quarta-feira, outubro 30, 2002

Designer pra que?



O camaradinha Guilherme indica a linda marca feita pelo mesmo homem que foi ao programa do Jô dizer que designer não servia pra nada e que os prórpios publicitários mesmo podiam criar logotipos. Coisa bonita do papai.

terça-feira, outubro 29, 2002



Prezado Tonho,

Por favor, me explique uma coisa! Você que é um profissional premiadíssimo e com 37 leões de outo na estante do quartinho de empregada me conte porque o novo comercial televisivo da TIM usa uma cena idêntica a uma sequência do filme X-men aonde o professor Xavier está procurando mutantes no seu computador telepático?

Ricardo Anquilho




PUUUUUT**** QUE PARI*****!!!! Essa comercial eh muito bom!!! Anquilho, meu filho, para compreender em toda a totalidade o fantástico mundo da publicidade você tem que conhecer o que nós publicitários premiados chamamos de "Referência". No nosso ramo, o processo se dá da seguinte forma: Você assiste um filme e vê uma cena, piada ou efeito legal. Aí na hora de produzir a sua peça publicitária, você copia exatamente o que viu na fita. E pronto! Terminado! Mas lembre-se. Você não deve mudar nada, nem um pouquinho. Nenhuma alteração, a coisa tem que sair idêntica ao original. Pegar uma referência e usar só alguns elementos que você gostou para criar alguma coisa completamente nova é mania dessa negada frustrada que gostaria de estar fazendo cinema. De preferência na Europa, fazendo biquinho.

segunda-feira, outubro 28, 2002

Daniel Sansão, amigo e vizinho há quase 20 anos viu o post sobre o muro e me presenteou com uma prova fotográfica do momento nostalgia aí em baixo:



Pra vocês verem que eu não inventei a história. O bairro aonde eu cresci era praticamente uma célula comunista, né não?
Desde muito cendo que eu me lembro da frase pichada na esquina da casa dos meus pais que dizia "Patrão você vai ver um operário no poder.". Pensei que ela tinha sido apagada pelo tempo, mas ontem fui conferir a inscrição e ela estava lá, firme e forte depois desses anos todos. Sinal dos tempos.
Ahan...

Só uma coisinha que eu estou querendo dizer há uns 13 anos:



Feliz aniversário, lula.

quarta-feira, outubro 23, 2002

Bon Jovi é Lula!
Essa aí é até agora a melhor coluna do Jabor nesse ano. É um texto grande mesmo, mas como é impossível linkar alguma coisa antiga dentro do site do globo, fica aí o registro.

O dia em que o Rio de Janeiro se suicidou
Arnaldo Jabor

Agora, o mal já está feito. O Estado do Rio elegeu Rosinha para o governo, Sérgio Cabral e Mário Crivelllo para o Senado e na Assembléia Estadual pulularão os mesmos micróbios populistas e corruptos de sempre. Não adianta chorar pelo chopinho derramado, como fazem sempre os cariocas. Seremos governados por um casal "peronista" tardio, misturado a um Jesus político, enquanto em Brasília o neochaguismo nos representará no Senado. Assistiremos agora, reclamando do destino, à destruição do Rio. Por que esse tradicional "dedo podre" dos cariocas para o voto? Lembrem da lista de nossos governadores dos últimos 30 anos. Como explicar isso, se somos os "malandros", os bons de cintura, os "bambas do samba"? Por que, em São Paulo, o Maluf foi expelido, Quércia também, por que Íris Resende, Collor, Newtão, Gilberto Mestrinho, Augusto Farias e tantos outros foram jogados para correr e o Rio ficou com o atraso? Por que a elite pensante do Rio, os cientistas políticos que vivem com o olho grudado no Bobbio ou no Bourdieu não viram nada? Ninguém acionou o alarme? Acho que o Rio é uma "cidade partida" sim, também na consciência política.

No mundo da periferia, o carioca vive mergulhado na ignorância e na pobreza.

Coitados - como vão entender os demagogos que lhes dão esperanças, como vão saber dos fariseus? Como? Mas, a outra parte é a dos "inocentes do Leblon", dos garotos de Ipanema. Esses é que permitiram a "resistível ascensão de Rosinha", somados ao grande rebanho de uma classe média de gravata que vive clamando por um vago udenismo, trêmula de medo e de insegurança, com ideologias ralas que não vão além de "o governo é culpado" ou "tudo isso aí é uma vergonha..." Ninguém sabe nada de política que se resume aqui, no "sal céu sul", num vago Fla x Flu de botequim.

