sexta-feira, abril 06, 2001

Todo mundo já falou mas eu falo de novo, o Tom B voltou.
Dois jovens brancos, limpos, vestidos causalmente param ao lado de um carro. Depois de conferir que não há ninguém por perto, um deles quebra o vidro do automóvel e rouba o rádio. Quando ele sai do carro, dá que cara com uma mulher, que corre em sua direção. "Meu filho" ela grita, "Já falei pra você não sair de casa sem casaco!".

Aí eu pensei: Pô, engraçadinho. Até que veio a punchline:

voz em off: Se você acha normal seu filho usar drogas, se prepare para achar outras coisas normais.

Ou outra coisa parecida. Qual é a mensagem final desse belíssimo comercial? Quem usa drogas é (ou vai ser) um criminoso. Clap, clap, clap, isso aí. O comercial anti-drogas mais malévolo que eu já vi.
Você já tem seu Furby ?

quarta-feira, abril 04, 2001

Todo mundo já sabe que os EUA são um país arrogante, prepotente e egoísta mas tem horas que a coisa salta aos olhos de tal maneira que tudo isso toma uma aspecto meio surreal...

Exemplo 1: A apreensão chinesa de um avião de espionagem americano em seu território. Americanos acham que o mundo é seu quintal, isso é certo. Eles se acham no direito de se meter aonde bem entenderem, descer o cacete em quem quiserem e de tentar enfiar suas opiniões na cabeça do resto do planeta. Sendo que para eles é completamente normal você enviar um avião de espionagem recheado do equipamento mais avançado possível pra pasear sobre a China e também é perfeitamente normal ficar revoltado quando o país apreende o intruso. O governo Chinês exigiu uma desculpa oficial, mas os EUA já disseram que estão estudando algumas saídas, mas que sem dúvida nenhuma delas inclui um pedido de desculpa. Ou seja, eles estão com a razão, não é?

Exemplo 2: A decisão de Bush de não assinar o tratado de Kioto, que compromete o país com a redução da emissão de gás carbônico no mundo. Bush resolveu não assinar o tratado, alegando que isso iria afetar muita a população dos EUA, que é responsável por 25% das emissões de gás carbônico no mundo. Claro, os EUA são um outro planeta, certo? Por que eles haveriam de se preocupar com a camada de ozônio? Isso aí só afeta o resto do mundo!

Seu Bush está louco pra começar uma guerra, de qualquer maneira. Assim ele pode detonar uns dois ou três países e deixar seu povo se sentindo bem melhor. Talvez até mesmo salvar a economia do país!

Esse não é um planeta sério.

segunda-feira, abril 02, 2001

Maneiro. O Richard Sala, talvez o melhor quadrinhista de todo esse pessoal de Berkerley (Daniel Clowes e mais uma galera da Fantagraphics) está com um site pessoal com umas animaçõeszinhas em flash bem simpáticas. O moço é um dos poucos entre os quadrinhistas fora do mainstream que faz um trabalho que não é introspectivo e autobiográfico, muito pelo contrário. Suas hqs são uma mistura esquisita entre filmes noir, horror gótico e humor. É o preferido do David Lynch, segundo o próprio.
Confesso que no começo não estava gostando do Top 10, talvez por implicância com o desenhista Gene Ha que não é um dos meus preferidos, mas com o tempo começei a gostar muito do título, fica bem melhor depois que você entende a piada. Alias, confirmei minhas suspeitas: o Gene Ha é realmente um desenhista preguiçoso. Se você der uma lida no texto do desenhista nas últimas páginas do hardcover da série, dedicadas aos esboços originais dos personagens vai se surpreender com a quantidade de reclamações do rapaz, que vão desde as penas e a calça do King Peacoc ao armamento da roupa de Irma Geddon. Outra coisa que me incomodava era o personagem Girl One, que consitia de uma japonesa capaz de alterar a pigmentação de sua pele de modo a parecer que estava usando uma roupa colante quando na verdade não estava usando nada. Essa era a graça do personagem, uma nudista secreta. O problema é que se você tem uma noção mínima de anatomia feminina você sabe que é impossível uma pessoa pintada parecer uma pessoa vestida. Mas fiquei feliz quando descobri que essa característica do personagem foi criação do Gene Ha. Vai ser nerd dicípulo de onan assim na china, porra.
O “Amores Possíveis” segue a mesma idéia do “Bossa Nova” (que a executou com muito mais competência): Uma comédia romântica leve situada em um Rio de Janeiro idealizado. É um filme meio ruim, principalmente por causa de mancadas no roteiro. Existem algumas piadas boas, mas no geral os diálogos são altamente inverossímeis e os personagens meios clichezentos. Eu nunca entendi o problema em escrever um diálogo que pareça uma conversa entre pessoas normais. Quando você chega em casa tarde, por exemplo, sua mulher não diz “Chegando tarde em casa, Roberto Mauro?” e sim “Porra, tem relógio não?”. Entendem? Outra coisa que mata é o personagem da criança inteligente que fala como o Calvin. Olha, pessoal, esse tipo de personagem não funciona no cinema, quanto tempo vocês vão levar pra perceber isso? É constrangedor ver o moleque falando daquele jeito.

sábado, março 31, 2001

Nosso amigo oculto que gosta de mandar e-mails anônimos mandou ainda outro, defendendo o Neil Gaiman e me explicando que além de escrever o Sandman ele também escreveu a mini-série da Orquídea Negra. Rapaz, eu já sabia disso, já sei também que ele já escreveu uma série de graphic novels, dois livros, o roteiro inglês de Princess Mononoke, episódios de Babylon Five, músicas para o grupo americano "Indigo Girls", e mais uma penca de material que na minha opinião é perfeito pra deixar qualquer leitor se sentindo inteligente. É minha opinião pessoal, só isso. Se você discorda, ótimo, mas pelo menos mande seu e-mail no formulário para que eu possa responder diretamente para você e não importunar os outros visitantes do site com essas picuinhas. Por que pra mim, mandar e-mail anônimo é o mesmo que dizer uma coisa pra uma pessoa e cobrir os ouvidos pra não ouvir a resposta, ou seja, coisa de bichinha, seu cabeça de melão. E fique sabendo que esse é o último comentário que eu respondo via blogger, saca?

sexta-feira, março 30, 2001

Hmmm, depois do Ghost in the Shell e do Princess Mononoke, os americanos descobriram que existe toda uma legião de nerds viciados em animação japonesa dispostos a pagar pelos filmes. Então agora eles resolveram relançar o Akira, provavelmente um dos animes mais bem feitos (em todos os sentidos) por aí, em cópias novas com som e imagem remasterizados, 13 anos depois do lançamento no japão. E o melhor, no telão. Dúvido que passe por aqui. Mas eu posso esperar pelo DVD, aonde eu posso desligar a dublagem lixenta que os americanos adoram fazer.

quinta-feira, março 29, 2001

De acordo com o blogger do Neil Gaiman o cara vai dar um pulo aqui no Brasil no fim de maio. Por que os escritores de hqs mais interessantes e menos pseudo intelectuais não dão um pulo por aqui também? Manda o Alan Moore, o Frank Miller, o Grant Morrison, o Will Eisner pela milésima vez, pô!

quarta-feira, março 28, 2001

E você achava que o Sylvester Stallone era escroto.
Responda rápido: Quem é Alan Ruck e quem é Haley Joel Osment ?



