sábado, dezembro 31, 2005

2006

Essa é um post em duas partes.

Na primeira, desenvolvida nesse parágrafo, gostaria de lembrar a vocês que nosso essa coisa de fim de ano é só uma convenção social absurda feita para dar a nós a impressão de que realmente estamos evoluindo a cada período de 365 dias, que a humanidade está andando pra frente, aprendendo com seus erros e que a partir do último dia de cada um desses arbitrários ciclos, qualquer indivíduo tem a chance única de mudar completamente o rumo que sua vida está tomando.

Na segunda, essa, gostaria de desejar a todos um bom 2006, principalmente para os fortes que continuam acompanhando esse blog apesar da palpável queda na qualidade e quantidade de posts. Que seus sonhos se realizem, novos caminhos se abram, suas vidas tomem rumos melhores, enfim, sejam felizes.

FELIZ 2006 GALERINHA! UHUUUU!

2006

Essa é um post em duas partes.

Na primeira, desenvolvida nesse parágrafo, gostaria de lembrar a vocês que nosso essa coisa de fim de ano é só uma convenção social absurda feita para dar a nós a impressão de que realmente estamos evoluindo a cada período de 365 dias, que a humanidade está andando pra frente, aprendendo com seus erros e que a partir do último dia de cada um desses arbitrários ciclos, qualquer indivíduo tem a chance única de mudar completamente o rumo que sua vida está tomando.

Na segunda, essa, gostaria de desejar a todos um bom 2006, principalmente para os fortes que continuam acompanhando esse blog apesar da palpável queda na qualidade e quantidade de posts. Que seus sonhos se realizem, novos caminhos se abram, suas vidas tomem rumos melhores, enfim, sejam felizes.

FELIZ 2006 GALERINHA! UHUUUU!

2006

Essa é um post em duas partes.

Na primeira, desenvolvida nesse parágrafo, gostaria de lembrar a vocês que nosso essa coisa de fim de ano é só uma convenção social absurda feita para dar a nós a impressão de que realmente estamos evoluindo a cada período de 365 dias, que a humanidade está andando pra frente, aprendendo com seus erros e que a partir do último dia de cada um desses arbitrários ciclos, qualquer indivíduo tem a chance única de mudar completamente o rumo que sua vida está tomando.

Na segunda, essa, gostaria de desejar a todos um bom 2006, principalmente para os fortes que continuam acompanhando esse blog apesar da palpável queda na qualidade e quantidade de posts. Que seus sonhos se realizem, novos caminhos se abram, suas vidas tomem rumos melhores, enfim, sejam felizes.

FELIZ 2006 GALERINHA! UHUUUU!

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Se eu fosse você

Estréia essa semana nos melhores (?) cinemas, a nova comédia de Daniel Filho, 'Se eu fosse você'. Ele trata do conhecido tema da troca de corpos entre pessoas de sexos diferentes, o que traz sempre muitas aventuras com uma galerinha super divertida e com alto astral. Me abstendo de tecer algum comentário sobre a obra, que não assisti, vou me ater ao cartaz de divulgação, que é parecido com isso:


Pessoal, isso não é engraçado. Pelo amor de Deus, alguém segure a Glória Pires, A MULHER VAI CORTAR O LÁBIO COM UMA GILETE!

Se eu fosse você

Estréia essa semana nos melhores (?) cinemas, a nova comédia de Daniel Filho, 'Se eu fosse você'. Ele trata do conhecido tema da troca de corpos entre pessoas de sexos diferentes, o que traz sempre muitas aventuras com uma galerinha super divertida e com alto astral. Me abstendo de tecer algum comentário sobre a obra, que não assisti, vou me ater ao cartaz de divulgação, que é parecido com isso:


Pessoal, isso não é engraçado. Pelo amor de Deus, alguém segure a Glória Pires, A MULHER VAI CORTAR O LÁBIO COM UMA GILETE!

Se eu fosse você

Estréia essa semana nos melhores (?) cinemas, a nova comédia de Daniel Filho, 'Se eu fosse você'. Ele trata do conhecido tema da troca de corpos entre pessoas de sexos diferentes, o que traz sempre muitas aventuras com uma galerinha super divertida e com alto astral. Me abstendo de tecer algum comentário sobre a obra, que não assisti, vou me ater ao cartaz de divulgação, que é parecido com isso:


Pessoal, isso não é engraçado. Pelo amor de Deus, alguém segure a Glória Pires, A MULHER VAI CORTAR O LÁBIO COM UMA GILETE!

