos. Todo mundo abusando da pobre Lilia durante duas horas inteiras, até o grand finale do fracasso. Pra resumir "Para sempre Lilia" é só reproduzir sua dedicatória: "Esse filme é dedicado a todas as crianças e adolescentes vítima de exploração sexual.". Deve ter sido patrocinado pelo governo Sueco ou coisa assim.



A Floresta Sem Nome, (Hama maiku), de Shinji Aoyama

No Japão, o detetive particular mais sofisticado do mundo, como diz a tagline da série, é contratado para descobrir o paradeiro da filha de um grande empresário. Sua procura o leva a uma clínica New Age misteriosa, aonde Mike Yokohama enfrentará seu maior desejo. Grande surpresa hein, esse filminho. Muito engraçado e esquisitíssimo. Na foto acima temos Mike Yokohama no seu outfit preferido. Não, não, ele não é o cara de sobretudo preto.

quarta-feira, outubro 02, 2002

E não é que o Serra não tem diploma? Diga lá, CrisDias.
Go ahead punk, make my day.

terça-feira, outubro 01, 2002

Tiago Teixeira no maravilhoso mundo do festival do rio BR 2002, parte 2.



O Homem Morto, (Toter Mann), Christian Petzold

Advogado conhece mulher misteriosa que desaparece em seguida. Filmado com competência e com uma atmosfera ótima. O impressionante e descobrir que o negócio foi feito pra TV alemã.

Eternamente Sua, (Sud sanaeha), Apichatpong Weerasethakeel

Belo e melancólico filme tailandês, que ganhou o prêmio da mostra un certe regard, em Cannes. Quem não estiver acostumado vai ficar nervoso com o ritmo lento e os silêncios demorados, mas quem conhece bem de leve o cinema oriental já sabe que o tempo da narrativa é outro. Vá avisado. Mas o filme é bonito pra burro. E o nome do diretor é sem dúvida o mais impronunciável do festival.

Somente minha, (Solo Mia), Javier Balaguer

Marido violento perde as estribeiras com a mulher, que por sua vez sobe nas tamancas e resolve se vingar. Filme correto com uma boa dose de humor negro no final.

No Limite da Loucura, (Manic), Jordan Melamed

É uma mistura de Um estranho do ninho e clube dos cinco com trilha sonora do Thurston Moore e o moleque do Third rock from the sun. A música é muito boa.



Dívida de Sangue, (Blood Work), Clint Eastwood

Esse é um filme que você não deve assistir. Não que seja ruim, muito pelo contrário. O que acontece é que ele deve entrar em circuito ainda esse mês. Eu só fui ver porque sou baba ovo do Clint mesmo e porque o horário me apetecia. O filme? Bom como sempre. Se tem um cara em quem você pode confiar peregrino, esse cara é o Clint. E como Garth Ennis disse no número de Hitman que está a sua disposição nas bancas nacionais nesse exato momento, “Existem dois tipos de pessoa: Os que veêm os filmes de Clint Eastwood e os maricas.”

Dois perdidos numa noite suja, de José joffily

Esse filme me fez conseguir vencer uma neurose antiga, a de não conseguir sair de um filme no meio da sessão. Sem graça, batido e com todos os problemas de um roteiro adaptado preguiçosamente de uma peça de teatro. Cenas externas enxertadas com pouca sutileza, cenografia fake altamente carnavalesca e uma falação interminável. Pelo menos eu incentivei o cinema nacional.

segunda-feira, setembro 30, 2002

O King Kong da imprensa brasileira.

Semana passada o modelo carioca Pedro Andrade foi a um programa televisivo explicar se último grande feito: ter vencido Matt Damon e conseguido o papel principal no novo filme do David Lynch, "Our Lady of Sorrow". Para isso, teve que passar por um teste que consistia em ficar completamente imóvel sob uma luz forte durante 20 minutos ("Mais tarde Lynch me contou que os outros se mexeram, falaram ou riram. Eu não, não fiz nada."). O diretor, conhecido por seus filmes que abusam do surrealismo e do absurdo, ficou muito feliz com a atuação do modelo e imediatamente o escalou para trabalhar com Kristen Dunst na sua nova produção.

A filmagem foi receheada desses elementos que habitam o imaginário que foi criado ao redor de David Lynch. Inclusive uma cena aonde o modelo teria que entrar em uma sala e se surpreender com cadáveres espalhados pelo chão. Cadáveres de verdade: "Fiquei sabendo, pouco antes de gravar a cena, que o diretor não usaria atores. Lynch teve o cuidado de não me deixar vê-las antes de começar a rodar porque queria captar minha expressão mais verdadeira quando eu entrasse no quarto e desse de cara com aqueles cadáveres".

