sexta-feira, outubro 31, 2003

Tim Festival 2003 : Dia um de dois.



Eu tinha dito aqui nesse relegado espaço que só acreditaria no show do White Stripes quando visse aquelas duas velas de natal paradas na minha frente. Ainda não vi, mas depois do primeiro dia da reencarnação do Free Jazz eu estou realmente acreditando que eu não joguei meu rico dinheirinho fora quando comprei o ingresso para o show da banda. Afinal eles gastaram tanta verba pra anunciar e tal - displays gigantes dizendo “White Stripes dia 31 no MAM”, spots televisivos e encartes no globo - que eu acho difícil isso tudo ser uma brincadeira de mal gosto. Mas como a minha vida me ensinou a não duvidar da crueldade humana, ainda estou com um pé atrás e a noite de hoje será decisiva para definir a minha relação de credibilidade com a organização do festival daqui em diante. Não me decepcionem, eu sou um nerd mentalmente instável e vocês lembram o que aconteceu naquela escola em Columbine.

Pois bem, essa primeira noite de shows foi impecável. Beth Gibbons e KD Lang deram shows impecáveis, que podiam ser um pouquinho maiores, mas como dizia Hervé Villechaize, tamanho não é documento. Beth Gibbons surpreendeu o público com uma bela versão de Candy Says pra fechar a apresentação e desfilou todo aquele comportamento cool que só quem durante anos teve uma banda como o Portishead sabe fazer. KD lang por sua vez lembrava um apresentador de espetáculos de Las Vegas, saltando, dançando e levando o público na palma da mão.

E o evento foi organizado, tudo muito bonito, com umas soluções interessantes como os painéis triangulares montados para se encaixarem nas pilastras que seguram os prédios do MAM e os que foram montados no chafariz. Esses últimos não funcionaram muito bem, mas o que vale é a intenção. Também tem todas aquelas besteiras que o Free fazia, como equipes tirando foto do pessoal, cabines de ´realidade virtual´ (ta entre parênteses porque não funciona) aonde você pode assistir um comercial do free jazz e demonstrações dos celulares. Podiam distrubuir uns aparelhos também, acho que ia ser super amigo isso. Mas esses porcos capitalistas só pensam em lucro então acho difícil alguém acatar minha opinião.

quarta-feira, outubro 29, 2003

Wilson, o cinza.



Está rolando uma sessão em homenagem a Wilson Grey no Odeão, e a organização do festival do rio vai entregar 30 mil reais a família do ator pela sua contribuição ao cinema nacional. Tá meio tarde pra isso né?

Anyway, a sessão é beneficiente com renda revertida para a família do ator que pelo jeito não deve estar bem. Antes tarde do que nunca.
Acredite. O compositor rebelde Jorge Mautner, 62 anos, aquele do Movimento do Kaos, aceitou convite para ser assessor do amigo Gilberto Gil, baseado no Rio de Janeiro.

Se não funcionar pelo menos vai ser super divertido.
Tá, tá, eu voltei...

quinta-feira, outubro 16, 2003

Volta mês que vem rapaz...
Nada para ver aqui, andando, andando...

domingo, outubro 12, 2003

De acordo com a Set, o longa do Cowboy Bebop estréia esse mês aqui no Brasil. Tomara que seja verdade porque vou te dizer malandro, é bom pra cacete.

Ah, segundo eles o título brasileiro inexplicavelmente ficou sendo "Esquadrão Bebop". Vai entender.

terça-feira, outubro 07, 2003



Elefante - *****

Impressionante, vai entrar em cartaz de qualquer maneira mas se eu fosse você ia logo.

Dogville - *

A bomba do festival. O prezepeiro do Lars Von Triers fez um filme abominável cheio de recalque. A sequência dos créditos é pra vomitar na sala de cinema. Muito barulho por nada.

Bom-dia, Noite - ***

Bem legal. O Bellochio deu o bolo e não apareceu.

The Brown Bunny - ****

Vicente Gallo também não apareceu, mas seu filme foi uma surpresa. Eu, que havia odiado o seu anterior (Bufallo 66) achei esse aí ótimo.

domingo, outubro 05, 2003

LAS VEGAS - Um tigre branco atacou o mágico Roy Horn durante um show da famosa dupla "Siegfried e Roy" em Las Vegas na noite de sexta-feira, deixando o ilusionista seriamente ferido - no dia em que ele completou 59 anos.