Cortesia da Juju essa aí.
O mail anônimo de hoje foi uma explicação sobre as "janelas" usadas pelos projecionistas nos cinemas, que serverm pra cortar as rebarbas do filme. Eu já sabia disso, rapaz (ou rapariga), sei que os projecionistas do Rio não usam a janela normalmente, o que é um erro, claro. Mas de qualquer maneira, eu não podia perder a piada.

E ainda não entendo porque vocês continuam mandando mails anônimos, pô, eu sou tão assustador assim? Garanto que não vai haver nenhuma represália. Ou não.

terça-feira, março 27, 2001

What if o Charles Mason tivesse conseguido ser um Monkee? Esse é de acordo com o próprio, uma das maiores frustrações da sua vida. Pensemos bem, se ele tivesse conseguido ser um monkee, entrando no lugar do David Jones talvez ele nunca tivesse se tornado um dos psicopatas mais doentes e assustadores que já apareceram por aí. Sendo assim, ele não teria matado a esposa do Polansky, a Sharon Tate e escrito umas paradas bizarras nas paredes de sua casa com o sangue da moça durante um ritual satânico. Se isso tivesse acontecido, o Polanski não teria se casado de novo com a Emmanuelle Seigner e não teria ficado completamente obcecado por ela, dando um destaque absurdo aos personagens que ela interpreta em seus filmes, prejudicando mesmo a obra inteira com desculpas pra colocar a moça na frente da tela. Como por exemplo, no "Último portal" aonde ela interpreta um personagem medíocre e completamente dispensável que acaba estragando todo o roteiro, principalmente no final. Conclusão? Se o Charles Mason tivesse se tornado um Monkee, o Último portal seria um filme muito melhor.

E se isso tivesse acontecido, o David Bowie poderia usar seu nome verdadeiro (David Jones) que ele trocou por causa do Monkee.
"You can say what you like.
You can say what you like, my friends. You can shout and call me crazy all you like but it won't change the facts.
We're all receivers. Like cheap radios, they've tuned us in and they're making us play their music and we don't even know it. We think our thoughts are our own, but let me tell you, they're not.
Our thoughts are broadcasts. We're talking about extremely low frequency magnetic fields blanket broadcasts by our masters in the new world order. We're talking about these ELF transmitters programming our minds with carefully modulated waveforms.
You can sneer and snigger all you like but when you wake up at three in the morning, anxious and agitated and wondering where those horrible thoughts are coming from, maybe you won't feel so smart, eh? There are ELF generators everywhere.
They're using our televisions! They're using satellites! They're using the muzak in bars and shopping centers!
WHEN WAS THE LAST TIME YOU HAD A THOUGHT THAT WASN'T PUT THERE BY THEM?"

Já falei sobre a entrevista com o Grant Morrison?

segunda-feira, março 26, 2001

A Pandora editora lançou no Brasil a mini-série do Justiceiro escrita pelo Garth Ennis, de Preacher. E eu, crente que o rapaz ia fazer alguma coisa interessante com um personagem meio bi-dimensional como o Justiceiro joguei cinco bagarotes fora nesse lixo de revista. Tá tudo uma droga, o desenho tá podre e o roteiro está medíocre como um não via a um bom tempo. A história se resume a uma matança desenfreada, tipo, uma página para cada assassinato de um super-herói com a cueca por cima da calça da Marvel. Calma! Nenhum super-herói morre de verdade, é tudo mentirinha. Como aquela série "What if?", lembram? Que eram muito engraçadas, o final era sempre um dos dois: Ou o protagonista morria ou o universo era destruído. Sempre se chegava a conclusão de que o "continuum" atual era o mais perfeito possível, o melhor dos mundos. Veredito final sobre a revista: Não serve nem pra forrar a gaiola do seu periquito.
Apesar da academia ter mutilado a música "I've seen it all" da Bjork ontem no Oscar, o número músical da islandesa com uma roupa de cisne morto provavelmente foi o melhor em muitos anos de Oscar. Cortar no meio é sacanagem.
A parada é a seguinte: O ”Quase Famosos” é um filme muito bonitinho. Uma simpatia só. Trilha sonora legal, atores legais, roteiro legal (que aliás ganhou o careca dourado ontem), é sem dúvida um dos melhores filmes sobre o roque. A montagem é meio esquisita, umas cenas ficam meio soltas e a edição é meio desleixada. Dá uma impressão que tudo foi feito meio com pressa, não sei direito. Agora o que foi uma injustiça é que o microfone que aparece em 50% do filme na parte de cima da tela e que dá um show de atuação não foi indicado pra melhor ator coadjuvante. Um absurdo, a academia está perdida mesmo. Tudo bem, ele não tem nenhuma fala no filme mas quando ele entra em cena fica difícil perceber outra coisa. Fala tão pouco e ao mesmo tempo diz tanto. Sem contar a coragem do diretor, que decidiu dar um papel de destaque a esse ator que geralmente se contentava com aparições rápidas em filmes como “O Grande Lebowski”.

Ok, dando um tempo na minha chatice intrínseca, o filme é bom. O microfone nem atrapalha tanto.

sexta-feira, março 23, 2001

Alguma coisa diferente por aqui? Hein? Qualquer bug, manda pelo formulário a esquerda hein. Deêm uma olhada no novo portfólio também. Em flash, viu como eu sou antenado?

quinta-feira, março 22, 2001

Adivinha que filme vain continuar em pré-estreia amanhã, aqui no Rio?
Vamos lá pessoal, a quanto tempo esse troço está em pré-estréia? Três meses?

terça-feira, março 20, 2001

Macacos me mordam! O Grant Morrison conseguir deixar o site dele ainda mais feio!
Responda rápido: Quem é o Harry Potter e quem é o Timothy Hunter?



Outro dia quando eu mencionei que tinham percebido que o Harry Potter era plágio, o link estava errado, esse aqui é o correto. Quer dizer, eu já sabia que ele era plágio da hq "Books of Magic", mas não sabia que conseguia ser plágio de dois lugares ao mesmo tempo. Essa JK Rowling engana bem mesmo. Mas normal. Um país que considera Stephen King um gênio da literatura não merecia menos.

Querem provas? Pois bem.

- Os dois tem cabelos pretos, são magros e usam óculos.
- Os dois tem a mesma idade no início de suas respectivas histórias.
- Os dois são crianças normais que um dia descobrem terem poderes mágicos.
- Os dois tem uma coruja como familiar (que é uma espécie de animal de estimação de bruxos ou coisa que o valha).
- Os dois são criados por pais que não desconfiam da verdadeira natureza dos filhos.

Se alguém me der mais informações sobre os livros do Harry Potter eu ficarei feliz em fornecer mais provas. Só não me peçam pra ler porque eu sou uma pessoa cheia de pré-conceitos.
Essa noite mandaram uma mensagem de apoio a esse site: "Vai a merda.". Sem assinatura, claro. Assim não dá, que tipo de argumento é esse? Não dá nem pra começar uma discussão! O que eu faço agora, te chamo de bobo e feio?

segunda-feira, março 19, 2001




Tudo que você sempre quis saber sobre as relações entre David Bowie e o ocultismo. O melhor é que eles analizam as letras de músicas que não são do Bowie, como "My Death" que foi escrita pelo Jaques Brel (que apareceu aqui semana passada) e traduzida pelo Scott Walker. O melhor do site é na verdade um texto tirado de outra página, aqui em tradução livre:

Por que o David Bowie é melhor que Deus.

