sábado, novembro 22, 2003

Não da pra não achar no mínimo bizarra uma passeata aonde pessoas que defendem a pena de morte em "casos excepcionais" andam vestidas de branco e levam cartazes com os dizeres "paz e amor", como o que aconteceu hoje em São Paulo. Sugiro uns cartazes "Olho por olho! Dente por dente!" ou "Talião estava certo!" ou ainda "Se é bom pros EUA deve ser bom pra gente!".

Que o pai de uma das vítimas do novo popstar Champinha fique alterado e com idéias levemente facistóides depois da tragédia a que foi submetido é normal, o que não é normal é que o homem encontre tanto apoio. É mais um daqueles casos da Sindrome de Sivuca, aquela que faz com que as pessoas se comportem como o político do mesmo nome depois de serém vítimas de alguma violência. Dessa vez, com apoio dos meios de comunicação.

sexta-feira, novembro 21, 2003

Deu no Globo hoje: Maria Rita está grávida.

E eu com isso?

quinta-feira, novembro 20, 2003

terça-feira, novembro 11, 2003

O primeiro transplante de rosto deve sair em breve, assim que debaterem bastante sobre as consequências na psique da vítma e sobre as implícações morais e no final esquecer de tudo e transplantar a fuça do mesmo jeito.

Isso não vai dar certo cara. O John Woo já falou isso.
Hoje em dia nem é possível acampar em um sítio abandonado situado em uma região deserta conhecida por ser ponto de desmanche impunemente. O mundo está perdido mesmo.
Ao que parece ninguém menos que Brian de Palma vai dirigir uma adaptação do ´Dália Negra´, um dos melhores livros de James Ellroy. Graças a deus parece que ele desbancou David Fincher na decisão do estúdio, o que para mim é uma prova definitiva da existência de um poder superior com jurisdição até mesmo em Hollywood.

quinta-feira, novembro 06, 2003

Paixão de Neo

(Se você não viu o Matrix derradeiro volta depois peregrino.)



Uma coisa que você deve saber antes de assistir esse filme é que durante os 40 minutos iniciais os personagens falam. E falam. E falam. Não dizem nada, atuam mal, repetem a mesma filosofia de botequim e conceitos humanistas que já foram explorados amplamente nas séries “Capitão Planeta” e “Ursinhos Carinhosos” um milhão de vezes pra fixar uma mensagem idiota que não significa nada. O roteiro é uma das coisas mais inacreditáveis, sinceramente não consigo pensar que um produtor responsável por uma verba de milhões de bagarotes pega lê uma coisa dessas e diz “Ok, vamos fazer esse filme.”. O que está acontecendo em Hollywood?

Mas talvez eu é que seja o ingênuo e o roteiro seja perfeito comercialmente. Sendo pseudo-confuso e cheio de metáforas rasas o espectador que vai no cinema repetidas vezes só para ver as cenas de ação magníficas ainda pode se sentir inteligente de tabela. Os furos e uma infinidade de pequenos ganchos narrativos que são lançados a esmo com certeza serão utilizados a exaustão em videogames, histórias em quadrinhos, séries animadas, prequels e documentários explicando cada uma das referências do samba do crioulo doido que o Matrix se tornou. Encarando por esse ângulo tudo faz muito sentido. As conversas sem emoção dirigidas como uma novela das oito (plano – contraplano – plano – contraplano) também devem ser consideradas uma coisa muito sofisticada pelo público também. Não sei. Cada vez mais eu acho que eu é que sou o palhaço dessa história e que o Joel Silver é que tem toda a razão. Afinal, quem é que está nadando em dinheiro?

Mas deixemos o roteiro e os diálogos pra lá. Quando os personagens não estão falando merda, estão fugindo, voando e se estabefeando em cenas que são resultado de uma vida debruçada sobre videogames e histórias em quadrinhos. É impossível olhar para a ´logos´ (ai meu Deuso, como eles são espertos) fugindo pelos subterrâneos e não lembrar de river raid. Assim como a infantaria de robôs de anime defendendo Zion é claramente uma releitura de space invaders. E a experiência cinematográfica é quase a mesma de assistir um outro sujeito jogando playstation. Fica aquela impressão de que quem estava se divertindo ali na verdade é outra pessoa. No caso, duas.

