sexta-feira, abril 27, 2001

Quem me ajudar a fazer um spellcheck no meu portfólio in ingrish vai pro céu. Fiz meio correndo e com certeza existe erros bestas. Deêm um relp aí. It is simple but very clean.
E pra fechar o dia, um pouco de Terrorismo Poético. Feio, mas bem intencionado.
Mudei a página de entrada do meu portfólio, olha lá de me diz o que achou. E pra quem não entendeu, meu cigarro que queima pra fora do cinzeiro é um silencioso protesto contra a indústria do fumo. Não é um erro de projeto, tudo aqui é muito bem pensado, certo?
Ah, se todos os sites fossem iguais a você.
ê! O Grant Morrison e s Sra. Grant Morrison responderam meu e-mail.
Uma editora dessas aí que duram uns três, quatro meses no máximo, lançou aqui no Rio pelo menos o dvd "Stop Making Sense" dos Talking Heads pela bagatela de 14 dinheiros. Se você for comprar, saiba de uma coisa: O show é ótimo, o som está bizarramente bom e pelo menos um dos extras (A entrevista de Byrne x Byrne) vale muito a pena. Mas a imagem é.. bem... vamos ser bondosos: Um lixo total. Parece aqueles arquivos em real video que vc baixa da internet. Urgh. Mas vale como cd pelo menos.

quinta-feira, abril 26, 2001

Desejo com todas as minhas forças um grande e polpudo câncer de próstata pro boçal que criou o vírus Chernobyl. É impressionante o que um nerd palhaço pode produzir quando falta mulher e sobra tempo.

E se você perdeu seu HD com esse vírus como eu (que perdi 3 computadores), não se desespere. Baixe esse programa que ele remonta a sua FAT. Pelo menos comigo funcionou.

quarta-feira, abril 25, 2001

Aí na esquerda, nossa nova atração. A caixa de entrada da minha cabeça ou eu, hoje, em dez links. Todas as referências que entrarem são listadas aí. Estou pensando que vai ser divertido (pra mim) acessar o arquivo no fim do mês e ver tudo que eu achei interessante no período. São links rápidos, sem mais delongas. Se for necessário eu os explico melhor aqui nesse espaço, ok? E planejo alterações diárias, fiquem espertos.
Se alguém aí me mandou e-mail nos últimos dias e eu não respondi, tente mandar de novo. Andei perdendo alguns devido a uma burrada super básica no Eudora.

segunda-feira, abril 23, 2001

Quer saber daonde a Bjorka tira as idéias para criar seu estilo esquisito? Tem um sitezinho só sobre isso.
Quando eu vi os primeiros outdoors anunciando o Dr. T e as mulheres pensei, no reflexo: Pronto, mais uma comédia romântica imbecil com o insuportável Richard Gere como galã. Qual não foi minha surpresa quando descobri que era um filme do Altman, o que só aconteceu quando li as letras miúdas do jornal, já que o marketing do filme resolveu não divulgar a informação de jeito maneira. Pois é, apesar do nome suspeito e do Richard Gere é um filme bem bom. E justiça seja feita, ele tá até bem no papel do ginecologista que protagoniza o filme (e que é o único personagem homem do filme, os outros são pouco mais que figurantes).

sexta-feira, abril 20, 2001

A bicha sifilítica do Audrin também tem um blog. Tem pouca coisa, mas esperemos um pouco. Apesar de desbocado o cara é maneiro. Voltemos mais tarde.

quinta-feira, abril 19, 2001

Eu já não sou um grande fã de pulicidade, principalmente a televisiva, quando ela é mal-feita e pouco inspirada então, fica difícil assistir mais de 2 segundos de qualquer comercial sem dar aquele apertão libertador no controle remoto.