1. Nós sabemos com certeza que o David Bowie existe.
2. O David Bowie tem roupas melhores. Aquela túnica branca de Deus é simplesmente muito brega.
3. O David Bowie não é tão propício a punir pecadores.
4. Se você ouvir a voz de Deus na sua cabeça, você provalmente ficou louco.
5. Se você ouvir a voz de David Bowie na sua cabeça, você pode estar louco, mas pelo menos vai poder cantar junto.
6. O David Bowie fica melhor pelado do que Deus ficaria.
7. Deus não poderia botar seu cabelo tão alto, nem mesmo durante os anos 80.
8. Deus não sabe tocar guitarra.
9. O David Bowie tem sapatos melhores.
10. O David Bowie é mais rico.
11. O David Bowie ainda é atraente.
12. Deus provavelmente esta parecido com Mick Jagger ou Keith Ricghard a essa altura.
13. Ir a um show do David Bowie é mais legal que ir a igreja.
14. Deus não pinta as unhas do pé.
15. Deus é muito certinho.
16. As pessoas não te encurralam no shopping pra te dizer "O David Bowie te ama".
17. O David Bowie fica melhor de vestido.

sexta-feira, março 16, 2001

Eu podia passar sem essa.
É, já perceberam. Uhu.
Até que enfim alguém está começando a somar dois e dois. Quero ver quando eles descobrirem que o Harry Potter também é plágio da HQ "Books of Magic".
O Towa-Tei, também conhecido como "O Japa maluco com óculos esquisitos do Dee-lite" fez uma música que tem tudo pra ser hit entre designers: German Bold Italic.
Depois do Imarca, apresentamos a Pizzaria do Design Gráfico. Ética pra quê?
No meu tempo, sites como esse Melanie Griffith Online eram piada.

quinta-feira, março 15, 2001

Consegui achar um cd importado do Jaques Brel na Loja Musicale que acabou de abrir aqui em Ipanema e funciona com um sistema de compra e venda de cds e dvds usados. Olha, te digo uma coisa, cavaquinho. Jacques Brel é rei. Quer dizer, o rei francês, por que o rei de verdade é o Robertão mesmo.
Responda rápido: Quem é o John Belushi e quem é Carlos, o chacal?

Devida a insistencia do blog do Daniel resolvi baixar umas músicas do Jay-Jay Johanson e fiquei pasmo em constatar que o Sueco é cria direta do Scott Walker, de quem eu sou fã de carteirinha, como diria o homem com um palito de fósforo na boca que trabalha na Emetevê. E o pior, o cara é uma mistura perfeita do Sr. Walker com o Portishead. Ou seja, maneiro...
O blogger mais sujo e desbocado da Internet, o Catarro Verde mandou bem: "Absinto é assim: duas doses fazem de você um Toulouse-Lautrec. Não estou falando do talento, mas do estado físico.".
Adivinhem que filme vai continuar em pré-estréia amanha?
Logomarcas por e-mail no imarca. E o pior, tudo assinado por uma designer formada pela PUC-RIO. Muito bom.

quarta-feira, março 14, 2001

Responda rápido: Quem é o Procurador Luiz Francisco de Souza e quem é o Keith Haring?

Esse é o primeiro site que eu já vi que pede 24 milhões de cores para a visualização. E o pior é que vale a pena. Dica do Léo Fróes, Bits And Pieces.

segunda-feira, março 12, 2001

Responda rápido: Quem é a Cassia Eller e quem é o Toni Platão?

Alguém me explique por favor: Porque o último filme do John Waters, o mais ou menos engraçado "Cecil B. Demented" está a 4 SEMANAS em pré-estréia nos cinemas do grupo estação? Isso sendo que o "Lobby card" do filme indica uma estréia pra Abril!

E quem me explicar isso também me explique por que diabos a tradução do nome em português virou um patético "Cecil Bem Demente", ignorando completamente a piada com o diretor Cecil B. Demille? Quando esse filme passou no festival de cinema do Rio o nome era "Cecil B. Demente", o que aconteceu nesse ínterim?

quinta-feira, março 08, 2001

O link da trailervision tava errado, o certo é esse.
O trailer do Billy Elliot foi escolhido pela cúpula da diretoria desse site como os metros de película mais pelassacos dessa temporada. Pontos altos: Musiquinha da Enya, Bill Elliot lendo a carta de sua mãe já falecida e o pai do moçoilo, escocês grandão e com aquela voz de bêbado chorando e gritando "Da boy must be some kind of genius, let give him a chance!". Urgh. Viva a Trailervision. Ninguém entende os trailers tão bem quanto eles.

quarta-feira, março 07, 2001

Se vocês querem reclamar de alguma coisa, não seria mais certo ao invés de criticar o Funque (não o Funk) criticar as pessoas que fizeram o estilo virar febre nacional? Não, não estou falando da "Mídia", estou falando do público mesmo. É muito fácil pensar que tudo é culpa de uma força obscura e indefinida chamada "Mídia".

Mudando radicalmente de assunto, saiu edição nova da Contracampo com entrevista com o Candeias e as ótimas críticas e artigos de sempre. Parabéns pra Juju, pro Ruy e pra todo mundo que escreve aê.

segunda-feira, março 05, 2001

Hmm, várias visitas, parece que o site saiu na revista da web. Po, maneiro. Aviso pro pessoal novo: Segurem as pontas que daqui a uma semana tem redesign! Eu prometo!
Chega a hora da verdade. O redesign do Ivox entra hoje no ar, design by moi, implementação e ajuda do cumpadi Leo Burla sob a batuta do Hiro. Mandem suas opiniões.
Urru! Em PopImage muito material interessante sobre o Grant Morrison. Valeu pela dica, Hector!
Update dos comentários, desfile do Sílvio Santos:

"- ...Sílvio Santos tem 7 filhos e é casado a X anos... (C.M.)
- É casado sim, mas não podemos esquecer suas 'colegas de trabalho'... (G.M.)"

"Esse terno do Sílvio parece feito de XXXXXX (pano vagabundo, desculpem mas não lembro o nome. Meus conhecimentos sobre a fina arte da indumentária são muito limitados) (G.M.)"

"A escola está grande como sempre, e isso pode atrapalhar um pouco o desfile. Mas pensando bem, isso é bem característico do Sílvio, toda essa grandeza não é?. (G.M.)"

Só pra confirmar o que eu disse quando afirmei que a globo boicotou o Sílvio descaradamente. E se você lembra de mais algum comentário imbecil, manda pra cá.

quinta-feira, março 01, 2001

Juju manda: Show da PJ Harvey em Real Video. Cliquem em Haut Débit.
Assistir a transmissão do Carnaval carioca pela globo é sempre a maior diversão. Sejamos sinceros, não existe quantia no mundo que possa pagar os comentários de Glória Maria e Cléber Machado, sem mencionar o sempre bem-vindo Ivo Meireles! Infelizmente nesse carnaval não pude acompanhar todo o desfile, mas apresento aqui os melhores comentários que eu e juju conseguimos colher nos poucos desfiles que assitimos:

"... a ala empunha Katanas, tradicionais espadas árabes" (C.M., repetida várias vezes. Katana é uma espada japonesa, a árabe é uma Cimitarra.)