Ho ho ho

Presente de Natal pra vocês:

Arcade Fire & David Bowie - Wake Up

Baixem rápido.

Ho ho ho

Presente de Natal pra vocês:

Arcade Fire & David Bowie - Wake Up

Baixem rápido.

Ho ho ho

Presente de Natal pra vocês:

Arcade Fire & David Bowie - Wake Up

Baixem rápido.

terça-feira, dezembro 27, 2005

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Tendências da moda super-humana para 2006

O mundo da moda para combatentes do crime e super-heróis em geral também é suscetível a modismos como qualquer outra indústria multimilionária da contemporâneidade. Já tivemos a era das malhas folgadas, os colantes superjustos com enchimentos, a era 'sem-uniforme' aonde predominavam os casacos de couro, jaquetas e pochetes cheias de atitude. Bolsos eram um must nesse tempo, aparentemente lutar contra bandidos e gênios do mal é uma tarefa que só pode ser executada com infinitos acessórios espalhados por milhares de bolsos no uniforme do herói.

Mas tudo isso é passado, queridões. O futuro, eu te digo, é o brilho. O glamour. O doce tilintar de luzes às vezes suaves, às vezes agressivas, usadas com primazia para expressar melhor a personalidade interior do superser em questão.


Veja o exemplo de Destrutor. O Alex Summers de hoje em dia é um homem amargurado. Depois de descobrir que a patroa curtia o picolé do homem de gelo ele se tornou uma pessoa irracível, intratável, irritadiça e vários outros adjetivos com i. Resultado? Seu novo uniforme usa a radiação proveniente de seu corpo para acender um belo circulo luminoso no meio de seu peito, criando o que os especialistas em táticas militares chamam de 'alvo'. Elegante, mas o deixou fora de qualquer missão que precisasse de um mínimo de subterfúgio. É o preço de estar na moda, darlings. Quer subterfúgio? Contrate um ninja.


Acima, o recauchutado Mister Miracle de Jack Kirby, pronto para encarar o século XXI de frente... ou de ladinho, fica a seu critério. De qualquer maneira, aqui temos um problema. Mister Miracle usou tanto brilho, mas tanto brilho que está sendo sufocado por ele. Note como o glamour está brotando de seus olhos e transbordando pelas laterais de seu uniforme. Menas, gentem, menas.


O playboy milionário Tony Stark sempre foi conhecido por seus modos espalhafatosos, mas dessa vez ele acertou em cheio. Inspirado na árvore de Natal da Lagoa, Tony nos presenteou com esse magnânimo homem de ferro cheio de luz e poesia. As lâmpadas festivas instaladas na armadura iluminam pontos de concentração de energia Chi no corpo do herói, tudo planjeado por um especialista em Feng Shui. Sinal dos tempos, darling.

Tendências da moda super-humana para 2006

O mundo da moda para combatentes do crime e super-heróis em geral também é suscetível a modismos como qualquer outra indústria multimilionária da contemporâneidade. Já tivemos a era das malhas folgadas, os colantes superjustos com enchimentos, a era 'sem-uniforme' aonde predominavam os casacos de couro, jaquetas e pochetes cheias de atitude. Bolsos eram um must nesse tempo, aparentemente lutar contra bandidos e gênios do mal é uma tarefa que só pode ser executada com infinitos acessórios espalhados por milhares de bolsos no uniforme do herói.

Mas tudo isso é passado, queridões. O futuro, eu te digo, é o brilho. O glamour. O doce tilintar de luzes às vezes suaves, às vezes agressivas, usadas com primazia para expressar melhor a personalidade interior do superser em questão.


Veja o exemplo de Destrutor. O Alex Summers de hoje em dia é um homem amargurado. Depois de descobrir que a patroa curtia o picolé do homem de gelo ele se tornou uma pessoa irracível, intratável, irritadiça e vários outros adjetivos com i. Resultado? Seu novo uniforme usa a radiação proveniente de seu corpo para acender um belo circulo luminoso no meio de seu peito, criando o que os especialistas em táticas militares chamam de 'alvo'. Elegante, mas o deixou fora de qualquer missão que precisasse de um mínimo de subterfúgio. É o preço de estar na moda, darlings. Quer subterfúgio? Contrate um ninja.