Logo depois da entrevista, grandes jornais e revistas do brasil (Folha, Veja, Istoé, O Dia) relataram a mesma história, com novos depoimentos de Pedro e tudo mais. A imprensa internacional nada sabia do assunto. Na época em que o rapazola dizia ter trabalhado nas filmagens, Lynch estava em Cannes presidindo o festival, fazendo um domentário sobre o mesmo para seu site oficial, dirigindo a série Rabbits para o mesmo site e dando várias entrevistas aonde dizia não saber qual seria seu próximo projeto e que no exato momento estava empenhado em produzir material para web e procurar idéias para um possível próximo projeto. Pois bem.

Ontem o diretor desmentiu pessoalmente em um chat do DavidLynch.com que tivesse alguma coisa a ver com o "Our Lady of Sorrow". Duas vezes.

Moral da história? A imprensa brasileira é uma merda. E esse modelo é um gênio do marketing pessoal.

sexta-feira, setembro 27, 2002

Tiago Teixeira no maravilhoso mundo do festival do rio BR 2002, parte 1.

Antes que alguém diga que meu esforço é inútil e que a chance de alguém se dispor a assistir um filme que eu mencionei aqui é ínfima, deixo claro que os textos que estou colocando no blog durante o Festival do Rio 2002, além de serem uma dica para os conhecidos que se importam com a minha opinião é também um exercício pessoal para tentar aguçar um pouco mais a minha capacidade de análise das fitas que vou assistir no festival. No ano passado fiz o mesmo e a minha memória do que eu assisti continua intacta, o que pra uma pessoa como eu, dada a esquecer aonde estacionou o carro 3 vezes por semana, é uma coisa impressionante.

Deixado isso claro, e lembrando que um dos meus objetivos em manter esse blog é escrever oque me der na telha, começo aqui as minhas indicações para o festival desse ano.

Que rufem os tambores! Ou não!



Spider, de David Cronenberg

Uma das vedetes do festival, o último Cronenberg conta a história de um homem perturbado tentando registrar e reviver sua infância depois de ser liberado do hospício. Sendo um dos bam-bam-bans das grandes atmosferas, o diretor cria um mundo torto para um personagem torto e consegue fazer com que vejamos o mundo pelos olhos do Spider. Eu tenho um problema com a estrutura do filme, que é montado para ter um final surpreendente que pode ser previsto se você prestar atenção em alguns detalhes, mas mesmo assim a Aranha do Cronenberg é um filme forte e interessantíssimo. Ricomendo.

A Hora da Religião (Ora di religione (Il sorriso di mia madre)), de Marco Bellochio

Pintor descobre um plano de sua família para canonizar sua mãe e tem que lidar com as intrigas e meandros da igreja católica italiana. Achei um filmão.

Revolutionary Girl Utena (Shoujo Kakumei Utena), de Kunihiko Ikuhara

Utena foi uma óbvia forçação de barra da direção do festival que pegou um longa que conta o último episódio de uma série televisiva que já tem um enrredo complicado e surreal, tranformando o longa em uma obra ddadaísta e dessa maneira podendo enfiar ele na midnight movies. Se estiver de bobeira e querendo assistir alguma coisa realmente esquisita, manda ver.

Entre Casais (Halbe treppe), Andreas Dresen

A desmoralização definitiva do Urso de Prata. Uma bela porcaria descendente do igualmente detestável do Dogma 95.

Domingo Sangrento (Bloody Sunday), Paul Greengrass

Drama meio documentário sobre o evento homônimo acontecido na Irlanda, interessante, levemente publicitário, nem muito bom, nem muito ruim, vejam aí se quiserem se revoltar contra a Inglaterra ou contra a humanidade como um todo.

Feitiço de Xangai (El embrujo de Shangai), Fernando Trueba

Um filme de rito de passagem sem rito de passagem em uma produção milionária e bem filmada. Fuja.

Full Frontal, Steve Sodembergh

Sodembergh tava lá chateado depois de ter feito o ótimo 11 homens e um segredo porque ninguém reconhecia ele como um artista e sim como um bom diretor de filmes comerciais. Aí arrumou dois milhõeszinhos com produtores conhecidos, juntou seus amigos atores e fez uma piada de duas horas usando várias técnicas e equipamentos diferentes de filmagem. Tem algumas piadas boas, mas tipo, não é um filme, é só uma bobagem de um diretor que precisa de atenção. Já pra cama Sodebergh, e sem jantar.