"Agora uma passeata pelos carros da Tuiti" (C.M., se referia a um passeio)

"... e o intérprete 'Celino Dion' " (G.M., se referindo ao intérprete "Celino Dias")

Todos os "Tchutchucas" que o digníssimo Ivo Meireles soltava de cinco em cinco minutos para qualquer passista.

"Silvio Santos samba com as mãos!" (G.M., Os comentaristas da Globo acusavam o pobre Abravanel de ser o responsável por qualquer problema da escola, desde o tamanho do desfile até a lantejoula mal colocada na cabeça da segunda bahiana da esquerda pra direita na terceira fila).

"Midas, Deus grego do Ouro!" (C.M.)

"Poder da mente existe, provado científicamente. Resta saber se se usará para o bem ou para o mal! Como nos filmes, em que o Gênio do Mal usa seus poderes para a destruição, mas no final sempre acaba mudando de lado" (C.M., sem dúvida o melhor do desfile, provavelmente o melhor de todos os carnavais desde o saudoso Vanuci, que era o rei dos comentários imbecis)

"A Viradouro pode hoje cometer um dos pecados capitais: O Orgulho!" (G.M.)

"A Mangueira trazendo para a avenida toda a magia do oriente com o carro: 'A magia do oriente' " (G.M)

Também é fascinante acompanhar o grau de embriagez dos comentaristas e perceber como suas vozes vão ficando mais arrastadas e o nível de asneiras vai crescendo a medida que a noite vai acabando.

E Daniel, chamar nossa escola de samba União da Ilha de "Bloco de Rua" é um absurdo... com os blocos de rua.

sexta-feira, fevereiro 23, 2001

O Novo site do Nick Cave está muito bem feitinho, tudo de muito bom gosto e bem organizado.
Todo carnaval é a mesma coisa. O povinho "indie", "alternativo", "underground" ou qualquer que seja o nome que a mídia está usando essa semana, começa a estufar o peito de orgulho e a soltar de cinco em cinco minutos: "Putz, eu odeio carnaval.". Nada de errado em não gostar de carnaval, as pessoas tem direito de gostar ou de desgostar do que bem entenderem. O problema é o orgulho em dizer isso. O orgulho em nadar contra o mainstream. Urgh.

quarta-feira, fevereiro 21, 2001

Gosto do Jabor, mas volta e meia ele tem uns ataques e desanda a falar besteira. Prova disso é sua coluna de hoje no globo aonde ele resolveu detonar o Tigre e Dragão. A crítica básica é que o filme "não é chinês", sendo o Ang Lee culpado de diluir o cinema do país para se adequar aos padrões fast food americanos. Tsc tsc tsc.

terça-feira, fevereiro 20, 2001

Já a seção de cinema do site deixa desejar. Só pra sentir um gostinho, olha a introdução da resenha sobre corpo fechado:

Se, por acaso, você sair chorando após assistir a Corpo Fechado e for chamado de idiota por causa disso, não dê a mínima. É batata que isso vai acontecer. Até porque existe muita gente mal-amada neste mundo. Mas liga não. O importante é ter a consciência de que se trata de um dos melhores filmes feitos em Hollywood nos últimos (muitos) anos."

Quem gostou de Corpo Fechado é feio, bobo e mulherzinha.
Entrevista com Eddie Campbell no Omelete, o site com o slogan mais escroto que eu já vi. Mas o conteúdo da parte de quadrinhos é bem legal, com muita coisa escrita pelo Jotapê Martins, provavelmente o maior tradutor de HQs do Brasil.

segunda-feira, fevereiro 19, 2001

Um recado pra todo mundo que fala no cinema aqui. E guardem essa url, 1001 utilidades.
Assitir o Tigre e Dragão em um cinema lotado é um ótimo teste pra sua paciência. Qualquer monge tibetano ia ficar com vontade de socar pelo menos meia dúzia de imbecis por ali. O filme é uma beleza, mas dividir ele com 250 pessoas é dose. É difícil aguentar os comentários espirituosos quando qualquer um dos personagens levanta vôo. (E eles levantam vôo mesmo, tudo com uma graça que já pôde ser conferida nas lutas do Matrix, que foram coreaografadas pelo mesmo chinês maluco.) Deve ser realmente muito difícil entender que uma pessoa pode voar sem estar vestindo uma capa e uma cueca por cima da calça. Mas voltando aos comentários, o melhor da noite foi:

"Poxa, que esquisito assitir um filme que não é falado em inglês né?".

Todos deveriam levar um gravador para as seções de cinema pra gravar esse tipo de coisa, porque contando ninguém acredita.

E sobre o filme, tomara que ganhe todos os Oscars que foi indicado mesmo, já que os boçais da academia ignoraram solenemente a Björk no Dançando no Escuro e o Wong Kar Way diretor do Amor à flor da pele, filmão que só está sendo exibido em dois cinemas no Rio.

quinta-feira, fevereiro 15, 2001

Chegou meu DVD do Transformers - The Movie. Agora eu tenho um dos clássicos da minha infância em com imagem e som digitais! E com as vozes originais, incluindo dubladores pouco conhecidos como Eric Idle, Leonard Nimoy e... Orson Wells (!?!) como Unicron, o maléfico planeta transformer que se alimenta de planetas não-transformers e que acha que o planeta natal dos transformers é algum tipo de ovo colorido azul, daqueles que você encontra nos melhores pé-sujos.

A verdade é que o Orson Wells estava na fase mais decadente dele, provavelmente sem dinheiro, gordo e acabado, chegando a falecer durante o processo de dublagem, provavelmente de desgosto. É por esse motivo que o Unicron se limita a grunhir durante boa parte do filme. É, meus filhos, um dos maiores diretores de toda a história do cinema dublando um desenho feito pra vender brinquedos, acreditem.

Então, como eu ia dizendo, fiquei emocionado ao ouvir aquela trilha sonora metal imunda novamente. Alguém lembra da cena do Boogie Nights aonde o Dirk Diggler ia fazer um teste numa tentativa de se tornar um cantor? Lembram da música que ele cantava? Então, essa é a música tema do filme e até hoje eu não entendi o que ela estava fazendo no meio do Boogie Nights. Vai ver o diretor era fã da série, sei lá. Não me olhem dessa maneira, esse filme foi um clássico da minha infância, eu já disse.

Outra coisa que sempre me intrigou sobre os transformers era o fato de eles conseguirem se tranformar em objetos muito menores do que suas formas originais. Era um fato corrriqueiro você ver um robô de 5 metros virando um rádio gravador ou até mesmo uma fita cassete (esses eram menorezinhos, tipo uns 2 metros). Tem uma cena clássica no filme aonde um decepticon chamado Astrotrain se transforma em um ônibus espacial e segundos depois uns 30 outros robôs entram dentro dele. Vamos lá pessoal, nem as crianças são tão burras. Tá certo que depois de um tempo eles inventaram uma desculpa esfarrapada para isso (eles seriam feitos de um metal especial que podia aumentar ou diminuir de tamanho usando "bolsões de espaço ultradimensional", por isso que os robôs produzidos na terra e não em cybertron não mudavam de tamanho, só de forma), mas é muita forçação de barra de qualquer maneira.