Acima, o recauchutado Mister Miracle de Jack Kirby, pronto para encarar o século XXI de frente... ou de ladinho, fica a seu critério. De qualquer maneira, aqui temos um problema. Mister Miracle usou tanto brilho, mas tanto brilho que está sendo sufocado por ele. Note como o glamour está brotando de seus olhos e transbordando pelas laterais de seu uniforme. Menas, gentem, menas.


O playboy milionário Tony Stark sempre foi conhecido por seus modos espalhafatosos, mas dessa vez ele acertou em cheio. Inspirado na árvore de Natal da Lagoa, Tony nos presenteou com esse magnânimo homem de ferro cheio de luz e poesia. As lâmpadas festivas instaladas na armadura iluminam pontos de concentração de energia Chi no corpo do herói, tudo planjeado por um especialista em Feng Shui. Sinal dos tempos, darling.

Tendências da moda super-humana para 2006

O mundo da moda para combatentes do crime e super-heróis em geral também é suscetível a modismos como qualquer outra indústria multimilionária da contemporâneidade. Já tivemos a era das malhas folgadas, os colantes superjustos com enchimentos, a era 'sem-uniforme' aonde predominavam os casacos de couro, jaquetas e pochetes cheias de atitude. Bolsos eram um must nesse tempo, aparentemente lutar contra bandidos e gênios do mal é uma tarefa que só pode ser executada com infinitos acessórios espalhados por milhares de bolsos no uniforme do herói.

Mas tudo isso é passado, queridões. O futuro, eu te digo, é o brilho. O glamour. O doce tilintar de luzes às vezes suaves, às vezes agressivas, usadas com primazia para expressar melhor a personalidade interior do superser em questão.


Veja o exemplo de Destrutor. O Alex Summers de hoje em dia é um homem amargurado. Depois de descobrir que a patroa curtia o picolé do homem de gelo ele se tornou uma pessoa irracível, intratável, irritadiça e vários outros adjetivos com i. Resultado? Seu novo uniforme usa a radiação proveniente de seu corpo para acender um belo circulo luminoso no meio de seu peito, criando o que os especialistas em táticas militares chamam de 'alvo'. Elegante, mas o deixou fora de qualquer missão que precisasse de um mínimo de subterfúgio. É o preço de estar na moda, darlings. Quer subterfúgio? Contrate um ninja.


Acima, o recauchutado Mister Miracle de Jack Kirby, pronto para encarar o século XXI de frente... ou de ladinho, fica a seu critério. De qualquer maneira, aqui temos um problema. Mister Miracle usou tanto brilho, mas tanto brilho que está sendo sufocado por ele. Note como o glamour está brotando de seus olhos e transbordando pelas laterais de seu uniforme. Menas, gentem, menas.


O playboy milionário Tony Stark sempre foi conhecido por seus modos espalhafatosos, mas dessa vez ele acertou em cheio. Inspirado na árvore de Natal da Lagoa, Tony nos presenteou com esse magnânimo homem de ferro cheio de luz e poesia. As lâmpadas festivas instaladas na armadura iluminam pontos de concentração de energia Chi no corpo do herói, tudo planjeado por um especialista em Feng Shui. Sinal dos tempos, darling.

sábado, dezembro 10, 2005

Sábado de manhã


Sábado de manhã
Originally uploaded by Tiago Teixeira.

Mais fotos de gatos. É, eu tenho saido pouco de casa.

Sábado de manhã


Sábado de manhã
Originally uploaded by Tiago Teixeira.

Mais fotos de gatos. É, eu tenho saido pouco de casa.

Sábado de manhã


Sábado de manhã
Originally uploaded by Tiago Teixeira.

Mais fotos de gatos. É, eu tenho saido pouco de casa.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Tá russo.

Um fazendeiro russo sensível, digno, educado, honesto, com aspirações artísticas e capaz de se transformar em um monstro de aço orgânico capaz de arrancar sua cabeça com um peteleco e chutar uma betoneira até a lua! Como que um pré-adolescente como eu era pode não gostar do Colossus?

Sem contar que ele era o personagem com o poder mais confuso do grupo. Sempre elocubrei sobre isso, na minha juventude. Ele vira aço orgânico ou se cobre de aço orgânico? Como ele enxerga com suas pupilas transformadas em aço? Porque o cabelo dele se penteava automaticamente na transformação? Porque ele não usava um moicano punk, de modo que o cabelo virasse uma arma branca quando virasse metal? Eu tinha muito tempo livre.

