quinta-feira, junho 07, 2001




Eu não comprava uma revista dos X-men a muito tempo, por motivos óbvios. Desde que o Claremont parou de escrever eu pulei fora, e quando ele voltou eu achei o trabalho bem fraquinho, uma releitura besta do que ele já tinha feito antes, e acabei só lendo uma revista. Pois bem.

O Grant Morrison agora é o escritor regular da série, e eu como bom fã fui comprar a hq. Peregrino, deixe eu te dizer uma coisa: Tá bom pra caceta. Tão bom quanto o Claremont, no mínimo. Não existe nenhum resquício de Invisibles, Marvel Boy ou da Liga da Justiça, o cara fez uma coisa completamente nova e refrescante com os personagens. Os diálogos estão ótimos (e verossímeis), toda a narrativa se desenvolve fácil. Os X-men nunca pareceram tão reais.

Morrison tinha anunciado que ia tentar fazer com que a revista se parecece mais com uma história de ficção científica do que com uma de super-heróis. E conseguiu belamente. Lá se foram os uniformes (incluindo uma explicação plausível para sua utilização até então e para seu abandono), lá se foram as pernas quilométricas, os seios gigantes e os homens anabolizados, cortesia do desenhista Frank Quaterly que se encaixa como uma luva: os pupilos do senhor Xavier parecem pessoas normais e, talvez mais importante, aparentem a idade que teoricamente teriam.

Das duas uma: Ou o público vai adorar e talvez o título marque uma reviravolta nos quadrinhos de super-heróis do início desse milênio ou então ele não dura até o fim do primeiro arco de histórias. O que é bem provavel. Por via das dúvidas, leiam logo antes que defenestrem o pobre do Morrison. Ou não.

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