Deve ser a velha tradição cartorial, de funcionários públicos da velha capital da República, onde a política se traçava nos balcões mercantilistas, nos interesses dos negreiros e cafeicultores, na simbiose patrimonialista dos donos do poder, criando esse desalento, esse desinteresse pela luta política, porque o clientelismo a tornava inglória.

Ficou esse cacoete da República Velha, uma estirpe de burocratas oportunistas enrolando os cidadãos, ficou a visão de que política é atividade "deles", dos poderosos do "café com leite". Foi-se a capital da República e só ficou a pose de um antigo poder que se esvaiu, sem base concreta. A política como oposição de interesses em luta, como defesa social, não atrai a população. Os grandes gestos abstratos sim, as bandeiras utópicas, passeatas heróicas, tudo bem, isso fazemos, mas sempre a posteriori, depois das causas perdidas.

No Rio, também, o capitalismo é ralo; não tem a seriedade produtiva e voraz de São Paulo, que gerou inclusive o PT, no seio das fábricas do ABC. Onde o nosso ABC? A resistência a Rosinha surgiu num botequim, o Bracarense (com bom chope e empadinhas, sem dúvida), num movimento tardio. Aí, não adiantava mais. Fazemos política de botequim, o que me lembra a frase de Oswald, que parafraseio por ser apropriada para nós: "No Rio, o contrário da burguesia é a boemia; em São Paulo, é o proletariado." Fomos a pátria da esquerda festiva, do intelectual de bar, dos assinantes de manifestos inúteis.

Estamos sempre prontos para marchas pela paz, todos de branco, gritando "Viva Rio!", apelando para quem? Para Deus? Para Iemanjá? Quem? Para a cordialidade dos criminiosos?

Assim como temos uma visão idílica da cidade, temos uma visão pejorativa da política - "coisa do povo". Os homens espertos como Garotinho e, antes dele, como Chagas Freitas, vão se banhar nesse piscinão de votos desesperados das periferias.

A desatenção do carioca com a política real é tanta que somos pegos de surpresa em golpes como fomos em 64, comemorando a "vitória" do socialismo meia hora antes da chegada dos tanques de direita de Minas. Aí, choramos. A facilidade com que a Rosinha foi eleita é igual à facilidade com que um boato fechou a cidade. De repente, nos descobrimos desamparados, medrosos, desunidos por um boato. O fato político surge como um acidente, um susto na paisagem. E, agora, estamos diante de um projeto de desconstrução da cidade, com a porta aberta para a entrada de um neopopulismo sórdido, que pode desestabilizar o resto do País no futuro.

É inacreditável que os intelectuais, acadêmicos, artistas e formadores de opinião, preocupados apenas em manter limpas suas consciências ideológicas, tenham se esquecido de combater essa terceira via terrível do populismo carioca, essa grave anormalidade sociológica que nos acometeu. Esqueceram-se de ajudar a Benedita, essa mulher corajosa que fez as únicas ações eficazes contra o tráfico. A desconhecida Solange (que o PSDB apoiou de afogadilho para o Serra ter palanque) e o pálido Jorge Roberto se ocuparam em atacá-la, deixando o cabelo chapinha de Rosinha intocado.

Agora, chegou a hora do lamento, dos porres pessimistas: "O Rio não tem mais jeito... Ahhh... Vamos beber!" Sempre vemos as tragédias "depois" , como só agora descobrimos as favelas, que eram "líricas" e esquecidas no passado, ao som do samba, sem armas. Agora, elas têm emprego: a cocaína. Tarde demais, doces malandros otários. A paisagem nos aliena, a praia nos aliena, a beleza cultural nos aliena. Nós nos achamos "acima" do País, donos de uma ginga superior. Só pensamos em polícia, nunca em política. E o tráfico é um caso de política. Beira-Mar sabe bem disso.

Quem precisa de educação política não são os populares pobres que elegeram o neopopulismo; são os privilegiados da zona sul que nada fizeram para impedi-lo. Os alienados somos nós, gente boa...
´Pensem nos seus filhos antes de votar no Lula´. Ora, fala sério. Eu quero mesmo que meus filhos vivam em um País que deu uma chance a única proposta real de mudança. Se vai dar certo ou não, quem pode dizer? Melhor errar do que nunca ter tentado. E sinceramente, eu não acredito que vamos errar. Porque pra ficar pior do que isso aí, peregrino, o Lula vai ter que se esforçar MUITO.
O problema, meus filhos, não é o diabo da Regina Duarte ter falado no programa do Serra. O problema é a a tática do terrorismo. Isso sim é deplorável e vergonhoso. Todo mundo tem o direito de apoiar seus candidatos, como já vem sendo feito desde sempre. Ninguém chiou quando a Elba ramalho apareceu na campanha do Serra. Ninguém esperneou quando Raul Cortez ofereceu um jantar pro candidato do governo. Prestem atenção antes de falarem baboseiras, crianças.

terça-feira, outubro 22, 2002

O Selo do Jornalista moderno e antenado

Quem se lembra da época em que a Veja tentava disfarçar a sua preferência pelos candidatos do governo?
Quem te viu, quem te vê.