Uma das coisas que mais me irritam são comerciais de TV que copiam (não usam de referência não, copiam mesmo) filmes, músicas e videoclipes. Pegar uma música pouco conhecida, mudar alguns acordes e usar no comercial sem pagar os direitos autorais devido é uma prática que já virou lugar-comum nesse país, um exemplo clássico do jeitinho brasileiro em ação. Uma vítima recente foi o cultuado compositor Angelo Badalamenti, que teve uma bela música escrita junto com o Diretor David Lynch para a série Twin Peaks usada em um comercial imbecil do Ford Focus. A lista de artistas lesados é grande.

As cópias de filmes e videoclipes infelizmente também são muito comuns. A impressão que se tem é que diretores de comerciais de TV são uns boçais que não conseguem receber uma influência e digerir ela em outra coisa, se limitando a reproduzir o que vêem. Seja no roteiro do comercial, na direção de arte ou nos dois ao mesmo tempo, como acontece no novo comercial da Maxwell que copia descaradamente o premiado clipe "All is full of Love" da Bjork ou o da Sprite que copia o Hermes e Renato (eu sei que já falei isso aqui, mas não custa nada repetir) que por sua vez copiam o videoclipe Sabotage dos Bestie Boys dirigido por Spike Jonze, que provavelmente é o melhor diretor de clipes que já apreceu por aí. Nada se cria, tudo é copiado por um bando de imbecis.
Carlão, o essencial de toda quinta-feira.

quarta-feira, abril 18, 2001

PELEJA! O japônes é o John Woo do Flash.
Portfólio online do Bill Sienkiewicz. O cara é o bicho.
Sempre quis saber como o Inspetor Clouseau se sentia? Que tal um Manual de disfarces rápidos original de 1944?
Momento Scooby Doo: A Busca pelo Abominável Homem das Neves.

terça-feira, abril 17, 2001

É, o cigarro do meu portfólio queima pra fora do cinzeiro sim, e daí? O cigarro é meu e eu queimo como eu quiser! Vai encarar?

segunda-feira, abril 16, 2001

A coluna sobre web na revista Design Gráfico anda uma loucura. O assunto da desse mês, por exemplo, não podia ser mais esquizofrênico: Pokemons.
Até que enfim! 4 Track Valsa no Audiogalaxy! Pra quem não conhece, o 4 track é uma banda carioca que faz um som muito maneiro. É a essência do roque. A camaradinha Cecília (vocal, guitarra, letras, composita com o resto da banda) tem um blog também, aqui.

quinta-feira, abril 12, 2001

De acordo com Juju, Noam Chomsky na sua vinda pro Rio acabou na lapa, com os córneos cheios de cachaça, dançando "Segura o Chomsky, Amarra o Chomsky, Segura o Chom-Chom-Chom-Chom-Chomsky!" que seus companheiros de goró cantavam alegremente.
Quinta-feria, que dia mais feliz. Coluna nova do Reichenbomber com um Pequeno Inventário da Subversão, Escatologia, Violência e Pornografia no Cinema e nas Artes Afins. Precisa dizer mais? Imperdível.

quarta-feira, abril 11, 2001

Todos aqueles anos de ácido nas idéias tinham que ter um resultado. Muito interessante, lembra as animações do Terry Gillian no Monty Python. Só com mais ácido.
Dica do Tom B : What Uncle Sam Really Wants, escrito pelo Noam Chomsky, figurinha fácil do Disinfo. Pra continuar na nossa linha de "Morte aos Ianques malditos".

Alias, os chinezinhos cederam e vão devolver os americanos que estavam presos... Inteiros! Fala sério, não vão nem enfiar uns bambuzinhos embaixo das unhas? Puorra!
Depois de três meses de pré-estréia religiosamente toda noite de sábado, o filme Cecil B. Demented vai estrear no Rio de novo. Quem for assitir vai poder conferir que não era preciso tanto drama pra lancar o filme. É engraçado e só. Ponto. Agora, o trailer dele é um lixo completo. Deve ter sido feito no Brasil, por que se tem uma coisa que aqueles ianques malditos sabem fazer é trailer. São pela-sacos às vezes? Sim, mas na maior parte do tempo te deixam com vontade de ver qualquer porcaria. Principalmente filmes de ação de segunda.
Resumindo toda a hipocrisia atual em uma imagem:



Tristes tempos são estes aonde não se pode colocar uma criança fumando na embalagem de um doce. Morte aos politicamente corretos.

segunda-feira, abril 09, 2001

Se você tirar alguns minutos do seu dia para ler sua carteira de trabalho pode ser agraciado com algumas linhas da mais pura sabedoria:

"As suas mãos levam para casa o alimento de sua família. Evite pô-las em lugares perigosos."
"Cada acidente é uma lição que deve ser apreciada, para evitar maiores desgraças."
"As máquinas não respeitam ninguém; mas você deve respeitá-las."

Não disse?
Recebido em um Spam:

"E-mail com conteúdo comercial facilmente filtrado pela sigla " MEPPS" contida nesta mensagem no campo "De" ou "From". Não lhe enviaremos mais nenhum E-mail. Para não receber outras mensagens deste gênero, ative o sistema de filtros/regras do seu Programa de E-mail. Agradecemos sua tolerância."

Cadê a justiça divina?

sexta-feira, abril 06, 2001

Nostálgico? Tente o Bilbana. Valeu Audrin.
Quantas vezes você já leram aquelas entrevistas de jornal de domingo com os jetsetters brasileiros aonde se pergunta "Homem inteligente?" e se responde "Jô Soares" ? É o tipo de resposta padrão pra esse tipo de coisa, te insere em um lugar comum bem seguro. Mesmo por que 90% do Brasil deve de fato achar o Jô Soares um homem inteligente. Me colocando orgulhosamente nesses 10% restante, não acho o Jô Soares a pessoa mais inteligente do mundo. O cara tem uma certa cultura, mas mesmo assim não é nada de cair o queixo não. O grande problema do ex-humorista e projeto de David Letterman (com mais duzentos quilos e menos toda a graça) é que ele insiste em jogar toda essa pretensa "bagagem cultural" que ele possui na cara de qualquer convidado que sente ali do seu ladinho. E suas entrevistas conseguem ser piores do que qualquer uma do Jay Leno, que sempre parecem um showcase do entrevistado. No Jô é pior, a entrevista parece uma desculpa pro entrevistador fazer suas piadinhas sem graça e posar de grande intelectual da TV brasileira, quase sempre querendo tirar uma onda com o entrevistado. Um exemplo clássico foi a entrevista com o Otto, aonde ele tentou tirar um sarro com o músico quando ele contava que viveu um tempo em Paris ("Aaaa, mas você sabe francês???" com toda a arrogância possível) e quebrou a cara lindamente.

Por isso tudo é sempre bom ver algum entrevistado se rebelar durante o programa, como o genial Tom Zé que disse com quase todas as letras na sexta-feira passada que a entrevista estava uma merda. Foi o silêncio constrangedor mais divertido que eu já vi.
Todo mundo já falou mas eu falo de novo, o Tom B voltou.
Dois jovens brancos, limpos, vestidos causalmente param ao lado de um carro. Depois de conferir que não há ninguém por perto, um deles quebra o vidro do automóvel e rouba o rádio. Quando ele sai do carro, dá que cara com uma mulher, que corre em sua direção. "Meu filho" ela grita, "Já falei pra você não sair de casa sem casaco!".

Aí eu pensei: Pô, engraçadinho. Até que veio a punchline:

voz em off: Se você acha normal seu filho usar drogas, se prepare para achar outras coisas normais.

Ou outra coisa parecida. Qual é a mensagem final desse belíssimo comercial? Quem usa drogas é (ou vai ser) um criminoso. Clap, clap, clap, isso aí. O comercial anti-drogas mais malévolo que eu já vi.
Você já tem seu Furby ?

quarta-feira, abril 04, 2001

Todo mundo já sabe que os EUA são um país arrogante, prepotente e egoísta mas tem horas que a coisa salta aos olhos de tal maneira que tudo isso toma uma aspecto meio surreal...