Foi baratinho, mais barato que um lançamento em dvd nacional, acreditem se quiser. A cd point, loja virtual aqui do rio, está com uns preços bem razoáveis em seus DVDs importados e merece uma visita. Autobots, scramble!

terça-feira, fevereiro 13, 2001

Entrevista com PJ Harvey na Cdnow.
O "Cassino Royale", que está sendo exibido no festival Peter Sellers no Telecine Happy da Net é provavelmente o filme mais engraçado do John Huston, e consegue reunir gente do naipe de Orson Welles, Peter Sellers, Woody Allen, Jean-Paul Belmondo, Usula Andress, David Niven e Burth Bacharach. E o filme pode ser considerado uma espécie de pai pro Austin Powers, que é um descendente direto do primeiro, com algumas cenas bem parecidas e até mesmo algumas músicas que se repetem na trilha sonora (como "The Look Of Love", de Dusty Springfield e a presença do próprio Bacharach). Se bem que o Mike Myers substituiu tudo que o Casino Royale tinha de lisérgico e nonsense por piadas grosseiras (que também são engraçadas na maior parte do tempo.). É uma questão de estilo, no final das contas.

segunda-feira, fevereiro 12, 2001

O show do Yo La Tengo no Ballroom no Rio foi um lixo total. Serve pra provar que pra uma banda ser muito indie, mas indie mesmo, não pode saber como se faz um show. Claro, pombas, como é que você pode ser indie de verdade sabendo escolher um repertório e tentando desenvolver o mínimo de carisma no palco? E é claro, pra fechar a noite com chave de ouro os caras mandam os roadies tocarem o bis. Muito bom, hein?

Eu gostava dos cds do Yo La Tengo com resalvas. O problema básico da banda é que em cada composição eles tentam ser (ou "homenagear", você escolhe) uma banda diferente. Normalmente é o Velvet, mas com frequência você pode reconhecer o Lou Reed na fase solo, o Teenage Fanclub ou até mesmo o Jesus and Mary Chain entre muitos outros. No cd "Genius + Love = Yo La Tengo" (sem comentário sobre o título da obra) por exemplo, existe uma música da qual eu não lembro o nome que é a "the box" do Velvet cuspida e escarrada.

Morte ao Indie, eu digo. Quer dizer, morte ao Indie ruim, poser e pouco inspirado.

E morte eo Baurú também, que tem a cara de pau de cobrar 10% em cima da consumação. Provavelmente pelo couvert artístico, uma vez que não havia nenhum serviço que justificasse o mesmo.
Í, tinha esquecido de postar isso. É velho, mas vale a pena: Behold! O futuro do Flash na Web!

sexta-feira, fevereiro 09, 2001

Sim, Daniel eu copiei o sinal que você usou para linkar os posts. Mas o que posso fazer, achei a solução muito elegante. É pessoal, vocês agora podem linkar meus textos absolutamente geniais e modestos apenas copiando o link do sinalzinho que aparece no começo desse paragrafo. O que faltam inventar?
Hoje comecei meu dia com um mail anônimo mandado pelo formulário dessa página:

"Você é uma figrura (sic) meio estranha mesmo, e além de tudo, contraditória, indica links que contestam sua opinião o tempo todo. Você chega pelo menos a consultar algum deles? Acho que não. Bom, entre outros, consulte este.

Que pena, e o site até que seu site é bonitinho."

Hmmm, um admirador secreto! Engraçado é que ele não deve ter lido o post aonde eu esculhambava essa coluna que ele indicou, escrita pelo Celso Sabadin.

quinta-feira, fevereiro 08, 2001

Depois me perguntam por que eu odeio tanto o Hans Donner.
Vi outro do Kurosawa, o Yojimbo que também tem o Toshiro Mifune, em um papel radicalmente diferente dos dois de Rashomon e Os Sete Samurais. Ao invés de um grosseiro maluco, agora ele é um samurai reservado. Bonzão o filme, a história básica é tirada de um livro do Dashiel Hammet (apesar do Kurosawa ter negado até o fim a inspiração) que se chama "Safra Vermelha" no Brasil e que conta a seguinte história: Homem sem nome chega a uma cidade dominada por fações criminosas. Ele então decide jogar as forças que controlam o lugar uma contra as outras e livrar os moradores da opressão dos bandidos. Basicamente a mesma do filme, se bem que não é um conceito muito original, mas de qualquer maneira o Hammett foi o que fez isso primeiro (e melhor). E danem-se.

A trilha sonora também é muito boa, uma mistura de música tradicional japonesa com uns metais e um toque sutil de musica latina. Não, não façam essa cara de nojo, o resultado fica muito maneiro. Lembra muito outra trilha sonora clássica, a do Marca da Maldade, feita pelo Henry Mancini.

Voltando ao Hammett. Acabou de sair no Brasil um livrão em comemoração aos 40 anos de morte do autor. O nome é uma tradução de "Nightmare Town", eu não lembro das palavras exatas. De qualquer maneira, a edição ficou bem legal, como todas as outras da "coleção negra". E também pode ser usado como banquinho se você não gostar dos contos.

A maioria deles foi publicada na revista "Black Mask" nos steitis, que foi responsável pela divulgação do genero no começo do século passado. O livro americano é mais barato (a versão brasileira custa 50 bagarotes) mas aposto que a brasileira esta bem mais bem cuidada.

terça-feira, fevereiro 06, 2001

O MUNDO VAI EXPLODIR E NÃO VAI SOBRAR NINGUÉM DE SAPATO!

Aê. O Bandido da Luz Vermelha, do Sganzerla é um dos filmes brasileiros mais geniais que eu já vi. A fita conta a história do Luz Vermelha, talvez o bandido brasileiro mais famoso até hoje, e da luta do delegado Cabeção para encanar o sujeito. Tudo contado com uma narrativa de radialistas dos anos 50, daqueles que você ainda ouve na rádio Tupi do Rio, e que faz o filme parecer uma peça original de pulp americano da metade do século passado. A fotografia é um dos P&Bs mais bonitos que já vi, a atuação do Paulo Villaça que faz o Luz é ótima, tudo genial demais. Obrigatório.

Outro filmaço que eu vi foi o Cabra Marcado Para Morrer, do Eduardo Coutinho. Esse documentário fala sobre um filme interrompido pelo golpe de 64, aonde era encenada a história real de um fazendeiro associado a sindicatos que é assassinado por motivos políticos. Coutinho volta ao local das filmagens e tenta retraçar o caminho de todos envolvidos no caso, inclusive o destino da família do camponês.

A Juju também me obrigou a ver o Morte em Veneza, e apesar de ela não acreditar em mim até hoje eu gostei bastante. Acho que foi o primeiro filme do Visconti que eu vi e achei muito bonito mesmo, tudo nos conformes.

Também peguei 3 do Akira Kurosawa até agora, Rashomon, Os Sete Samurais e o Ran. Os dois primeiros além de serem ótimos filmes me fizeram virar fã do Toshiro Mifune. O Ran é uma beleza, muito bom mesmo, principalmente a fotografia que é de babar. Tá no top ten dos filmes mais bonitos (nos dois sentidos, esteticamente e como filme mesmo. Vai ver que o Morte em Veneza tá no Top ten também. Quem sabe?).

