quinta-feira, fevereiro 28, 2002

Can't you see? The president of the USA is a computer-generated image!



Tem aquelas pessoas que você sabe que pode confiar. Aquelas pessoas que nunca vão te deixar na mão ou te decepcionar. Tipo o tio Frank Miller. DK2 está ótimo. Não, não é a melhor obra do Miller. Caça-níqueis? Pode ser, mas quem liga? O desenho do Miller está esquisitão? Já está assim a tempos, dava pra perceber a evolução com os Sin City e pra ser sincero eu gosto. As cores da patroa do homem estão uma merda? Sim, estão. Ia ser melhor se ela largasse o photshop e voltasse a aquarela ou deixasse P&B mesmo. Mas o Maron disse que no segundo número melhora.

É por essa e por outras que eu já disse e repito: Frank Miller é o cara que mais entende a HQ hoje em dia. E tenho dito.

Quando acabar de ler toda a série eu faço um texto maior sobre o assunto. Por enquanto vai lendo aí peregrino.
He is a suicidal hunchbacked farmboy plagued by the memory of his family's brutal murder. She's a mistrustful motormouth Hell's Angel with someone else's memories. They fight crime!

quarta-feira, fevereiro 27, 2002

Gotta catch them all!



Não é feticaria, é bom na veia mesmo, PORRA!

terça-feira, fevereiro 26, 2002

Indiana PC



Com o sucesso da versão com novos efeitos especiais e politicamente correta do ET a Dreamworks já decretou o nome de próxima vítima. É isso mesmo, peregrino, o próximo da lista é o bom e velho Indiana. Podem esperar por um Indiana que não faz piadas racistas, trata suas namoradas bem, um Sean Connery enxertado digitalmente nos dois primeiros filmes, e mui provavelmente um trabuco que vai ser habilmente colocado na mão daquele arabe com uma cimitarra que o Indy mata na covardia. Afinal, que tipo de exemplo é esse pras nossas criancinhas? Provavelmente o resultado final vai ficar tão inofensivo e limpinho como 'A Múmia'. E mais, essa 'restauração' (estão restaurando o que exatamente?) provavelmente vai tornar impossivel comprar as versoes originais do filme em DVD, como aconteceu com o Guerra nas estrelas sem Jaba de CGI. Ou como a versão original da Branca de neve, que incluia riscos de grafite que não eram totalmente apagados no estilo de animação da época e que foram 'limpos' para o lançamento em DVD. A versão original? Nunca mais você vai ver meu filho.

Mas se você pensar bem, isso é uma coisa típica de americano, um povo que não consegue ver filmes legendados e que inventou a colorização por computador de filmes preto & branco. É como considerar que o fato do filme ser preto & branco é somente resultado de uma falta de tecnologia da época, uma falha que pode ser corrigida.
Ramones My Ass

Responda rápido: De quem é 'I Dont Wanna Grow Up' ?

Ramones? Tenta de novo. Gênio, gênio!


Porra! Eu queria ser o André Gonçalves! Sem a viadagem, claro.

segunda-feira, fevereiro 25, 2002

"Tem coisas que o dinheiro não compra..." – esse cínico slogan de cartão de crédito, parece ser uma importante referência para o cinema apresentado por J.P. Jeunet. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain é um compêndio de tudo o que há de mais perigoso/desprezível no cinema esteta-pastel de vento que vem fincando pé em grande parte da produção cinematográfica atual... Se você ainda não assistiu ao filme, prepare-se para duas horas de piadinhas e humanismo de botequim, tentando fazer de cada plano uma coisa mais bonitinha/engraçadinha que a outra. Se há mérito para Jeunet, é o de conseguir realmente encaminhar seu filme para seus fins: diluindo todos os eventos da vida de Poulain dentro de seu discurso fabuloso e imbecilizante.

No geral é isso aí mesmo.

sexta-feira, fevereiro 22, 2002

Eu sou um anti-fã de Senhor dos Anéis! Bem tem depoimento meu no Globonews.
Uns testes escrotos aqui.

E Hobbit in the City, aqui.
Trabalho cumprido.

Tio Clint anunciou a umas semanas atrás que pretende se aposentar. Pelo menos como ator. Disse que o filme que está dirigindo atualmente, Blood Work, vai ser seu último como ator e que na verdade queria ter parado de vez em Cowboys do Espaço. Pra amenizar a nota triste, o garotão de 70 anos disse que ainda pode continuar dirigindo.

