quinta-feira, agosto 28, 2003

Guess who´s back? Back again?

As expectativas não poderiam ser mais baixas. Nenhum James Cameron, uma Terminatrix (corroborando a tese de que qualquer filme Hollywoodiano atual tem que ter pelo menos uma mulher que possa sair bem nas fotos de publicidade e capas das revistas especializadas), um Swcharzenegger envelhecido e com delírios de grandeza. O plot? Novamente uma viagem no tempo? Novamente a defesa de John Connor como objetivo principal do robozão hell angel? O horror, o horror. Mais uma bela porcaria de caça níquel? Nem brincando.

Como os dois outros Ts, o 3 é um filme pessimista e descrente com uma humanidade cada vez mais bélica e descontrolada, apesar de ter um ótimo senso de humor não notado em nenhum dos outros longas da série. O verdadeiro gênio criminoso do filme não é um super programa de inteligência artificial, e sim o grupo humano que o gera para ter uma avançada arma militar. Connors e sua trupe lutam contra a inevitabilidade da libertação do Skynet e contra um futuro pré-determinado que vem assombrando os personagens desde a primeira aparição do primeiro exterminador.

Exterminador que volta pela terceira vez mais frágil e como ele mesmo diz, obsoleto. O T-800 é um modelo antigo, limitado, mais lento, fraco e com menos recursos que sua nova nêmesis. É um action hero das antigas que é substituído por uma modela de roupa colante tão equipada quanto um canivete suiço e que só deixa aos heróis a opção de fugir constantemente e transformar T3 em um road movie. Parece claramente a saideira do Arnoldão, que agora tenta uma carreira política seguindo uma trilha que Ronald Reagan e Clint Eastwood já exploraram antes.

Jonathan Mostow conseguiu extrair leite de pedra e produziu uma ótima sequência e mais ainda: um filme de ação macho como a muito tempo não se via. Sem firulas, sem slow motions, sem “fuiches”, sem bullet-times. Não que eu não goste dos voôs dos lutadores de kung-fu chineses ou de todos esses elementos que Hollywood está assimilando dos orientais agora, mas acho pouco saudável a dependência que o gênero está desenvolvendo nos cabos de aço e efeitos de última geração. T3 prova que não são as máquinas que fazem uma bela cena de ação, mas sim uma direção acertadíssima e uma edição precisa. Os efeitos computadorizados existem, óbvio, mas eles não são a razão da cena. E isso já é muito. Principalmente quando inserido em uma trama inteligente e que faz uma crítica pouco sutil ao comportamento americano atual.

quarta-feira, agosto 27, 2003

Sacanagem o Loosermanos não ter ganho nada no VMB. O novo D2 é legal, mas não tão exagerando não?
EUA dizem que reconstrução do Iraque custará 'dezenas de bilhões de dólares'

Americanos querem colaboração da comunidade internacional


Não comentarei essa notícia.
ATENÇÃO

Se você usou o formulário de contato desse site nas últimas duas semanas fique sabendo que eu não recebi a sua mensagem. Esta porcaria está com algum problema e apesar de tudo correr aparentemente bem no envio, eu não recebo porcaria nenhuma.

Qualquer coisa mandem mail pra info@tiagoteixeira.com.br. E se tiverem paciência, me mandem os mails de novo aí. Eu sei que demoro a responder, mas eu sou um cara legal e gosto de receber mail, acreditem.

terça-feira, agosto 26, 2003

As Listras Brancas

Os outos cds do White Stripes são muito legais. Mas tem esse, o Elephant. Rapaz, vou te dizer uma coisa hein, é bom pra caramba. Mas tipo bom mesmo, vou confessar que eu estou ouvindo esse treco em todos os dias úteis e se eu parar provavelmente vão ter que me dopar pra eu não ter um cold turkey. Porque é tão bom? Sei lá peregrino, desconfio que é porque ele tem uma série de qualidades difíceis de ser encontradas nas bandinhas atuais, como punch sabe, que a gente pode traduzir como atitude, força, culhão, alguma coisa assim. E quando eu digo atitude não estou tentando soar como qualquer DJ da rádio cidade não, estou falando do produto autêntico aqui. Como juju disse, parece os Rollings Stones da época em que a boca do pai de Lucas Gimenez estava menos enrugada.