A Viagem de Chihiro, Hayao Miyazaki

Desse aqui eu já falei demais nesse blog. Essencial, uma das obras primas do Miyazaki (e são várias). Vejam rápido.

Essas são as minhas dicas. Tudo meio corrido, mas eu acho que o essencial está aí. Claro que se você estiver procurando uma opinião de gente mais séria do que eu, corre lá na Contracampo, peregrino! Aproveita que eu dei até uma melhorada no design dessa edição, enquanto eu não refaço todo a bagaça. Um dia.

quinta-feira, setembro 26, 2002

Juju e Ruym também são Players!

quarta-feira, setembro 25, 2002

Prédio desabando na Primeiro de março, quebra pau entre camelôs na Uruguaiana, Trio Elétrico da mãe loura na Rio Branco (com direito a própria vestida de super-funkeira) e Rosinha sendo entrevistada no Globo na Cidade Nova. Diz aí, Nostradamus previu isso né?

terça-feira, setembro 24, 2002

Querendo fazer uma apresentação em power point shagadelica? Baixa o Austin Powers-Point.

segunda-feira, setembro 23, 2002

Ninguem entendeu Amelie Poliana como o Metaphilm.

sexta-feira, setembro 20, 2002

Adendo ao tempo abjeto

Sobre o tempo verbal abjeto apontado pela Go Gonzo Girl, aquele utilizado pelas pessoas que falam "Eu estarei fazendo isso às 3 horas." porque acham o "I´ll be doing it" do inglês muito bonito, eu gostaria de esclarecer algumas coisas para a negada que é chegada nessa mania iniciada em Sâo Paulo:

"Ele tem um ponto." ("He´s got a point.") significa no máximo que o sujeito se machucou e foi medicado com agulha e linha.
"Isso é o estado da Arte..." ("That´s the state-of-the-art...") significa que a produção cultural do seu estado é farta e interessante.
"Ele realizou que..." ("He realized that...") significa que que você plantou um filho, escreveu uma árvore ou teve um livro, enfim, realizou alguma coisa e não percebeu alguma coisa.

Moral da história: Se vocês vão canibalizar alguma expressão ianque pelo menos mudem alguma coisa, façam alguma transgressão no estilo antropofágico, não se limitem a traduzir a coisa ao pé da letra como um exercício de surrealismo. Dammit.

quinta-feira, setembro 19, 2002

Não vou votar no Lula porque ele não fala direito.
Não vou votar no Lula porque ele não vai representar o Brasil bem no exterior.
Não vou votar no Lula porque ele não fez faculdade.

Eu falo direito, sei inglês e arranho no francês, fiz faculdade e tenho cinco dedos em cada mão, porque vocês não votam em mim pra presidente?
Cine Copacabana dará lugar a uma academia

Isso não é um bom exemplo das prioridades da sociedade de hoje em dia?

quarta-feira, setembro 18, 2002

Olha a onda, olha a onda...





De cima pra baixo, Helena Ignez, Paulo César Pereio e Ferrugem.
Homem viaja para uma cidade do interior tentando resolver um crime e topa com vários personagens bizarros e situações esquisitas. Twin Peaks? Quase, é ´Push, Nevada´ a nova série altamente original criada por Ben Affleck.

Vai ser exibido pela ABC, a rede de Tv que mais sacaneou o David Lynch.

segunda-feira, setembro 16, 2002

A Síndrome do Sivuca



Diante de sua TV, aquele cidadão pacato e respeitadouro das leis recebe as notícias daquele grande ato criminoso que está acontecendo nesse exato momento. Súbtimo, Tremores em sua pálpebra esquerda e espamos em sua coluna cervical começam a surgir. Suas pupilas se dilatam e uma veia grossa pulsa em sua testa. Em segundos o homem está coberto de suor e com os dentes trincados, ele levanta de supetão e atira o controle remoto contra a parede:

- MATEM TODOS ESSES FDPS!!! RUAAAARGH!!!