O Blood Work vai tratar da história de um diretor do FBI aposentado que vai procurar o assassino da mulher que lhe doou o coração para um transplante. Deve ser coisa boa, aguardemos.

segunda-feira, fevereiro 18, 2002

Começando mal

A versão Hellraiser do Pasquim, entitulada Pasquim 21 não vai ter nem o Millôr nem o Jaguar no comando. Só o mais senil da cúpula original: Ziraldo. Em uma entrevista a GloboNews, Millôr (o mais genial dos 3, se você me perguntar) foi enfático:

O senhor foi um dos fundadores do "Pasquim", que está sendo relançado agora, e não faz parte da equipe que está refazendo o jornal. Por que?
Eu, hein?

E aí, vai encarar?

sexta-feira, fevereiro 15, 2002



Cafagestagem com estilo



Apareceu aqui na web um sitezinho chamado The Art of James Bond que simplesmente é o maior repositório de material visual sobre o James Bond que já apareceu. Milhares de Posters. fotos, desenhos e capas dos livros de Ian Fleming sem contar alguns stills das já clássicas apresentações de Maurice Binder. Uma loucura. E vale lembrar que James Bond de verdade só o Connery e o Lazenby. O Moore vale se você encarar seus filmes como grandes piadas de orçamento milionário. Até Austin Powers perde pra ele. Os outros Bonds... bem, se o gato ver, enterra.
Só existe uma coisa mais odienta que 'filme de gênio' : o 'filme de professor redentor', aonde um professor a beira da aposentadoria chega em uma escola detonada para reestabelecer a ordem. E no fim, quando a diretoria resolve expulsar o indivíduo, os alunos que ao princípio o odiaram fazem um protesto na entrada do estabelecimento. Se bobear ainda cantam uma musiquinha de mãos dadas.

sexta-feira, fevereiro 08, 2002

Enquanto o Fantasmas de Marte está no caminho para ficar somente 2 semanas em cartaz no rio de janeiro vale lembra que a película levou milhares aos cinemas na França. Só pra provar que eu não sou louco.

quinta-feira, fevereiro 07, 2002

Bush e Blair indicados para o prêmio Nobel da paz. Porque não indicam o Maguila pra Nobel de Literatura?

segunda-feira, fevereiro 04, 2002





Mais um!
O Mundo x John Carpenter



Como já se tornou praxe, o novo filme de John Carpenter, 'Fantasmas de Marte', já estreou no Rio de Janeiro sendo um fracasso de público e de crítica. Depois de acompanhar durante sexta-feira última os vários segmentos da imprensa não-especializada espinafrando o filme fui assistir o mesmo (mal projetado no cinemark downtown, diga-se de passagem) com a companhia de umas 15 pessoas. Sendo que a metade deixou o filme antes do final. E o pior? O filme é bom, muito bom.

Uma das coisas que John Carpenter sabe fazer com louvour é construir um filme que se disfarca de ação ou terror de segunda que na verdade é uma obra de altíssima qualidade, exemplo de cinema comercial inteligente raro de se ver hoje em dia. Tudo isso regado com os ideais políticos de Carpenter, que é um dos diretores mais anarquistas de hoje em dia. E quando eu digo politizado não estou me referindo a aquela besteirada de gente da estirpe do Ken Loach não, nenhum filme do Carpenter é panfletário ou sentimentalóide.

A minha teoria é que esse 'disfarce' que o rapaz cria acaba por funcionar muito bem, enganando a crítica burra que parece não ter se dado ao trabalho de assistir ao filme, ou se o fez foi armada de todos os preconceitos possíveis. Então o público desavisado abre o jornal e vê uma crítica decendo o malho nem um filme chamado 'Fantasmas de Marte' e não pensa duas vezes: Vai assistir Senhor dos Anéis.

Não estou reclamando dos críticos que falam mal do filme (qualquer um tem o direito de achar o filme uma merda, da mesma maneira que eu tenho o de achar ótimo), mas sim dos que falam sem qualquer argumento válido. Quer um exemplo? Leia essa crítica do JB ou então a crítica do Tom Leão no Globo na última sexta. Ambas são um exemplo ótimo.

E o filme? É uma beleza, Carpenter volta novamente a 'Onde começa o inferno', de Howard Hawks pra contar um faroeste em Marte, cheio de ação, humor negro e um subtexto anti-globalizaçao, começando pela tagline: 'Dessa vez, nós somos os alienígenas.'.