Mas por uma dessas armadilhas do destino, a Marvel sempre teve um prazer perverso em destruir o personagem que eu amava. Primeiro fizeram ele perder o controle e matar alguns vilões. Depois mataram sua irmã pequena. Então, quando o personagem estava bem chateado, fizeram com que seu irmão mais velho se revelasse um mutante enlouquecido e cheio de maldade no coraçãozinho. Para finalizar fizeram com que Colossus se matasse para salvar a comunidade mutante de um virus idiota. Para finalizar não, porque estar morto seria muito fácil e as pessoas gostam é de sofrimento. Colossus foi ressucitado e mantido preso em um laboratório por vários anos, até que foi resgatado por seus amiguinhos e se reintegrou ao grupo. Meio caladão, mas até que razoavelmente são.



E aí chega Colossus: Bloodline, mini-série que tinha o dever de aprofundar um pouco mais o personagem. Mas o mundo das hqs de super-heróis não é conhecido por sua sutileza. Quando um editor manda um roteirista desenvolver mais um personagem ele geralmente quer uma história que mostre um passado negro, uma herança misteriosa, revelações sobre suas verdadeiras origens genealógicas, coisas do tipo. Editores de quadrinhos e produtores de novelas mexicanas são treinados nos mesmos campos secretos na Bolívia, para quem não sabe.

Na trama ele volta a Rússia para descobrir quem está assassinando membros de sua família. Aqueles que a Marvel ainda não tinha lembrado de matar para transforma-lo em uma pessoa mais amargurada. Porque personagens amargurados dão a impressão de serem ricos, complexos e bem escritos. Os leitores acham amargura muito sexy. Enfim, o russo vai pra lá, encontra sua prima, vão caçar o malfeitor. Dá-se um falatório sem fim durante 3 edições. Tudo isso para no fim, revelar um PASSADO NEGRO que traz uma HERANÇA MISTERIOSA e revela SUAS VERDADEIRAS ORIGENS GENEALÓGICAS. Não vou estragar a surpresa (oh!), mas só digo que no mundo dos super-heróis ninguém se chama Piotr Nikoleievitch RASPUTIN por nada. Sacos de vômito estão a disposição nos compartimentos a sua frente.

Nosso querido desenhista (esqueci o nome, mas ele não merece ser lembrado) varia incansávelmente entre um estilo realista claramente copiado de fotos de referência e um traço cartunesco mui estranho. Descubra nessas duas imagens abaixo qual é qual.





Mas o que me incomoda mesmo é que não bastando o roteiro repetir mil vezes que o Pedrinho tem uma fúria incontrolável presa nos recônditos mais distantes do seu ser, cada vez que ele fica nervoso aparece uma gororoba negra em seus olhos.



Sabe o que é isso, cavaquinho? Eu te digo. Isso é amargura. Achou sexy? Parece uma catarata. Ou ferrugem. Um pouco de WD-40 usado como colírio não vai incomodar ninguém.

Tá russo.

Um fazendeiro russo sensível, digno, educado, honesto, com aspirações artísticas e capaz de se transformar em um monstro de aço orgânico capaz de arrancar sua cabeça com um peteleco e chutar uma betoneira até a lua! Como que um pré-adolescente como eu era pode não gostar do Colossus?

Sem contar que ele era o personagem com o poder mais confuso do grupo. Sempre elocubrei sobre isso, na minha juventude. Ele vira aço orgânico ou se cobre de aço orgânico? Como ele enxerga com suas pupilas transformadas em aço? Porque o cabelo dele se penteava automaticamente na transformação? Porque ele não usava um moicano punk, de modo que o cabelo virasse uma arma branca quando virasse metal? Eu tinha muito tempo livre.

Mas por uma dessas armadilhas do destino, a Marvel sempre teve um prazer perverso em destruir o personagem que eu amava. Primeiro fizeram ele perder o controle e matar alguns vilões. Depois mataram sua irmã pequena. Então, quando o personagem estava bem chateado, fizeram com que seu irmão mais velho se revelasse um mutante enlouquecido e cheio de maldade no coraçãozinho. Para finalizar fizeram com que Colossus se matasse para salvar a comunidade mutante de um virus idiota. Para finalizar não, porque estar morto seria muito fácil e as pessoas gostam é de sofrimento. Colossus foi ressucitado e mantido preso em um laboratório por vários anos, até que foi resgatado por seus amiguinhos e se reintegrou ao grupo. Meio caladão, mas até que razoavelmente são.