Vi mais uns dez filmes, sei lá, um monte. Vi uns dvds de anime também: Mais 3 dvds do Cowboy bebop e o Princess Mononoke. Os dvds do Cowboy Bebop tavam no esquema, se bem que o Session 2 era o melhor de todos que eu já vi (1,2,3 e 5). Continua estiloso, rápido, bem-feito pra burro e com uma direção de arte boa pacas. O Princess Mononoke tá no nível do Akira, que na minha opinião é o melhor longa de animação japonesa que já vi até hoje. Bom pacas, em todos os quesitos.

Amanhã tem mais textos aleatórios sobre filmes. Se preparem.

quarta-feira, janeiro 31, 2001

O último cd dos ingleses do Broadcast está ótimo, tão bom ou melhor que o . O site deles também está bacana, apesar de alguns textos meio ilegíveis...
Um ilustrador de Merda.

terça-feira, janeiro 30, 2001

O site Picasso Project tem uma quantidade impressionante de informações sobre a vida e obra do... Picasso, oras.

segunda-feira, janeiro 29, 2001

A muito tempo que eu não leio nada das séries mainstream da Marvel Comics, apesar de eu já ter sido um fã do X-men do Chris Claremont na época em que ele era um bom escritor. Mas tem certas coisas que continuam me revoltando, como o assassinato aleatório de personagens. Depois de matarem o Ciclope, agora foi a vez de matarem o Colossus. Provavelmente ele ressucita daqui a alguns meses, ou não, o que é pior. Séries contínuas são um porre, a melhor coisa é quando a história tem um fim. E é melhor ainda quando a história tem um fim E o criador dos personagens tem o controle dos direitos autorais. Por isso, morte as séries contínuas e viva as graphic novels e os quadrinhos alternativos.
Depois de eu reclamar pra burro fico feliz em saber que o GNT vai voltar a transmitir o Letterman. Não por causa das minhas reclamanações, óbvio, mas quem se importa?
Apresentando a genial Associação Internacional de Leigos que Acreditam na Existência do Homem do Saco. AILAEH pros íntimos.
Comprei o dvd do Intriga Internacional que saiu aqui no Brasil. Maneiro, a imagem está ótima, a trilha sonora ímpar do Bernard Herrmann pode ser ouvida agora com qualidade digital (inclusive existe uma trilha de áudio só com a trilha sonora, o problema são os longos minutos de silêncio entre cada música) e ele contém todos os bônus já constantes nos dvds do hitchcock lançados pela Columbia ou pela Warner. Geralmente eles são: Um documentário sobre os bastidores do filme; Fotos da produção, posters e lobbycards; comerciais de tv, trailer normal de cinema e trailer maluco de cinema. Explico. O tio Alfred adorava fazer um trailer demente com ele mesmo apresentando seu novo filme, sempre com a ironia característica do diretor. Em Psicose ele faz um tour pelo Motel Bates, em Marnie ele comenta as cenas do filme fazendo piadinhas e no Intriga internacional ele toma o lugar de um agente de viagens que tenta convencer o público a seguir a rota traçada no filme. Todos são imperdíveis. Os documentários sobre os bastidores também são interessantes pela quantidade de curiosidades e informações inúteis que você pode aprender sobre o filme. E é fantástico como a filha do tio Alfred, Pat Hitchcock aparece em todos os documentários em todos os dvds que já vi até hoje. Tudo bem que ela é sua filha única e faz pontas em alguns dos filmes, mas é engraçado ver ela falando quase as mesmas coisas em ocasiões diferentes... Tipo como se dava a colaboração entre seu pai e sua mãe ou como ele nunca trabalhava depois das seis da tarde. Pelo menos ela conseguiu um bom complemento pra aposentadoria.

Quem quiser conferir o texto mais burro que eu já vi sobre o indiano safado pode clicar aqui. Melhor citação:

"Enfim, que sujeito fantástico este Shyamalan! Só mesmo um cineasta com uma formação humana e cultural totalmente diferente da pasteurizada forma ocidental de enxergar o mundo poderia proporcionar um roteiro tão cheio de alternativas e sub-textos. Este indiano é fera! E traz com eles milênios de civilização oriental, deuses, chacras e energias."

É claro que não é todo o site do cineclick que é besta assim, se quiser alguma coisa mais interessante deêm uma lida na coluna do Reichenbach que é muito melhor.

E a lista do MediaMatrix (recomendado por ele), "most overrated movies of 2000" está perfeita.

Pra quem deve estar de saco cheio de me ler falando sobre cinema vou avisando que isso não deve parar tão cedo. Estou vendo muitos filmes e o blogger deve girar em torno disso por um bom tempo...

sexta-feira, janeiro 26, 2001

Por favor alguém me explique o que é o comercial da Sprite que copia descaradamente o Hermes e Renato da Mtv.

quarta-feira, janeiro 24, 2001

Existem poucos sites de empresas que trabalham com e-business mais geniais do que esse. Proibido a cardíacos e idosos.
O Imdb confirma, o egípcio safado não é egípcio e sim indiano. Então aonde você vê "egípcio safado" leia-se "indiano safado".
Tava eu ontem vendo tv e sem querer vi os primeiros minutos de Felicity. O que me fez prestar atenção foi a conversa que se dava entre a dita cuja que nomeia a série e um mané aonde ele questionava se tinha o talento para ser designer gráfico ou não. Enquanto isso a moça feliz estava brincando num laptop com... o Macromedia Flash. A que ponto nós chegamos? Será que ser designer agora é uma profissão tão hypada que vai comecar a ser mencionada até mesmo em séries de segunda? Vai ver que o que o Laerte disse é verdade: "Designer é o Videomaker da década de 90". Ou do ano 2000.

E sobre o mardito corpo fechado, deixo uma coisa bem clara: Eu acho o egípcio safado um bom diretor, o que ele precisa é de um roteirista que escreva umas coisinhas menos bestas pra ele filmar. O cara tem potencial, e isso é que é triste.

terça-feira, janeiro 23, 2001

Pô, o Maron mal começou seu blog, o Meninos, eu vi, ouvi e li e já tá reclamando de moi. Humpf. Corpo fechado é a bomba do ano, rapaz! He he.
Tenho ouvido muito uma galerinha do selo Emperor Norton, Takako Minekawa principalmente. Tem umas outras coisas legais, como o señor coconut que faz as versões latinas do kraftwerk que eu já disponibilizei nesse site em uma versão anterior. As versões são hilárias mas a piada se desgasta... Tem o Arling & Cameron também que é um eletrônico parecido com o Dmitri from Paris (que eu acho bem superior) e o Fantastic Plastic Machine que eu comecei a ouvir por que gostei do nome. Os dois são legais mas o que eu gostei mais foi a tatako mesmo. Apesar de ter aquele tom de "cuteness" meio forçado que as japonesas adoram fazer. É engraçadinho, mas temo que já vou estar de saco cheio disso em alguns dias.

Além dessas coisas tem umas bandinhas indies conhecidas de quem é do metier, como o Olivia Tremor Control e o Schroeder's Cat. Pois é, as bandas indies não sabem escolher nomes muito bem.

O Emperor Norton era um maluco que dizia ser imperador do estados unidos e ganhou um certificado de algum presidente dizendo que ele era de fato o imperador. Como eu sei disso? Muito tempo de minha já citada adolescencia espinhenta lendo sandman que, como algum cara da amazon disse "É especialista em fazer o leitor se sentir inteligente.". He he he. Eu me sentia inteligente, hoje nem isso.