Não adianta negar, você com certeza já foi vítima ou conhece alguém que sucumbiu à síndrome do Sivuca, que ganhou o nome do selvagem político do mesmo nome. O sintoma mais claro é aquela voz ribombante dentro do seu crânio que grita " Bandido bom é bandido morto" a cada 3 milésimos de segundo. A duração das crises varia. Pode ir de alguns segundos ou durar por anos a fio, sendo que casos crônicos da doença já foram verificados, principalmente em apresentadores de programas policiais.

Assim como a AIDS, a Câncer e os Soluços essa mazela não tem cura mas durante as crises, uma boa maneira de controlar o indivíduo acometido pelo mal é atingir a cabeça do mesmo com um objeto pesado, de preferência sem corte. Uma outra maneira, muito menos eficaz, é tentar convencer a vítima de que se um bandido é quem cometeu um crime e se assassinato é um crime, então o executor do bandido também será um criminoso e seguindo essa linha de pensamento, deverá ser igualmente executado. Mas essa técnica é ineficaz na maioria dos casos, sendo que na mente do afligido 2000 anos de civilização vão pelo ralo e a Lei de Talião começa a parecer altamente lógica.


Caro Tonho,

Sou grande admirador de seu trabalho e tenho acompanhado a sua carreira nacional e internacional (parabéns por Cannes!). Mas uma dúvida me corrói. Não consigo entender aquele comercial de cerveja aonde para seduzir seu namorado uma mulher passa cerveja no corpo e nas roupas íntimas. Você poderia me explicar essa peça?

Alberto Moura


Mourinha, grande sujeito!!! Pode deixar que eu tiro esse peso das suas costas, Mouróvisky! Esse comercial de TV que você menciona é simplesmente GENIAL! Super lúdico e com um conceito fascinante. Ele é o supra sumo de toda a publicidade feita para cervejas em geral, que em 99% dos casos juntam cerveja e virilidade em um mesmo pacote!!! Afinal, sexo é a maneira mais fácil de vender seu produto! A moça que consegue seduzir o sujeito usando cerveja como creme nivea mostra isso com primor: A cerveja é tão boa que consegue até fazer uma biba louca se interessar por mulher, dessa maneira agregando valor ao produto!
"Turma do Gueto", da Record, vai tirar negro da posição de coadjuvante.

É impressão minha ou essa frase é altamente paradoxal ?

sexta-feira, setembro 13, 2002

The complete HP Lovecraft Search Engine.
Yeah, baby!



Dos anos 90 pra cá, você poderia observar um padrão perfeito que acontecia em 90% dos filmes que conseguiam uma continuação. O padrão da queda de qualidade, que se caracterizava pela redução da mesma em progressão geométrica à cada sequência. Se o primeiro filme era bom, inadvertidamente o segundo seria fraco e o terceiro intragável. Se uma quarta sequência fosse produzida ela possuiria uma tendência a se tornar um cult entre os adoradores do cinema bizarro.

Lentamente parece que a tendência está se invertendo, com algumas continuações (raras ainda) que quase conseguem fazer jus ao filme original, como era tão comum na idade de ouro das trilogias, os anos 80. Temos aí, se você lembrar, o MI2 ou o Toy Story 2 por exemplo. Claro que outros realizadores não conseguem se livrar dessa tradição tão cara à Hollywood, como os que produziram pérolas como o segundo MIB, o terceiro Batman e Robin, a saideira do Robocop ou os todos os outros Halloweens.

E Mike Myers estava animadíssimo pra fazer parte do time com seu Austin Powers 2. Bem inferior ao primeiro, o filme anunciava um canto do cisne assustador para o personagem, e eu sinceramente esperava uma bomba maior que Enola Gay. E adivinha só? Errei feio.

Não me pergunte o que aconteceu, peregrino. Mas a verdade é que Austin Powers 3 é um filme muito, muito engraçado. Mais engraçado que o segundo E o primeiro juntos. A sequência de abertura surpreendente (uma piada que já foi estragada por milhares de críticos de jornais de grande circulação que contaram a punchline da mesma.) é só o começo de uma série de piadas que variam entre um humor sofisticado e cheio de referências pro toilet humor mais grosseiro sem perder a graça. Até o Fat Bastard (o Roberto Jefferson do Myers) está engraçado. Não que ele chegue perto do bizarro e políticamente incorreto Goldmember.

Só podia ser melhor se o Sean Connery tivesse feito o papel do pai de Austin, no lugar do Michael Caine. Mas aí seria pedir demais.

quarta-feira, setembro 11, 2002

MEU DEUS! ... outro atentado... milhares de mortos... cacete...