Garotinho e sua esposa, o Zacarias.

segunda-feira, outubro 21, 2002

Só agora a Folha descobriu que a história do modelo que disse ter sido escolhido como protagonista do novo filme imaginário do Davi Lins é um delírio do mocinho. Só pra constar, eu dei essa notícia aqui no dia 30 DE SETEMBRO. Tá aqui o link. E aguardem a nova campanha.
Até tu, Odete?

Novo selo comemorativo.



Participe.

sexta-feira, outubro 18, 2002

Ajude o bom velhinho

quinta-feira, outubro 17, 2002

Hoje no José Simão, via Folha:

Socorro! Todos para o abrigo! Regina Duarte em "Poltergeist 2", a missão! E a aparição da Regina na Hora do Vampiro dizendo que tá com medo do Lula? Tá dando o maior babado. E eu vou lançar um site "Eu Tenho Medo da Regina Duarte". Aliás, sempre tive! Rarará!

Fiz primeiro, biduzão.

quarta-feira, outubro 16, 2002

Minha mãe, meu sogro e o Rafael, habituê da casa mandam: A Namoradinha Apanha.
Pra quem não está entendendo a piada da Regina... ops, Sally Field, eu explico. O primeiro programa do segundo turno da campanha de José Serra se iniciou com um discurso emocionante da ex namoradinha do Brasil que com ar de choro, vomitava o seguinte:

"Estou com medo, faz tempo que eu não tinha este sentimento. Porque sinto que o Brasil, nesta eleição, corre o risco de perder toda a estabilidade que já foi conquistada. Eu sei que tem muita coisa que ainda precisa ser feita, mas também tem muita coisa boa que já foi realizada.

Não dá para ir tudo para a lata do lixo. Nós temos dois candidatos à presidência. Um eu conheço, é o Serra. É o homem dos genéricos, do combate à Aids. O outro, eu achava que conhecia, mas hoje eu não reconheço mais. Tudo que ele dizia mudou muito, isso dá medo na gente. Outra coisa que dá medo é a volta da inflação desenfreada, lembra? 80% ao mês. O futuro presidente vai ter que enfrentar a pressão da política nacional e internacional. E vem muita pressão por ai.

É por isso que eu vou votar no Serra. Ele me dá segurança, porque dele, eu sei o que esperar. Por isso eu voto 45, voto Serra, e voto sem medo."


Tá explicado? Pior que o Al-Quaeda.
Eu sou do tempo em que se falava "videojogo" e não "game".
Eu sou do tempo em que se falava "bicicleta" e não "bike".
Eu sou do tempo em que se falava "filipeta" e não "flyer".
Eu não



Tu é feia mas não é dois. Participe também.
And the Oscar goes to...



Sally Fields!

terça-feira, outubro 15, 2002

Mais um



O leitor Marcos Fortes (Sim! Eu tenho leitores!) manda essa pérola, de autores anônimos.

sexta-feira, outubro 11, 2002

- As propostas de Serra têm mais compatibilidade com as nossas que as do Lula, do PT. Insistimos e Serra concordou em não apoiar o casamento civil entre homossexuais. Queremos acabar, ainda, com as restrições à instalação de novos templos nos centros urbanos - anunciou o bispo Manoel Ferreira.

Isso é que é ser uma pessoa antenada com o seu tempo. Ou templo.

As próximas propostas vão incluir o fim do divórcio, a suspensão do voto feminino e a volta da educação religiosa obrigatória nas escolas.
(...)Só Roberto Jefferson, que conversara na véspera com o presidente Fernando Henrique, reclamou:

— Tenho horror ao PT. Se apoiarmos Lula, eu vomito. Se apoiarmos o Serra, eu vomito. Vou sair daqui vomitando — avisou, com seu estilo hiperbólico.


São os efeitos colaterais da cirurgia de redução do estômago.

terça-feira, outubro 08, 2002

Get your war on



Essa tira é de um sujeitinho esperto com uma produção impressionante que pode ser encontrada aqui. Existem outras séries alem dessa, fuçem o site bando de preguiçosos.