Ah, outra coisa legal do site da emperor norton é a área do Arling & Cameron aonde você pode ver no pé da página o link para a galeria de cartazes para filmes imaginários (o último álbum da dupla traduz "música para filmes imaginários"), tem uns bem maneiros e bem-humorados. O mais bizarro é esse aqui, pra um filme imaginário chamado "Zona Sul" aonde você pode ver uma galera deitada em um Iate e umas palmeiras. Tudo bem caribenho. Vai entender por que gringo agora acha sofisticado falar do Brasil.

Mas a idéia toda dos filmes imaginários é muito boa, qualquer dia eu faço uns cartazes também.

segunda-feira, janeiro 22, 2001

As melhores últimas palavras do site Famous Quotations:

Porque não? -- um colete à prova de balas.
James Rodges, assassino, último pedido ao esquadrão de fuzilamento.
Corpo fechado, de M. Night Shalayman

O sexto sentido era legal como um filme de sessão da tarde com um moleque engraçadinho, agora esse aqui já está no meu top 10 dos piores do ano. Caceta, é muito ruim.

Quer saber por que? Ok... Não se preocupem, eu não vou estragar o “final surpresa” que esse egípcio safado quer tornar sua marca registrada.

A idéia básica todo mundo já sabe: Bruce Willis é um homem indestrutível que é descoberto por Samuel Jackson, um homem com ossos frágeis que acredita que Willis seja o oposto exato de si mesmo (Indestrutível, branco, careca).

O roteiro é um lixo, um nada, qualquer coisa. Os personagens são fracos, sem profundidade e alguns claramente sem função no filme (como o filho bunda mole do protagonista). Algumas cenas são inacreditavelmente longas (a da sala de musculação), outras simplesmente implausíveis (a da cozinha, com o revólver). Já os diálogos conseguem ser tão ruins ou piores. Praticamente tudo que sai da boca do Samuel Jackson é medíocre.

A trama básica é imbecil, as soluções são bobas, o objetivo do filme é infantil. Ao que me parece, esse egípcio safado deve ter se achado um gênio depois de ser aclamado com o sexto sentido e perdeu a linha, se empolgou, errou a mão.

Isso tudo sem comentar sobre o aspecto “quadrinhesco” do filme, que merece uns dois ou três parágrafos só pra ele.

Em uma entrevista publicada na revista “Trailer”, distribuída gratuitamente nos cinemas da rede cinemark o diretor diz que não conhece quadrinhos e que nunca ligou muito pro assunto. O que me surpreende é que se ele assumidamente não sabe nada sobre o assunto, porque fazer um filme pretensamente baseado nas hqs? O resultado não podia ser outro, o cara erra feio, muito feio. Qualquer pessoa que leve histórias em quadrinhos a sério vai ficar ofendido com o filme.

Um exemplo? Samuel Jackson é um colecionador de hqs, só que não um nerd espinhento, mas um homem “sofisticado”, que expõe suas peças em uma galeria de arte, aonde elas podem ser apreciadas por visitantes metidos em smokings enquanto degustam canapés. Provavelmente uma tentativa de fazer os fãs de quadrinhos se sentirem lisonjeados. Isso é ridículo. Todo mundo sabe que esse tipo de exposição (pelo menos nos EUA) é realizado em convenções de nerds de todo o país aonde você pode encontrar neguinho fantasiado de homem aranha ao lado de fãs do Crumb ou do Art Spielgman. Provavelmente o egípcio safado quis dizer “Olha, quadrinhos são arte também” porque arte é aquilo que você encontra em uma galeria ou em um museu não é? Hein?

Outra coisa que quase me fez vomitar no infeliz que sentava na cadeira da frente do cinema foram as análises “artísticas” dos desenhos que o Jackson colecionava. Pérolas como “Olhem como o vilão tem a cabeça levemente maior que o corpo. Eles sempre tem a cabeça maior.” ou “Olhe como seus olhos são grandes, isso representa sua visão distorcida do mundo”. Vamos lá pessoal, que porra é essa?

O que me parece é que o egípcio safado resolver fazer um filme sobre quadrinhos. Então pediu referências e jogaram em cima dele vários livros sobre o gênero e as principais obras, então o infeliz leu. E entendeu tudo errado.

Só isso explica o Samú contando como que os quadrinhos são uma ligação com a forma antiga de contar histórias. Sim, porque de acordo com ele as histórias eram contadas com hieróglifos antigamente. É... Cultura oral? O que é isso?

Todo livro sobre quadrinhos começa com uma introdução aonde quase sempre se fala sobre hieróglifos. Isso por causa da narrativa visual da esquerda pra direita e devido a algumas inscrições babilônicas, se eu não me engano, que possuíam balões para indicar o que o personagem dizia. Mas o egípcio safado deve ter lido isso correndo.

Outra coisa. A trama básica, o plot, me lembra muito Watchmen. Toda a coisa de “como seria se um super-herói existisse no mundo real?” Mas enquanto em Watchmen o Alan Moore mostra como o conceito de super herói é ridículo na realidade, o egípcio safado esquece isso e continua achando que ele pode fazer o mesmo e parecer sofisticado. Não consegue, óbvio.

E sobre o final revelador, não esperem muita coisa. Como disse o Tom Leão na resenha do globo, o fim do filme prova que ler muito quadrinho faz mal a saúde. E olha que eu odeio as críticas do Tom Leão.

Nota 2.

quarta-feira, janeiro 17, 2001

Porra. Quantas vezes vocês já viram esse cabecalho em outros sites mudernos ? Nova versão do surfstation.
O Cristiano Dias ressurgiu das trevas ontem, via web. Confiram o blog dele, o cara é um camaradinha antigo dos tempos do grupo de rpg. Alias, o Maron apareceu também, via mail. Esses dois tinham uma loja de quadrinhos e rpg na ilha aonde eu passei várias tardes da minha adolescencia espinhenta, maneiro! :)
Enquanto eu fico o dia inteiro sob a chibata cruel do Hiro no Ivox, o pessoal do prédio aqui em frente passa as tardes de uma maneira... digamos... mais relaxada. Confira em Meus Vizinhos Maconheiros.

segunda-feira, janeiro 15, 2001

Ang Lee vai dirigir o Hulk.
Carlinhos Brown mandou : "Feio é não gostar de música brasileira.". Lindo isso hein? Exatamente a mesma atitude de quem diz que "Feio é gostar de música brasileira". E não, eu não sou a favor de jogar lata na cabeça de ninguém.

Minha teoria é de que estrelas do rock tem um guarda roupa igual ao da mônica do Maurício de Souza. Só isso pode explicar casos como o do homem forte do R.E.M. que subiu ao palco com a mesma camisa que usou em um ensaio pra a Shift a uns dois meses atrás. Se vocês prestarem atenção, vão perceber que isso acontece muito. Aliás, a camisa em questão dizia "I would change anything for you, but myself". Eu sugiro uma "I would change anything for you, but my shirt.".

sábado, janeiro 13, 2001

Voltando com Juju a alguns minutos do Lamas (Bar, Catete, Comida boa, garçons atenciosos) entrei automaticamente na saída que leva pra linha vermelha, no trajeto que faço todos os dias de casa ao trabalho. Normalmente durante a madrugada eu uso a Av. Brasil que é mais segura, não dessa vez.