Exemplo 1: A apreensão chinesa de um avião de espionagem americano em seu território. Americanos acham que o mundo é seu quintal, isso é certo. Eles se acham no direito de se meter aonde bem entenderem, descer o cacete em quem quiserem e de tentar enfiar suas opiniões na cabeça do resto do planeta. Sendo que para eles é completamente normal você enviar um avião de espionagem recheado do equipamento mais avançado possível pra pasear sobre a China e também é perfeitamente normal ficar revoltado quando o país apreende o intruso. O governo Chinês exigiu uma desculpa oficial, mas os EUA já disseram que estão estudando algumas saídas, mas que sem dúvida nenhuma delas inclui um pedido de desculpa. Ou seja, eles estão com a razão, não é?

Exemplo 2: A decisão de Bush de não assinar o tratado de Kioto, que compromete o país com a redução da emissão de gás carbônico no mundo. Bush resolveu não assinar o tratado, alegando que isso iria afetar muita a população dos EUA, que é responsável por 25% das emissões de gás carbônico no mundo. Claro, os EUA são um outro planeta, certo? Por que eles haveriam de se preocupar com a camada de ozônio? Isso aí só afeta o resto do mundo!

Seu Bush está louco pra começar uma guerra, de qualquer maneira. Assim ele pode detonar uns dois ou três países e deixar seu povo se sentindo bem melhor. Talvez até mesmo salvar a economia do país!

Esse não é um planeta sério.

segunda-feira, abril 02, 2001

Maneiro. O Richard Sala, talvez o melhor quadrinhista de todo esse pessoal de Berkerley (Daniel Clowes e mais uma galera da Fantagraphics) está com um site pessoal com umas animaçõeszinhas em flash bem simpáticas. O moço é um dos poucos entre os quadrinhistas fora do mainstream que faz um trabalho que não é introspectivo e autobiográfico, muito pelo contrário. Suas hqs são uma mistura esquisita entre filmes noir, horror gótico e humor. É o preferido do David Lynch, segundo o próprio.
Confesso que no começo não estava gostando do Top 10, talvez por implicância com o desenhista Gene Ha que não é um dos meus preferidos, mas com o tempo começei a gostar muito do título, fica bem melhor depois que você entende a piada. Alias, confirmei minhas suspeitas: o Gene Ha é realmente um desenhista preguiçoso. Se você der uma lida no texto do desenhista nas últimas páginas do hardcover da série, dedicadas aos esboços originais dos personagens vai se surpreender com a quantidade de reclamações do rapaz, que vão desde as penas e a calça do King Peacoc ao armamento da roupa de Irma Geddon. Outra coisa que me incomodava era o personagem Girl One, que consitia de uma japonesa capaz de alterar a pigmentação de sua pele de modo a parecer que estava usando uma roupa colante quando na verdade não estava usando nada. Essa era a graça do personagem, uma nudista secreta. O problema é que se você tem uma noção mínima de anatomia feminina você sabe que é impossível uma pessoa pintada parecer uma pessoa vestida. Mas fiquei feliz quando descobri que essa característica do personagem foi criação do Gene Ha. Vai ser nerd dicípulo de onan assim na china, porra.
O “Amores Possíveis” segue a mesma idéia do “Bossa Nova” (que a executou com muito mais competência): Uma comédia romântica leve situada em um Rio de Janeiro idealizado. É um filme meio ruim, principalmente por causa de mancadas no roteiro. Existem algumas piadas boas, mas no geral os diálogos são altamente inverossímeis e os personagens meios clichezentos. Eu nunca entendi o problema em escrever um diálogo que pareça uma conversa entre pessoas normais. Quando você chega em casa tarde, por exemplo, sua mulher não diz “Chegando tarde em casa, Roberto Mauro?” e sim “Porra, tem relógio não?”. Entendem? Outra coisa que mata é o personagem da criança inteligente que fala como o Calvin. Olha, pessoal, esse tipo de personagem não funciona no cinema, quanto tempo vocês vão levar pra perceber isso? É constrangedor ver o moleque falando daquele jeito.