E aí chega Colossus: Bloodline, mini-série que tinha o dever de aprofundar um pouco mais o personagem. Mas o mundo das hqs de super-heróis não é conhecido por sua sutileza. Quando um editor manda um roteirista desenvolver mais um personagem ele geralmente quer uma história que mostre um passado negro, uma herança misteriosa, revelações sobre suas verdadeiras origens genealógicas, coisas do tipo. Editores de quadrinhos e produtores de novelas mexicanas são treinados nos mesmos campos secretos na Bolívia, para quem não sabe.

Na trama ele volta a Rússia para descobrir quem está assassinando membros de sua família. Aqueles que a Marvel ainda não tinha lembrado de matar para transforma-lo em uma pessoa mais amargurada. Porque personagens amargurados dão a impressão de serem ricos, complexos e bem escritos. Os leitores acham amargura muito sexy. Enfim, o russo vai pra lá, encontra sua prima, vão caçar o malfeitor. Dá-se um falatório sem fim durante 3 edições. Tudo isso para no fim, revelar um PASSADO NEGRO que traz uma HERANÇA MISTERIOSA e revela SUAS VERDADEIRAS ORIGENS GENEALÓGICAS. Não vou estragar a surpresa (oh!), mas só digo que no mundo dos super-heróis ninguém se chama Piotr Nikoleievitch RASPUTIN por nada. Sacos de vômito estão a disposição nos compartimentos a sua frente.

Nosso querido desenhista (esqueci o nome, mas ele não merece ser lembrado) varia incansávelmente entre um estilo realista claramente copiado de fotos de referência e um traço cartunesco mui estranho. Descubra nessas duas imagens abaixo qual é qual.





Mas o que me incomoda mesmo é que não bastando o roteiro repetir mil vezes que o Pedrinho tem uma fúria incontrolável presa nos recônditos mais distantes do seu ser, cada vez que ele fica nervoso aparece uma gororoba negra em seus olhos.



Sabe o que é isso, cavaquinho? Eu te digo. Isso é amargura. Achou sexy? Parece uma catarata. Ou ferrugem. Um pouco de WD-40 usado como colírio não vai incomodar ninguém.

Tá russo.

Um fazendeiro russo sensível, digno, educado, honesto, com aspirações artísticas e capaz de se transformar em um monstro de aço orgânico capaz de arrancar sua cabeça com um peteleco e chutar uma betoneira até a lua! Como que um pré-adolescente como eu era pode não gostar do Colossus?

Sem contar que ele era o personagem com o poder mais confuso do grupo. Sempre elocubrei sobre isso, na minha juventude. Ele vira aço orgânico ou se cobre de aço orgânico? Como ele enxerga com suas pupilas transformadas em aço? Porque o cabelo dele se penteava automaticamente na transformação? Porque ele não usava um moicano punk, de modo que o cabelo virasse uma arma branca quando virasse metal? Eu tinha muito tempo livre.

Mas por uma dessas armadilhas do destino, a Marvel sempre teve um prazer perverso em destruir o personagem que eu amava. Primeiro fizeram ele perder o controle e matar alguns vilões. Depois mataram sua irmã pequena. Então, quando o personagem estava bem chateado, fizeram com que seu irmão mais velho se revelasse um mutante enlouquecido e cheio de maldade no coraçãozinho. Para finalizar fizeram com que Colossus se matasse para salvar a comunidade mutante de um virus idiota. Para finalizar não, porque estar morto seria muito fácil e as pessoas gostam é de sofrimento. Colossus foi ressucitado e mantido preso em um laboratório por vários anos, até que foi resgatado por seus amiguinhos e se reintegrou ao grupo. Meio caladão, mas até que razoavelmente são.



E aí chega Colossus: Bloodline, mini-série que tinha o dever de aprofundar um pouco mais o personagem. Mas o mundo das hqs de super-heróis não é conhecido por sua sutileza. Quando um editor manda um roteirista desenvolver mais um personagem ele geralmente quer uma história que mostre um passado negro, uma herança misteriosa, revelações sobre suas verdadeiras origens genealógicas, coisas do tipo. Editores de quadrinhos e produtores de novelas mexicanas são treinados nos mesmos campos secretos na Bolívia, para quem não sabe.