Assim que entrei na via um carro veio na contra mão. Achei esquisito, mas não havia nenhum barulho suspeito, nenhuma sirene na frente, nada que pudesse indicar que alguma coisa estivesse errada. E eu já tinha visto coisas mais esquisitas no trânsito da madrugada. Um carro passou por mim com o silenciador pendurado, produzindo uma pequena cauda de faíscas a frente do nosso carro. Mesmo assim, nada parecia errado. Comecei a achar aquilo tudo meio bizarro, me senti num filme do David Lynch. Andando mais um pouco passamos por um acidente, alguns carros tinham rodado na pista. Passei rápido, começando a ficar nervoso. Mais a frente uma fileira de cones paralela a pista, não significando nada. Até que viramos uma curva e chegamos ao momento aonde a linha vermelha fica de frente a uma bela favela que cresce a olhos vistos no meio do trajeto. Lá nós encontramos pelo menos uns 30 policiais agachados atrás da mureta de proteção que separa as duas pistas, algumas viaturas, todos prontos para uma troca de tiros. E nós passando por ali, junto com outros carros, idênticos a aqueles patinhos dos parques de diversões de desenho animado, que ficam passado lentamente prontos pra levar uma azeitona na cabeça.

Que tipo de imbecil ordena uma operação dessa e não fecha a entrada para a linha vermelha?

Uma das entradas (a de quem sai da ilha) estava fechada, mas a outra estava completamente aberta, sem nenhum indicativo de que você podia levar uns tiros se entrasse por ali. Super divertido, faz você se sentir superbem. Merda de polícia.

sexta-feira, janeiro 12, 2001

Saiu na Rizhome

MEMORY HAS REPLACED LOGIC in today's world. No one can carry an argument beyond their own position of self interest. We believe only what we remember to be true. We remember very little on our own. We rely on our machines to substantiate the past. Machines have a facility for memory which is precise and extensive. Machines free us from the responsibility of storing and organizing memories. When we forget--and we forget--we simply have to search our machine memories to re-establish what happened. With the aid of our machines, we don't just remember, we re-remember. And in partnership with our machines we establish the truth by comparing records, the documentary evidence of the past. We establish our personal perspective by re-remembering. By re-re-re-remembering... By re-re-re-re-re- re-re-re-remembering. We stack up the records, the weight of documentary evidence, against the present and we get a sense of our personal perspective. We enjoy the consistency of our perspective. We are anchored by our memory, our machine memory. We depend on our machine memory. We are lost without our machine memory. When our systems crash, destroying all or part of our recorded memories, we have to decide to rebuild or to pull the plug.

Não, eu não vou no Rock in Rio. Desisti. Só queria ver o show do Beck e é confusão demais pra ver um show de uma hora aonde o artista vai ficar do tamanho de uma ervilha.

Mas quem falta mesmo nesse Rock in Rio é o Steve Vai. Não, eu não gosto do Steve Vai, pra falar a verdade eu odieo o Steve Vai. Mas seria muito divertido ver os outdoors: "Steve Vai. E você ?".
O primeiroMacaco - Água viva. Quem já acha que estamos passando dos limites?

quinta-feira, janeiro 11, 2001

E é claro, Lego Porn pros maiores de 18 anos.
O Cinema Lego apresenta...Akira.
Ótimo texto do Ruy (de quem eu roubei o livro de roteiro) no Contracampo.

terça-feira, janeiro 09, 2001

Mimi manda avisar: Primeiras fotos do From Hell!
De acordo com o Michaellis, tipografia significa "Exploração disfarçada do lenocínio.". Pra quem não entendeu, temos aqui a descrição de lenocínio:

"Crime que consiste em explorar, provocar ou facilitar a prostituição ou corrupção de qualquer pessoa, haja ou não mediação direta, ou intuito de lucro; alcoviteirice."
Hm. Falando muito de cinema nos últimos dias né? Desculpaê, to assistindo filmes demais. Alias, o festival filme noir no Telecine vai bem, estou assitindo os que ainda não tinha visto a medida que passam. Ia escrever aqui, mas acho que vai sobrecarregar o assunto. Um pouco mais tarde talvez. Além desses filmes aí peguei uns do Fritz Lang e um do Kurosawa e ainda vou afanar uns dvds de anime do Leo Burla, cupincha designer aqui do ivox. É, overdose de filmes.
Os 10 melhores filmes de 2000, nos cinemas brasileiros, sem ordem particular:

Ninguém Escreve ao Coronel (El Coronel no tiene quien lo escriba)
de Arturo Ripstein (MEX,99)

Bossa Nova
de Bruno Barreto (BRA,00)

Ghost Dog (Ghost Dog - The Way of the Samurai)
de Jim Jarmusch (EUA,99)

Velvet Goldmine (Velvet Goldmine)
de Todd Haynes (ING/EUA,98)

A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (Sleepy Hollow)
de Tim Burton (EUA,99)

Vivendo no Limite (Bringing out the Dead)
de Martin Scorsese (EUA,99)

Verão Feliz (Kikujiro)
de Takeshi Kitano (JAP,99)

Missão Impossível 2 (Mission Impossible 2)
de John Woo (EUA,00)

Anjos Caídos (Fallen Angels)
de Wong Kar Wai (HKG,95)

Dançando no Escuro (Dancer in the Dark)
de Lars Von Trier (DIN,00)

Tem mais no site da contracampo desse mês, Contracampo, confiram.

segunda-feira, janeiro 08, 2001

Hm. O design em fatias agora tem um amiguinho chamado à milanesa. Se for uma homenagem eu fico feliz, se for coincidência eu não ligo, mas se não for nem um nem outro...

sexta-feira, janeiro 05, 2001

É pessoal, depois de muito tempo o postal está de volta. Em breve, mais cartões...

quarta-feira, janeiro 03, 2001

X-men, de Bryan Singer
Sem dúvida a melhor adaptação de quadrinhos de super-heróis já vista num telão. Os fãs mais xiitas da hq podem reclamar de alguns detalhes que ficaram diferentes, mas como eu já disse aqui certa vez, um filme, na condição de outra obra, não tem obrigação nenhuma de seguir a risca um livro, hq ou o que quer que tenha inspirado sua história. Puxa, você consegue contar quantas vírgulas eu usei nessa frase?
De qualquer maneira, um filme legal. A direção está boa, sem aqueles ângulos absurdos que a maioria dos diretores não consegue utilizar direito quando querem emular uma hq (existem raras e bem-vindas exceções como o Matrix), a fotografia e a direção de arte estão nos conformes. O Patrick Stewart nasceu pra ser o Xavier, o Ian McKellen faz um Magneto convincente e o Hugh Jackman ficou ótimo como o Wolverine.
Nota 7


A Outra Face, de John Woo
O tio Woo é o melhor diretor de ação vivo. Isso não se discute. E esse filme é provavelmente o melhor dele que eu já vi, acho que melhor que o MI2. Além de todas as peripécias, tiroteios e câmeras lentas as implicações psicológicas do problema do duplo são de deixar qualquer um de cabelo em pé. Alias, o duplo é uma das marcas registradas do diretor e também está presente no MI2 de forma mais diluída eu acho. A juliana está me devendo um artigo que explica isso tudo, vamos ver.
Nota 8
Estou mudando de sistema no servidor e provavelmente esse site vai ficar fora do ar hoje a tarde. Mas não se desesperem, I'll be back.