E como eu acabei de tomar um copo de plástico cancerigeno cheio de café agora eu vou traduzir a tira pra quem não é versado no dialeto ianque:

- Eu estou te dizendo, Ariel Sharon é um homem de paz! Ele é um fucking pacifista!
- Verdade, as coisas vão ficar damn pacíficas depois que ele passar pela cidade. Peraí, elas vão ficar em paz porque tudo vai estar fucking destruído!
- Uhh... Bicho... Você é anti-semita ou algo assim?

segunda-feira, outubro 07, 2002

Levando em conta o preço dos ingressos, o transporte e as refeições necessárias para a sobrevivência no Festival do Rio BR 2002 (e mais tarde as sessões de acumpultura nas suas costas calejadas pelas salas 2 e 3 do espaço unibanco) você poderia dizer que Cinema é a maior diversão, mas o Festival do Rio é o maior prejuízo.
Tiago Teixeira no maravilhoso mundo do festival do rio BR 2002, parte 4.

Sexta à noite, (Vendredi Soir), de Claire Denis



É um filme pequeno, suave e simpático da veterana Claire Denis. Nada genial ou impressionante, mas altamente agradável e bonitinho. Vendo esse filme você vai poder descobrir que os franceses inventaram um aparelho genial para colar fita adesiva. É muito bom mesmo, se alguém souber aonde encontrar um daquele me avisem. Minha vida vai ser muito melhor com ele.

O Pianista, (Le Pianiste), de Roman Polanski



Eu tenho uma tese que diz que a esposa do Polansky está estragando o sujeito. Voce vê, sem o personagem dela e aquele final ridículo, "O Último Portal" teria sido um filme legal. Mas não, ela fica lá enchendo o seu saco de dez em dez minutos, lembrando que o maridão arrumou um papel de destaque pra ela e praticando aquela coisa assustadora que ela chama de atuação.

O Pianista chega pra mostrar que com a esposa fora de cena o Polanski ainda bate um bolão. É mais um filme sobre o holocausto, só que dessa vez sem o maniqueísmo à la lista de Schindler. Em O Pianista os judeus não são santos, os alemães não são absolutamente perversos e fica claro que ao invès de lutar contra o pogrom o meio milhão de judeus residentes em Varsóvia em sua grande maioria não fez nada contra a segregação (e mais tarde o extermínio) imposta pelos alemães. Isso por causa da crença que os judeus um povo destinado a sofrer, as vítimas eternas.

A conclusão é lógica: Matem a esposa do Polanski. De novo. Ele não vai ligar, já passou por isso. Chamem o Charles Manson pra um repeteco, juro que ele vai se amarrar. Desse jeito o diretor vai continuar fazendo filmes bons como esse.

A Virgem Da Luxúria, (La Virgem da Lujuria), de Arturo Ripstein



O Ripstein é um cara maneiro, mas esse filme é só legalzinho. De qualquer maneira a iluminação e a fotografia são de cair o queixo, e os designers vão encontrar uns letreiros muito legais. Também tem uns lutadores mascarados mexicanos que são o maior style. Mais Kistch impossível. Alias o cartaz do filme é plágio de um desenho daquele quadrinista espanhol que estilisticamente nunca conseguiu sair dos anos 80, o Serpieri.
- Não deu. Faltaram votos - disse ela, ao iniciar a entrevista coletiva. Nós fizemos nossa parte. Eram dois projetos: um que era Lula e Benedita, outro, Garotinho e Rosinha. A população do estado do Rio optou pelo segundo deles. Penso que o estado perdeu uma oportunidade de desenvolver um projeto diferente, de desenvolvimento e inclusão social. Mas, o resultado está aí. Não quero contestar. Vamos agora tocar a nossa vida.

Eu desejo para todos que votaram na Rosinha um governo de 4 anos da família Garotinho.
E lá vamos nós de novo...



Idéia do meu Sogro.

sexta-feira, outubro 04, 2002

Caquinha



Outdoor da campanha de Garotinho, em avenida de SP. O Brasil precisa de mais gente assim. O Quércia e o Maluf também foram vítimas, longa vida ao terrorismo poético.
A piada mais engraçada do mundo, provada pela ciência.
Policiais apreenderam há pouco uma bengala transformada em uma arma por traficantes da favela. Segundo a polícia, a bengala tem calibre 12 e foi apreendida ao lado de duas granadas e 200 trouxinhas de maconha, no alto do Morro do Turano.