Já a seqüência inspirada pelas hqs de super-herói é bem melhor, mesmo que eu acredite que ela está no filme errado. Temos Neo e o agente Silva voando e destruindo a cidade com ondas de choque, e no momento aonde tudo parece perdido e Silva voa sobre o herói emoldurado por raios e trovões eu juro que esperei ele gritar – Ajoelhe-se perante mim, filho de Jor-El! – alguém arrume um roteiro bom pra alguma adaptação de super heróis pra esses caras dirigirem. Um desses que só tenha cenas de ação monumentais e nenhum diálogo. Acho que da samba.

Além disso tenho que reconhecer que os dois patetas foram corajosos em levarem às últimas conseqüências a metáfora de Jesus Cristo e realmente matarem Neo para salvar a humanidade. Claro que eu esperava um apedrejamento seguido de crucificação, mas um cadáver na mesma posição do grande JC já foi suficiente. Mesmo que eles tenham deixado uma chance pra ele ressuscitar no terceiro dia. Mas se o mundo for justo Deus vai fulminar os dois diretores com um raio antes disso. Amem.

quarta-feira, novembro 05, 2003

As aventuras de Pelezinho Voador.

terça-feira, novembro 04, 2003

Saiu no Noite Urbana "Para quem não pode pagar tanto e mesmo assim quer estar na moda, pode optar por comprar roupas de grifes novas. A grife carioca Jujuba Preta vende camisetas com estampas de fazer inveja à Cavalera por preços que não passam de 30 reais, e melhor, você pode comprar pela internet. "

UHU!
E acabou o Blog´n Roll! Que caído.

segunda-feira, novembro 03, 2003

Tim Festival : Dia dois de dois.



`Dois de dois´ pra mim, anyway, afinal eu só fui quinta e sexta.

E o show do White Stripes foi bom. Foi legal e tal. O repertório teve a intenção de fazer um resumo da carreira da dupla, o que eu não sei se foi bom ou ruim porque aparentemente o público estava mais afiado com as músicas do último disco, o elephant. Eu também estava e realmente ia achar mais legal se eles tivessem tocado mais algumas músicas do disco, mas de qualquer maneira foi bem bom, apesar de muito ensaiado. Uma coisa curiosa foram os roadies, a identidade visual da dupla se estendia até eles e ao invés das clássicas camisas de malha com o nome da banda o pessoal de apoio do show usava ternos pretos com camisas vermelhas e ficavam parados lado a lado nos cantos do palco durante a apresentação. Interessante, mas só piorava a sensação de um show planejado nos mínimos detalhes e ensaiado a exaustão. Não que isso seja ruim, óbvio, mas eu acho que prefiro quando a coisa é um pouco mais espontânea.

Quando aqueles moleques subiram no palco com aquela cara de que tinham viajado sem avisar a seus pais para fugir daquele teste de química eu não tinha idéia de que o Rapture seria a surpresa da noite. Este que vos fala já tinha ouvido o cd e achado ótimo, mas nada havia me preparado pro espetáculo que foi a apresentação da banda. Há muito tempo que eu não via nego tocando com tanta empolgação e força, e vai ver que isso também tirou um pouco da força do show dos stripes, que aconteceu logo depois. Ficou difícil chegar ao nível da banda de abertura.

O tempo do show do Fellini eu aproveitei pra passear e o do Super Furry Animals pra tirar um cochilo. O Whirlwind heat eu perdi por causa da pontualidade britânica do evento (que alias devia ser regra), mas consegui ouvir o último ´Obregadou!´ e me pareceu um agradecimento muito default, com pouco ânimo e imaginação.

sábado, novembro 01, 2003

5 minutos atrás, no aconchego do meu lar, o telefone toca:

- Bom dia Sr. Tiago, aqui é o Nilson do JB.
- Hmm...
- Queria conversar com o senhor sobre o novo plano de assinatura do nosso jornal....
- Amigo, é oferta de assinaturas?
- Sim.
- É que eu sou cego.
- Ah... E a sua família?

Dei um telefone falso e ele desligou. Durou menos de 1 minuto, recomendo enfaticamente como técnica para se livrar de operadores de telemarketing, lembrando que você pode mudar o campo "eu sou cego" por "eu sou paralítico" ou "eu sou tetraplégico" dependendo da oferta. É tiro e queda, testado e aprovado.