Na trama ele volta a Rússia para descobrir quem está assassinando membros de sua família. Aqueles que a Marvel ainda não tinha lembrado de matar para transforma-lo em uma pessoa mais amargurada. Porque personagens amargurados dão a impressão de serem ricos, complexos e bem escritos. Os leitores acham amargura muito sexy. Enfim, o russo vai pra lá, encontra sua prima, vão caçar o malfeitor. Dá-se um falatório sem fim durante 3 edições. Tudo isso para no fim, revelar um PASSADO NEGRO que traz uma HERANÇA MISTERIOSA e revela SUAS VERDADEIRAS ORIGENS GENEALÓGICAS. Não vou estragar a surpresa (oh!), mas só digo que no mundo dos super-heróis ninguém se chama Piotr Nikoleievitch RASPUTIN por nada. Sacos de vômito estão a disposição nos compartimentos a sua frente.

Nosso querido desenhista (esqueci o nome, mas ele não merece ser lembrado) varia incansávelmente entre um estilo realista claramente copiado de fotos de referência e um traço cartunesco mui estranho. Descubra nessas duas imagens abaixo qual é qual.





Mas o que me incomoda mesmo é que não bastando o roteiro repetir mil vezes que o Pedrinho tem uma fúria incontrolável presa nos recônditos mais distantes do seu ser, cada vez que ele fica nervoso aparece uma gororoba negra em seus olhos.



Sabe o que é isso, cavaquinho? Eu te digo. Isso é amargura. Achou sexy? Parece uma catarata. Ou ferrugem. Um pouco de WD-40 usado como colírio não vai incomodar ninguém.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Sugestão de presente de Natal pra mim III



A solução final para todos os problemas.

Sugestão de presente de Natal pra mim III



A solução final para todos os problemas.

Sugestão de presente de Natal pra mim III



A solução final para todos os problemas.

Sugestão de presente de Natal para mim II



Não, não é o vestido.

Sugestão de presente de Natal para mim II



Não, não é o vestido.

Sugestão de presente de Natal para mim II



Não, não é o vestido.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Sugestão de presente de Natal para mim I



Shoggoth de pelúcia.

Sugestão de presente de Natal para mim I



Shoggoth de pelúcia.

Sugestão de presente de Natal para mim I



Shoggoth de pelúcia.

Ao Ponto

Ao Ponto

Ao Ponto

terça-feira, dezembro 06, 2005

Enobrece, homem.

Fim de ano é tempo de mudanças e como reza o clichê geminiano, eu as adoro. O problema é que as mudanças dão muito trabalho e não consigo mais tempo pra escrever tanto nesse blog, por exemplo. Mas isso deve mudar no futuro, quem sabe?

Vejemos algumas coisas que mudaram. Ah, sim, agora sou oficialmente freelancer. Meu portfolio está uma caca (tiagoteixeira.com.br), mas assim que tiver tempo vou consertar isso. Enfim, se precisarem de alguma coisa me contratem porque eu preciso alimentar 3 gatos famintos com Royal Canin.

Depois eu desenvolvo isso, porque tenho que trabalhar. Não estou reclamando não hein, atentem. Estou adorando.

Meu nome é trabalho.

Enobrece, homem.

Fim de ano é tempo de mudanças e como reza o clichê geminiano, eu as adoro. O problema é que as mudanças dão muito trabalho e não consigo mais tempo pra escrever tanto nesse blog, por exemplo. Mas isso deve mudar no futuro, quem sabe?

Vejemos algumas coisas que mudaram. Ah, sim, agora sou oficialmente freelancer. Meu portfolio está uma caca (tiagoteixeira.com.br), mas assim que tiver tempo vou consertar isso. Enfim, se precisarem de alguma coisa me contratem porque eu preciso alimentar 3 gatos famintos com Royal Canin.

Depois eu desenvolvo isso, porque tenho que trabalhar. Não estou reclamando não hein, atentem. Estou adorando.

Meu nome é trabalho.

Enobrece, homem.

Fim de ano é tempo de mudanças e como reza o clichê geminiano, eu as adoro. O problema é que as mudanças dão muito trabalho e não consigo mais tempo pra escrever tanto nesse blog, por exemplo. Mas isso deve mudar no futuro, quem sabe?

Vejemos algumas coisas que mudaram. Ah, sim, agora sou oficialmente freelancer. Meu portfolio está uma caca (tiagoteixeira.com.br), mas assim que tiver tempo vou consertar isso. Enfim, se precisarem de alguma coisa me contratem porque eu preciso alimentar 3 gatos famintos com Royal Canin.

Depois eu desenvolvo isso, porque tenho que trabalhar. Não estou reclamando não hein, atentem. Estou adorando.