E quem disse que aquelas reprises dos filmes do 007 não serviram de nada?

quinta-feira, outubro 03, 2002

Direto ao assunto

Taha Yassim Ramadan, vice-presidente do Iraque, disse hoje que a única maneira de salvar o povo iraquiano e o americano é com um duelo entre os líderes destes países.

- Bush quer atacar o Iraque, seu exército e sua infra-estrutura. Porque o presidente americano não seleciona o seu grupo de guerreiros e nós fazemos o mesmo? Assim, escolheríamos o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, para ser o supervisor e teríamos território neutro para realizarmos o nosso duelo. O grupo de Bush e o nosso usaria as mesmas armas e seria presidente contra presidente, vice-presidente contra a vice-presidente. Se eles levarem a sério, poderíamos assim salvar o povo iraquiano e o americano - disse Ramadan.


E aí Bush? Tu não é do Texas? Não é cowboy? Vai encarar???


Cara do Davi Lins ao ouvir a histórinha do Pedro Andrade que eu mencionei uns posts atrás.
Tiago Teixeira no maravilhoso mundo do festival do rio BR 2002, parte 3.

Para Sempre Lilia, (Lilja 4-ever), de Lukas Moodysson

Oh, como o mundo é cruel e como os russos são maus. E os suecos também, aqueles pervertidos. Todo mundo abusando da pobre Lilia durante duas horas inteiras, até o grand finale do fracasso. Pra resumir "Para sempre Lilia" é só reproduzir sua dedicatória: "Esse filme é dedicado a todas as crianças e adolescentes vítima de exploração sexual.". Deve ter sido patrocinado pelo governo Sueco ou coisa assim.



A Floresta Sem Nome, (Hama maiku), de Shinji Aoyama

No Japão, o detetive particular mais sofisticado do mundo, como diz a tagline da série, é contratado para descobrir o paradeiro da filha de um grande empresário. Sua procura o leva a uma clínica New Age misteriosa, aonde Mike Yokohama enfrentará seu maior desejo. Grande surpresa hein, esse filminho. Muito engraçado e esquisitíssimo. Na foto acima temos Mike Yokohama no seu outfit preferido. Não, não, ele não é o cara de sobretudo preto.

quarta-feira, outubro 02, 2002

E não é que o Serra não tem diploma? Diga lá, CrisDias.
Go ahead punk, make my day.

terça-feira, outubro 01, 2002

Tiago Teixeira no maravilhoso mundo do festival do rio BR 2002, parte 2.



O Homem Morto, (Toter Mann), Christian Petzold

Advogado conhece mulher misteriosa que desaparece em seguida. Filmado com competência e com uma atmosfera ótima. O impressionante e descobrir que o negócio foi feito pra TV alemã.

Eternamente Sua, (Sud sanaeha), Apichatpong Weerasethakeel

Belo e melancólico filme tailandês, que ganhou o prêmio da mostra un certe regard, em Cannes. Quem não estiver acostumado vai ficar nervoso com o ritmo lento e os silêncios demorados, mas quem conhece bem de leve o cinema oriental já sabe que o tempo da narrativa é outro. Vá avisado. Mas o filme é bonito pra burro. E o nome do diretor é sem dúvida o mais impronunciável do festival.

Somente minha, (Solo Mia), Javier Balaguer

Marido violento perde as estribeiras com a mulher, que por sua vez sobe nas tamancas e resolve se vingar. Filme correto com uma boa dose de humor negro no final.

No Limite da Loucura, (Manic), Jordan Melamed

É uma mistura de Um estranho do ninho e clube dos cinco com trilha sonora do Thurston Moore e o moleque do Third rock from the sun. A música é muito boa.



Dívida de Sangue, (Blood Work), Clint Eastwood

Esse é um filme que você não deve assistir. Não que seja ruim, muito pelo contrário. O que acontece é que ele deve entrar em circuito ainda esse mês. Eu só fui ver porque sou baba ovo do Clint mesmo e porque o horário me apetecia. O filme? Bom como sempre. Se tem um cara em quem você pode confiar peregrino, esse cara é o Clint. E como Garth Ennis disse no número de Hitman que está a sua disposição nas bancas nacionais nesse exato momento, “Existem dois tipos de pessoa: Os que veêm os filmes de Clint Eastwood e os maricas.”

Dois perdidos numa noite suja, de José joffily

Esse filme me fez conseguir vencer uma neurose antiga, a de não conseguir sair de um filme no meio da sessão. Sem graça, batido e com todos os problemas de um roteiro adaptado preguiçosamente de uma peça de teatro. Cenas externas enxertadas com pouca sutileza, cenografia fake altamente carnavalesca e uma falação interminável. Pelo menos eu incentivei o cinema nacional.