E ontem vi o clipe de ´Seven Nation Army´ que também é absolutamente genial e bom pra te deixar enjoado. Lá no meio você já está tonto e com vontade de tomar um plazil. Ótimo. E tem uns outros detalhes interessantes, tipo a direção de arte impecável dos discos ou as declarações malucas que eles dão a mídia dizendo as vezes que são irmãos, as vezes que são casados, as vezes que são amigos. Isso é muito interessante, a técnica de dar respostas bizarras para a imprensa, tem poucas pessoas que dominam ou a dominaram tão bem. Como Cary Grant - "Todo mundo quer ser Cary Grant. Até eu gostaria de ser Cary Grant." ou Tom Waits quando inquirido sobre porque a demora para produzir seu último disco - "Fiquei preso em um engarrafamento.", ah que beleza. Pena que a maioria das pessoas se levem tão a sério.

Mas já falei sobre White Stripes? Caramba, é muito bom.

quarta-feira, agosto 20, 2003

Eu ia fazer uma piada sobre o Dono da Schincariol ter sido morto por um garçom mas vou deixar a chance pra algum publicitário com culhão fazer um comercial pra Skol. Vamos lá, mostrem que essa classe deprimente ainda tem salvação.

terça-feira, agosto 19, 2003

No cruzamento entre a Marquês de Abrantes e o início da Rua do Catete existe um grafitti que mostra um sujeito apontando para o chão com as inscrições: "Não feche os olhos para a miséria". O local para aonde ele aponta fica em uma curva, uma parede reta em uma calçada curta e sem nenhuma cobertura. Isso não impede que diariamente vários pedintes se revezem no local, se aninhando exatamente para aonde a mão acusadora aponta, assim, assim como quem não quer nada. Oque cria um cenário perfeito pra ser fotografado por algum Sebastião Salgado ou similar explorador das mazelas sociais.

Funciona muito melhor que uma placa dizendo "Pedintes fiquem aqui por favor". Como que nenhum desses paisagistas urbanos pensou nisso?

quinta-feira, agosto 14, 2003

Di another Day

Desde as alterações que a ex-enfant terrible Madonna fez no primeiro clipe de American Life não se via tanta pusilanimidade. O atual manda chuva editorial da Marvel, o ubbernerd Joe Quesada é conhecido por seus factóides e presepadas para criar um burburinho sobre a ´casa das idéias´ na mídia. Com sua falta de noção, o homem também é incidentalmente responsável por algumas audácias que deram certo, como a contratação de roteiristas excepcionais e extremamente originais como Grant Morrison (The New X-Men), Peter Milligan (X-force/X-Statix) e Mark Millar (Ultimate X-Men e The Ultimates) e de outros nomes também saídos dos quadinhos independentes como os competentíssimos desenhistas Frank Quietly, Brian Hitch e Mike Alred.

Falemos aqui de Milligan e Alred. Os dois tinham ficado a cargo da X-Force. Em uma edição eles jogaram anos de continuidade fora e criaram uma das abordagens mais interessantes no que tange os grupos super-heróicos: um bando de jovens egocentricos e arrogantes que lutam entre si e contra seus inimigos por mais espaço na mídia e contratos para estrelar comerciais. Essencialmente uma boy band com uniformes espalhafatosos e habilidades sobre-humanas.

Desde o início a revista manteve um nível altíssimo com essa nova abordagem, e a alguns meses Joe Quesada anunciou a nova empreitada da dupla: Em uma viagem a Londres, um dos membros do grupo com poderes necromanticos iria ressucitar ninguém menos que Lady Di. A idéia era tornar a princesa em uma figura pública morta-viva que iria se juntar ao grupo, em um arco de histórias que seria chamado de “Di Another Day”.