Meu nome é trabalho.

domingo, novembro 27, 2005

Night of the Hunter



Sendo o aficcionado por Filme Noir que sou, sindo uma certa vergonha em dizer que nunca havia assistido 'Night of the Hunter', único filme de Charles Laughton, finalizado em 1955. Ele tem um punhado seleto de seguidores, o mais famoso talvez sendo Almodovar, que diz tê-lo assistido compulsivamente enquanto dirigia 'A Má Educação'. A guisa de tentar diminuir essa tremenda falha no meu caráter, me defendo dizendo que fatores técnicos me impediram de assisti-lo antes. Afinal, eu só tinha o dito cujo em um VHS empoeirado do finíssimo 'Festival Filme Noir' no falecido Telecine Classic. Festival que me permitiu assistir pérolas raras como Blue Dahlia e outras bezinhas. Ah, que saudade do Wilson Cunha na direção dos telecine. Sorte que hoje em dia existem as redes P2P para compensar a falta de uma programação de qualidade. Tais redes, alias, que me trouxeram 'Night of the Hunter' em alta qualidade direto para o conforto do meu lar.


Hoje sou uma pessoa redimida da negligência quase que criminosa do meu passado e posso dizer de boca cheia que 'Night of the Hunter' é o um dos filmes Noir mais perturbadores, doentios e expressionistas que eu tive o prazer de assistir. Mitchun, em estado de graça, é um pastor psicopata que anda pelos Estados Unidos salvando as almas de mulheres perdidas com a ajuda de um canivete automático. Na prisão, divide a cela com um condenado a morte que escondeu o dinheiro de seu último roubo com seus filhos e descobre um novo objetivo para sua vida. Após cumprir sua pena, o pastor casa com sua viúva, lentamente a transforma em uma maníaca religiosa e passa a aterrorizar seus dois filhos para descobrir aonde está o dinheiro. Isso bem debaixo do nariz da população da cidadezinha, que o adora.

Mitchun disse que o Pastor Harry Powell foi seu personagem preferido e isso é nítido. Cada afetação cruel do psicopata é criada com um cuidado impressionante, de quem além de adorar seu trabalho está se divertindo pra burro com aquilo. E tudo isso realçado com uma fotografia aterrorizante e um clima de conto de fadas embalado por uma trilha sonora bizarra que mistura cantigas religiosas com um coral de criançinhas. E as criançinhas? Meu Deus, como elas sofrem.

E eu só consigo torcer para o pastor. Damm kids.

Night of the Hunter



Sendo o aficcionado por Filme Noir que sou, sindo uma certa vergonha em dizer que nunca havia assistido 'Night of the Hunter', único filme de Charles Laughton, finalizado em 1955. Ele tem um punhado seleto de seguidores, o mais famoso talvez sendo Almodovar, que diz tê-lo assistido compulsivamente enquanto dirigia 'A Má Educação'. A guisa de tentar diminuir essa tremenda falha no meu caráter, me defendo dizendo que fatores técnicos me impediram de assisti-lo antes. Afinal, eu só tinha o dito cujo em um VHS empoeirado do finíssimo 'Festival Filme Noir' no falecido Telecine Classic. Festival que me permitiu assistir pérolas raras como Blue Dahlia e outras bezinhas. Ah, que saudade do Wilson Cunha na direção dos telecine. Sorte que hoje em dia existem as redes P2P para compensar a falta de uma programação de qualidade. Tais redes, alias, que me trouxeram 'Night of the Hunter' em alta qualidade direto para o conforto do meu lar.


Hoje sou uma pessoa redimida da negligência quase que criminosa do meu passado e posso dizer de boca cheia que 'Night of the Hunter' é o um dos filmes Noir mais perturbadores, doentios e expressionistas que eu tive o prazer de assistir. Mitchun, em estado de graça, é um pastor psicopata que anda pelos Estados Unidos salvando as almas de mulheres perdidas com a ajuda de um canivete automático. Na prisão, divide a cela com um condenado a morte que escondeu o dinheiro de seu último roubo com seus filhos e descobre um novo objetivo para sua vida. Após cumprir sua pena, o pastor casa com sua viúva, lentamente a transforma em uma maníaca religiosa e passa a aterrorizar seus dois filhos para descobrir aonde está o dinheiro. Isso bem debaixo do nariz da população da cidadezinha, que o adora.

