quinta-feira, abril 19, 2001

Eu já não sou um grande fã de pulicidade, principalmente a televisiva, quando ela é mal-feita e pouco inspirada então, fica difícil assistir mais de 2 segundos de qualquer comercial sem dar aquele apertão libertador no controle remoto.

Uma das coisas que mais me irritam são comerciais de TV que copiam (não usam de referência não, copiam mesmo) filmes, músicas e videoclipes. Pegar uma música pouco conhecida, mudar alguns acordes e usar no comercial sem pagar os direitos autorais devido é uma prática que já virou lugar-comum nesse país, um exemplo clássico do jeitinho brasileiro em ação. Uma vítima recente foi o cultuado compositor Angelo Badalamenti, que teve uma bela música escrita junto com o Diretor David Lynch para a série Twin Peaks usada em um comercial imbecil do Ford Focus. A lista de artistas lesados é grande.

As cópias de filmes e videoclipes infelizmente também são muito comuns. A impressão que se tem é que diretores de comerciais de TV são uns boçais que não conseguem receber uma influência e digerir ela em outra coisa, se limitando a reproduzir o que vêem. Seja no roteiro do comercial, na direção de arte ou nos dois ao mesmo tempo, como acontece no novo comercial da Maxwell que copia descaradamente o premiado clipe "All is full of Love" da Bjork ou o da Sprite que copia o Hermes e Renato (eu sei que já falei isso aqui, mas não custa nada repetir) que por sua vez copiam o videoclipe Sabotage dos Bestie Boys dirigido por Spike Jonze, que provavelmente é o melhor diretor de clipes que já apreceu por aí. Nada se cria, tudo é copiado por um bando de imbecis.

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