A-ha! Peguei vocês!

terça-feira, setembro 03, 2002

Surreal é abrir a janela e ver esse kibe gigante voando no céu da sua cidade.



Provavelmente vai ser inútil e não deve resistir a um tiro de estilingue. Mas é muito style.

quinta-feira, agosto 29, 2002

Estados Unidos, 29/08/2002 - Submarino japonês é descoberto por pesquisadores da Universidade do Havaí. O veículo teria sido atacado pelos Estados Unidos uma hora antes do famoso bombardeio de Pearl Harbor. A descoberta levanta a hipótese de a ofensiva japonesa ter sido uma resposta aos norte-americanos, e não a primeira agressão.
Já vai tarde



Assistindo ao último episódio do Arquivo X ontem, me lembrei dos motivos que me fizeram desistir da série a algumas temporadas atrás. O mais forte, eu acho, era a trama principal, que atingiu um nível tão rocambolesco e cheio de idas e vindas que me dava a nítida impressão de que alguém ali dentro estava cortando um dobrado para conseguir remendar um monte de idéias de inúmeros roteiristas em um amontoado conspiratório que chegava a ser ridículo. E convenhamos, a série já tinha perdido o fôlego a anos e devia ter ido pro matadouro depois do longa metragem.

O episódio em si, como a maioria dos episódios da série, não termina, deixa mais perguntas que respostas e cria trezentas e cinquenta pontas soltas que devem voltar na telona no próximo verão. E deixar mais pontas soltas, que crescerão em progressão geométrica até o Chris Carter arrumar outro modo de arrancar dinheiro de nerds incáutos.

Agora a primeira hora do dito cujo é memorável. Inventaram um jeito ótimo de explicar tudo que havia acontecido em quase 10 anos e apresentar os principais personagens, sabe como? Fizeram um julgamento do Mulder e chamaram todos os conhecidos do homem, que contavam em flashback a trama da série inteira aos pouquinhos! Não é uma maneira inteligente de fechar uma série, fazendo uma retrospectiva e informando os espectadores? Muito bom mesmo. Tão bom que os roteiristas do übber sitcom Seinfeld fizeram isso a anos atrás no episódio de encerramento.

Só tem 171 mesmo.

quarta-feira, agosto 28, 2002

Repórter de menor



Se você vem acompanhando a carreira do Spielberg nos últimos tempos, certamente já deve ter percebido a nova obsessão do diretor: Criar ‘filmes adultos com discussões inteligentes e relevantes e passar a sua visão de mundo aos espectadores’. A visão de mundo do Spielberg é aquela que diz que o mundo adulto é mau e corrupto e a única salvação é voltar a sua infância e/ou família, de preferência se mudando para o subúrbio.

E a ‘discussão inteligente e relevante’? Em Minority Report, temos um mundo aonde o crime pode ser previsto por meio de três paranormais e dessa maneira os criminosos podem ser presos antes de se tornarem criminosos, mas será que o futuro é realmente predeterminado e não existe maneira dos assassinos fugirem de sua sina ou existem futuros alternativos aonde os perpetradores dos crimes não chegam a consumar seus atos? É moralmente aceitável preder uma pessoa antes dela praticar um crime?

A questão, emprestada de Philip K. Dick, é realmente relevante (principalmente no mundo depois de 9/11) e inteligente. E somada a visão de mundo do diretor, temos um plot básico que mistura um funcionário do pré-crime que põe em jogo a credibilidade do sistema e consegue resolver a trama ao mesmo tempo que refaz a sua família destruída pela morte do filho.

Já temos uma dicussão relevante e uma visão de mundo. Vamos incrementar isso com uma ambientação extremamente bem cuidada, em um futuro exótico cheio de bugingangas geniais e mirabolantes. E perseguições intermináveis, dirigidas sem nenhum ritmo ou emoção. E um senso de humor retardado completamente discrepante do tom da meia hora inicial do filme que desaparece misteriosamente com o fim da perseguição interminável. E milhares de referências cinematográficas que vão desde Kubrick a Fueller, e em 90% dos casos me parecem altamente gratuitas. E alguns furos de roteiro. E uma fotografia azul e verde. Taí, Minority Report.

É o que se podia esperar do rapaz. Mas eu ainda acho que o Spielberg podia parar de tentar se provar um adulto inteligente e voltar pra suas fábulas ou pulps. Porque qualquer um dos filmes dessa época tem muito mais inteligência e perspicácia do que todas as obras do diretor nos últimos anos juntas.