Mitchun disse que o Pastor Harry Powell foi seu personagem preferido e isso é nítido. Cada afetação cruel do psicopata é criada com um cuidado impressionante, de quem além de adorar seu trabalho está se divertindo pra burro com aquilo. E tudo isso realçado com uma fotografia aterrorizante e um clima de conto de fadas embalado por uma trilha sonora bizarra que mistura cantigas religiosas com um coral de criançinhas. E as criançinhas? Meu Deus, como elas sofrem.

E eu só consigo torcer para o pastor. Damm kids.

Night of the Hunter



Sendo o aficcionado por Filme Noir que sou, sindo uma certa vergonha em dizer que nunca havia assistido 'Night of the Hunter', único filme de Charles Laughton, finalizado em 1955. Ele tem um punhado seleto de seguidores, o mais famoso talvez sendo Almodovar, que diz tê-lo assistido compulsivamente enquanto dirigia 'A Má Educação'. A guisa de tentar diminuir essa tremenda falha no meu caráter, me defendo dizendo que fatores técnicos me impediram de assisti-lo antes. Afinal, eu só tinha o dito cujo em um VHS empoeirado do finíssimo 'Festival Filme Noir' no falecido Telecine Classic. Festival que me permitiu assistir pérolas raras como Blue Dahlia e outras bezinhas. Ah, que saudade do Wilson Cunha na direção dos telecine. Sorte que hoje em dia existem as redes P2P para compensar a falta de uma programação de qualidade. Tais redes, alias, que me trouxeram 'Night of the Hunter' em alta qualidade direto para o conforto do meu lar.


Hoje sou uma pessoa redimida da negligência quase que criminosa do meu passado e posso dizer de boca cheia que 'Night of the Hunter' é o um dos filmes Noir mais perturbadores, doentios e expressionistas que eu tive o prazer de assistir. Mitchun, em estado de graça, é um pastor psicopata que anda pelos Estados Unidos salvando as almas de mulheres perdidas com a ajuda de um canivete automático. Na prisão, divide a cela com um condenado a morte que escondeu o dinheiro de seu último roubo com seus filhos e descobre um novo objetivo para sua vida. Após cumprir sua pena, o pastor casa com sua viúva, lentamente a transforma em uma maníaca religiosa e passa a aterrorizar seus dois filhos para descobrir aonde está o dinheiro. Isso bem debaixo do nariz da população da cidadezinha, que o adora.

Mitchun disse que o Pastor Harry Powell foi seu personagem preferido e isso é nítido. Cada afetação cruel do psicopata é criada com um cuidado impressionante, de quem além de adorar seu trabalho está se divertindo pra burro com aquilo. E tudo isso realçado com uma fotografia aterrorizante e um clima de conto de fadas embalado por uma trilha sonora bizarra que mistura cantigas religiosas com um coral de criançinhas. E as criançinhas? Meu Deus, como elas sofrem.

E eu só consigo torcer para o pastor. Damm kids.

sexta-feira, novembro 25, 2005

Ei, Joey


Biiiicho. Que que é isso, amico!

O filme acabou e eu não conseguia pensar em mais nada. Fiquei olhando pra tela escura dos créditos completamente aparvalhado. Cacilda, peregrino.

Marcas da violência é o melhor Crononberg que eu assito em muito tempo. E o Viggo Mortensen, quem diria, atua like hell.

Na terceira sessão em que eu permaneci congelado na mesma posição, os funcionários do Arteplex tiveram que me carregar pra fora do cinema e me deixaram em um cantinho da lanchonete do lado, aonde eu continuei olhando para o infinito sem pensar em nada. De madrugada uma velhinha me cobriu com um jornal e me deu uma barra de nutry (ela ia me dar um sanduiche de mortadela, mas achou que eu precisava de uma dieta). A humanidade ainda tem solução.

Ei, Joey


Biiiicho. Que que é isso, amico!

O filme acabou e eu não conseguia pensar em mais nada. Fiquei olhando pra tela escura dos créditos completamente aparvalhado. Cacilda, peregrino.

Marcas da violência é o melhor Crononberg que eu assito em muito tempo. E o Viggo Mortensen, quem diria, atua like hell.

Na terceira sessão em que eu permaneci congelado na mesma posição, os funcionários do Arteplex tiveram que me carregar pra fora do cinema e me deixaram em um cantinho da lanchonete do lado, aonde eu continuei olhando para o infinito sem pensar em nada. De madrugada uma velhinha me cobriu com um jornal e me deu uma barra de nutry (ela ia me dar um sanduiche de mortadela, mas achou que eu precisava de uma dieta). A humanidade ainda tem solução.