Até que a família real soube disso. E mais rápido do que você possa dizer “Peixe com batata frita” ameaçaram a editora com um mega processo, que fez com que Joe Quesada prontamente se escondesse embaixo da mesa e pedisse... ah... como dizer... arrego?

E lá se vai uma ótima e transgressora idéia engavetada por causa da covardia de um editor mariquinhas. Infelizmente não existem ´director´s cut´ no mundo dos quadrinhos e provavelmente nunca vamos ver essa história. Blame it on Joe Quesada e na Rainha, que ao contrário da maioria do seu país não tem um pingo de senso de humor.
BANG YOU´RE DEAD!

O redesign mais rápido do Oeste! Mandem suas opiniões! Ou não!
Aleluia! JUJUBA PRETA IS IN THE HOUSE!
Indo nesse site aprecie o botão indique um amigo. Que ícone lindo, sexy, maravilhoso! Queria eu ter tido essa idéia quando fiz o redesign do Ivox junto com meu compadre Leo Burla.

quarta-feira, agosto 13, 2003

Mudei um pouco o layout, mas ainda não gosto. De qualquer maneiras as cores agora tão parecidas com o site do jujuba preta, que deve entrar no ar a qualquer momento quando a fapesp resolver reestabelecer meu dominio. To numa fase meio vermelho escuro, como vcs podem ver.
Bom, a coisa tá preta. O blog tá bichado e eu estou sem tempo de acertar. Pra piorar a situação descobri que não gosto mais do que estou escrevendo aqui ou do layout. Então isso significa que as duas coisas devem mudar em breve. Assim que eu tiver um tempo.

segunda-feira, agosto 11, 2003

Morra Fernanda! Morra Salete! Morra Maneco! E reza pra alguém melhor que você escrever sua cena de morte. Meu Deus do céu alguém me explica que cena foi essa? Sub sub Tarantino de terceira categoria, que só serve pra mostrar que a prefeitura tinha toda a razão em tentar probir essa representação ridícula da violência carioca como um filme de faroeste vagabundo e irreal.


Essa campanha não acontece só na internet, mas os maníacos do Movimento Brasil já espalharam cartazes semelhantes por vários pontos no centro do Rio. Eu até que acho maneiro. Porque essa coisa de santificar qualquer defunto é muito sem graça.

quarta-feira, agosto 06, 2003

ROSEBUD!

Eu já entendi a morte do Roberto Marinho. Saquei tudo. É parte da competição sem fim com o Silvio Santos. Um declara que vai morrer e o outro morre de fato. O Abravanel deve estar se mordendo de inveja.

Agora sério, até porque o corpo do cara nem esfriou. Não posso deixar de ficar preocupado com o que vai acontecer agora. A Globo vai se disolver de vez? O SBT vai dominar a tv brasileira? Quando vai morrer o ACM? Quem a gente vai culpar de todas as mazelas do mundo? O Roberto Marinho vai ressucitar no sétimo dia?
Impressionate como a Globo está adorando a confusão gerada pela gravação da morte do insuportável personagem da novela das 8. Qualquer outro meio de informação ia estampar na capa não "Gravação de novela leva centenas a rua" e sim "Gravação de novela engarrafa Leblon por 3 dias".
Como ando sem tempo pra postar alguma coisa interessante, vou botar uma das minhas novas fotos preferidas.



Agradecimentos ao amiguinho Nobu.

domingo, agosto 03, 2003

A quem interessar possa, apresento aqui o resultado do último jogo do bicho.



Mas um serviço de utilidade pública Tiago Teixeira Comércio e Representações LTDA.

sexta-feira, agosto 01, 2003

Ei, peregrino!

Uma nova biografia de John Wayne (1907-79) revela que o ditador soviético (1879-1953), irritado com o anticomunismo do ator norte-americano, teria planejado seu assassinato entre o final dos anos 40 e começo dos anos 50. O livro relata que dois assassinos russos, disfarçados de agentes do FBI, teriam tentado matar Wayne em um estúdio de Hollywood. Os planos teriam sido suspensos com a morte de Stálin, já que seu sucessor, Nikita Kruschov, era fã do ator.