Testemunhas disseram que o animal, chamado Montecore, primeiro atingiu com a pata o antebraço de Horn. O mágico respondeu batendo no tigre com seu microfone. O tigre rugiu, mostrou os dentes, sendo repreendido outra vez. Em seguida, o animal atacou Horn mordendo seu pescoço, o que provocou uma hemorragia severa, segundo um porta-voz da dupla.


Não sei quanto a vocês mas eu achei bem razoável. Cada um usa o microfone que tem, oras.

sexta-feira, outubro 03, 2003

Festival do Rio mal e porcamente.

Sem tempo, apelo para o que á de mais baixo em termos de resenha: Estrelinhas. Mas você sabe que não pode esperar muita coisa daqui né? É um blog, pelo amor de Deus. Para críticas decentes, vão na Contracampo.

Traços do dragão - Jackie Chan e a família perdida - ***

Legal, mas bom pra servir de bônus em DVD.

A Captura dos Friedman - ****

Ótimo tema, ótima escolha de imagens e entrevista. É corajoso por não chegar a conclusão nenhuma. Tem uma montagem piegas e se encaixa naquele modelo padrão de documentários, mas faz sentido já que ele foi produzido pela HBO.

Meu nome é ciúme - ***

Divertido.

Tempo de protesto - ***

Quase a mesma coisa dos Friedman em relação a adequação ao modelo default de produção de documentários, mas é bem interessante.

A vida Nova - ****



É um exercício de estilo e clima, mas como eu estou em uma onda de apreciação de construção de climas achei bom. Sem dúvida o filme mais bizarro até agora.

Jogos, Deuses e LSD - ****



Um documentário que relata uma viagem de descobrimento que tenta entender a busca humana por felicidade. Entre outras coisas. O melhor documentário até agora.

Teknolust - *

O pior filme do festival, parece um telefilme feito para o Cine Privê.

Hair - ***

Não me lembrava direito e descobri que é bem divertido.

MacBeth - ****

Bem legal, apesar de ter visto sem legenda por incompetência da firma responsável.

A Borboleta Púrpura - **

Correto e meio grande demais.

Cidade de fantasmas - *

Bela porcaria. Nem o Barry Gifford escrevendo salva.

Demonlover - ***

Me diverti pra caramba. Atenção a trilha sonora hein.

Dogma do Amor - *

Pior que o filme só o nome em português.

Em nome de Deus - *

Sai em meia hora.

Encontros e desencontros - *****



O filme do festival? Leve uma caixa de lenços de papel.

O Grande Ladrão - **

Um bom passatempo, apesar de afetado pra caramba. É um 'onze homens e um segredo' de pobre.

O Jovem Adão - *

Mais uma desculpa pro McGregor aparecer peladão. Não recomendo.

Pinceladas de Fogo - ****

Beeem bom.

Prazeres desconhecidos - ***

Legal, mas eu não curto muito esses filmes de 'geração perdida'. É implicância mesmo.

Shara - *****



O outro filme do festival? Leve outra caixa de lenços.

Violação de Conduta - **

Como comédia (involuntária ou não) é muito bom. A sessão foi um caso à parte, com o pobre Samuel Jackson sendo perseguido pelos membros do conselho Jedi do Rio que ficavam gritando "The force!", "Tell us about star wars!" e mais umas idiotices. Eu fiquei com pena dele, mas depois lembrei de quanto ele ganha por filme e fiquei com pena de mim mesmo.

O Signo do Caos - ***

Bem bom, principalmente pra quem já conhece o Sganzerla e sua obssessão pela viagem do Welles ao Rio. Pra quem não conhece... A sessão foi bem triste, pela presença do diretor que descobriu um tumor no cérebro faz algum tempo.

Filme de Amor - **

Eu definitivamente não sou tocado pelo cinema do Bressane. Eu acho que a mídia está errada e que ele deveria escrever um livro ao invés de filmar. Mas o filme tem umas coisas legais.

Tão de Repente - ***

Um road movie com lésbicas que não cai no clichê indie. Bom.


Por enquanto é só, estou ocupado assistindo os filmes. Beijo nas criança.

quarta-feira, outubro 01, 2003

Cecília de volta ao mundo maravilhoso dos blogs! escrevescreveescreve.
Tenho uma justificativa muito séria para a falta de atualização desse bolg: FÉRIAS.

Mas nada tema. Amanha ou depois eu vou dizer o que gostei ou não gostei dos 20 filmes que assiti até agora no festival, como se alguém realmente se importasse.